terça-feira, 5 de março de 2013

OS ESTADOS SOCIAL, ARRECADADOR E O CORRUPTO: BRASIL!




Existem três tipos de Estado no mundo: o social, que investe na melhoria da qualidade de vida dos contribuintes; o arrecadador que nada investe, mas arrecada muito bem e o Estado corrupto, que sustenta e aceita a corrupção como parte integrante de sua sociedade, investindo com voracidade em suas políticas públicas envolvendo também parte da classe política, com exceções. Todos esses três tipos Estados se fundem em um só: o Brasil!

Como assistente social/jornalista, só entendo e aceito a elevada arrecadação de tributos, se o Brasil devolvesse ao menos uma parte  dos 185 bilhões arrecadados nos primeiros três meses do ano, em forma de investimentos em forma de serviços básicos como saúde,  educação, habitação, saneamento básico e segurança, segundo dados de um estudo do Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário, garantindo que cresceu 17,8% a arrecadação do Governo Federal só nos anos de 2009/2010, quando o ocorreu a desoneração em diversas linhas de produção. Está aqui presente o Estado arrecadador e meu entendimento do que deveria ser um Estado social.

O Estado corrupto também se faz presente porque com tanto dinheiro sendo escoado pelo ralo da corrupção, faltam recursos para investimentos nos setores básicos da vida humana e, quando existem, parte desses recursos não atingem a real finalidade, a que se destinam porque são desviados no meio do caminho por licitações viciadas, compra de remédios super faturados e construção de hospitais e outras obras públicas que, embora pagos, nunca saem do papel e chegam a ser inaugurados. Está aqui presente o Estado corrupto, pesado e difícil de entender porque esse tipo de estado de coisas ainda se mantém se está sendo constantemente denunciado pelos órgãos de fiscalização do próprio Governo e pela mídia.


Concordo que o aumento da arrecadação pela pesada carta tributária teve muito a ver com o aumento do consumo: desonerados, os produtos giram mais rápido nas prateleiras das lojas e os impostos em cascata fazem aumentar a arrecadação do Governo Federal, mas esse mesmo Governo praticamente não devolve ao povo em forma de serviços confiáveis e sem corrupção nas áreas imprescindíveis à vida humana.

Mesmo assim, a tributação no Brasil continua muito elevada e não é uniforme e pesa no bolso de todas as pessoas, como disse a dona de casa Deise Guedes. Em uma cadeia de produção, os insumos já entram com impostos e saem dela com mais impostos ainda. Os impostos que mais contribuíram para o crescimento da arrecadação foram o ICMS, INSS, Confins e o Imposto de Renda, que não baixam nunca! O desodorante, por exemplo, poderia ser até 40% menor se não houvesse tanto imposto embutido.

De forma direta, de centavo em centavo, os Supermercados sobem seus preços, diariamente. Frango, que era um real no início do plano real, já custa em torno de seis reais em média. O tributarista Raul Heider definiu o Brasil, de forma perfeita e precisa, pois para ele, apesar do “aumento” na carga tributária que o Governo faz questão de negar, “infelizmente não houve um crescimento dos serviços e da infra-estrutura que seria necessária para o país, nesse período”


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