segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

CINCO COVAS ABERTAS E CINCO PALMEIRAS DEFUNTAS!



A cena era chocante e, ao mesmo tempo, comovente:  cinco buracos abertos no chão como se fossem covas e  de cinco palmeiras empiedosamente arrancadas por vândalos estendidas e jogadas no solo, chorando,  soluçando e sem que nenhum órgão de fiscalização municipal ou estadual de meio ambiente aparecesse ao local para dar-lhes a extrema unção, fazer-lhe autópsia, conhecer-lhe as causas de seus falecimentos precoces, com menos de uma semana de plantadas.

Isso eu vi à parte lateral de um Condomínio na Av. Eigenio Sales, rumo a um beco onde muitas casas já estão construídas.

As covas ainda estavam frescas, como fresca deveriam estar as mentes dos vândalos que perpetraram tal insano, imbecíl e revoltante ato!

Embora acionados os órgãos de meio ambiente, às 17:20 de domingo (Protocolo Semas 12580/2011, do dia 11/12) ninguém  apareceu ao local até a manhã de segunda-feira para transporter ou remover as árvores-cadáveres. Nenhum mesmo!

Somente na segunda-feira, dia 12/12, depois de muito custo, a síndica do Condomímio afetado pela ação dos vândalos conseguiu falar com o chefe de gabinete da SEMAS e uma equipe de fiscais ficou de aparecer  para apurar a destruição. Dos órgãos de meio ambiente também acionados, a Delegacia, e o Batalhão Ambiental, nenhum atendia no domingo e todos os telefones fornecidos pela telefonista da SEMAS, caíam em sinal de FAX.
Será que os responsáveis por esses órgãos têm conhecimento que isso ocorre livremente?

E tudo por quê? É que ao lado de um Condomínio, na Av. Efigenio Sales – em Adrianópolis, funciona uma boca de fumo e os carros passariam com dificuldade à margem do igarapé para se dirigirem até ao local. O que fizeram, então? Sem dó e nem piedade, arrancaram  cinco palmeiras que magestosamente, em um futuro não muito distante, cresceriam e forneceriam oxigênio aos moradores para permitir passagem para carros que frequentam dia e noite a boca de fumo, cuja droga fica enterrada em um outro quintal para não gerar suspeitas.

Mas não as deixaram crescer. Foram impiedosamente arrancadas do solo para tornar mais fácil à entrada para boca de fumo, frequentada por muitos proprietários de automóveis luxuosos...e ninguém vê isso!

Não as deixaram crescer porque atrapalharia os negócios da droga que funciona em uma área de invasão de propriedade da Prefeitura. Droga, que droga! Uma fumaça que queima os pulmões, destrói lares, iluta famílias...O que o mais importante: a vida ou a morte?

Infelizmente, em um Município onde quase nada funciona direito  aos finais de semana e um Estado que nunca conseguiu implantar nenhuma das promessas de Governo – a segurança de quarteirão,  o Batalhão Ambiental que só dá no fax, só como exemplo – alguém deveria esperar o quê? É mais fácil morrer do que viver! É mais prioritário o ar poluído do que respirar, nem que seja por poucas pessoas, um ar agradável! Lamentável, porque até casas em alvenaria surgiram como por encanto ou um passe de mágica à margem do Igarapé. Contra isso, nada acontece!

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