sábado, 19 de julho de 2014

UM FIO DE NAVALHA SEPARA O BEM DO MAL!


A distância que separa o bem do mal, o bandido do policial, da fé com a descrença total ou qualquer outra coisa semelhante à dualidade, é apenas um fio de navalha que pode “cortar” para um lado ou para o outro, para o bem ou para o mal, para o amor ou o ódio, para a droga, álcool, para o estudo ou para a preguiça, enfim, para tudo dependa de uma educação doméstica, escolar, reforçada por exemplos positivos que deviam ser dados pelos representantes dos Aparelhos de Estado, mas que é uma coisa rara nos dias atuais. A Escola, formadora do conhecimento que gera caráter de qualquer pessoa, junto com a família, estão fragmentadas, desmoralizadas, mas a Escola, também pode ser um exemplo negativo se os gestores públicos não se apresentarem como espelhos capazes de refletir na sociedade os valores morais e éticos de transparência, licitude, solidariedade e honradez que são esperados por todos nós.

Foi o que fez o flanelinha maranhense José Mário da Silva dos Santos que, aos 52 anos, cursa nível superior na Universidade de Brasília (UnB), é o que está fazendo a ONG Projeto Cultural na Chatuba, idealizado por Bianca Simãozinho, pelo ex-flanelinha Edilson Enedino das Chagas, hoje um juiz de direito na Vara de Falência e caminhando para o doutorado e muitos outros exemplos bem-sucedidos que comprovam a educação como o único caminho a ser seguido por quem deseja ascender na pirâmide social e melhorar de vida honestamente. Mas a pessoa também tem que ter um projeto de vida, um plano de futuro e querer mudar sua realidade. Isso também é importante e necessário porque ninguém transforma ninguém se a própria pessoa não aceitar e desejar ser transformada.

Na outra ponta, muitos jovens que ingressam nos cursos supletivos ou EJA – Ensino de Jovens e Adultos, para cursar faculdade antes do tempo, pulando etapas e recebendo liminares da Justiça. Todos esses esqueceram que a pressa sempre foi inimiga da perfeição e que a vida é como uma escada que tem que se passar e pisar em todos os degraus na subida para não cair na descida. Também não entendem que o mal está preparado para derrotar o bem, o ódio caminha junto com o amor, a vida e a morte andam juntas, mas separadas por um fio de navalha. Essa é a dualidade da vida, que pode cortar para o bem ou para o mal, dependendo de fatores sociais, mas não do ambiente em que vivem. A falta de educação e da família poderia ser um desses fatores, seguido da falta de bons exemplos de pessoas que representam os aparelhos de Estado e, principalmente, de práticas educacionais antigas que podem e devem ser retomadas para o bem da educação no Brasil. Quando os alunos decidem ficar famosos pela pressa, a sociedade emburrece e o mercado de trabalho a pune a todos impiedosamente!

“Ditado”, “cobrir as letras”, “leitura em sala de aula”, “sabatina de matemática”, sem a palmatória em cima da mesa do professor para corrigir os erros, práticas comuns do passado e abandonadas com o tempo, continuam sendo de vital importância para também moldar o caráter, moral e honra de pessoas que saem do nível superior sem saber ler, escrever ou fazer um ditado simples, com palavras que exigem um pouco mais de raciocínio. A Educação começa na base e não é o curso superior que tem que corrigir essa falta de cimentação na base! É uma pena que valores simples e úteis do passado, foram e são esquecidos no presente, só porque algum pensador da educação achou que não deveria mais ser importante ou porque a psicologia definiu que seria opressivo ao aluno. 

Não afirmo e nem nego essa importância dessa prática para melhorar o nível da educação no Brasil, mas, cientificamente, também não posso desprezar porque fui pesquisador quando podia e passei por todas essas etapas e não fiquei traumatizado. Como disse, não defendo o uso da palmatória de madeira com buraco no meio como método eficaz para punir o aluno que não soubesse ler, escrever ou errava no ditado ou tinha letra ruim, como se fazia no passado. Mas, a prática leva à perfeição, tanto para um lado como para o outro!

Fama, sucesso, mudança e melhoria de vida só ocorre pela educação de qualidade, pela leitura constante, pela escrita permanente e com persistência, treinamento constante que gerarão erros e acertos, precisam ser repensados. Ninguém nasce inteligente ou gênio. Ninguém nasce sabendo sobre quase tudo ou sobre quase nada, porque o processo ensino-aprendizagem é um continuar constante. A vida ensina uma coisa certa a todos: só o ensino, a persistência, a determinação, a coragem e a decisão firme em favor do estudo é que pode transformar uma sociedade e uma vida. Mas a pessoa tem que se ajudar um pouco também, enfrentando seus medos, desânimos, falta de objetividade. Nunca é tarde para aprender, senhor José Mário da Silva dos Santos. O querer é o poder!






3 comentários:

  1. Rafael de Queiroz Neto20 de julho de 2014 às 16:37

    Infelizmente, muitos nessa subida pisam em falso e levam uma bruta queda.

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  2. O que me adiantou tudo isso ai foi um psicolo em manaus.ele falou nao volte voce ajuda bem mais o Brasil se vovce ficar la.

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