sexta-feira, 4 de dezembro de 2015
OS RATOS COMEÇARAM A ABANDONAR O NAVIO!
Em política, só mudam os personagens, mas tudo é igual como já fora antes, podendo-se até dizer que “tudo continua como antes no quartel de Abrantes”, como diz um ditado popular.
O cenário é o mesmo: o circo em que se transformou a Câmara Federal. Os personagens são outros, mas o enredo é igual ao que ocorreu em 1999 quando o PT era adversário político de FHC. No início de seu segundo mandato, enfrentou quatro pedidos de impeachment.
Em Brasília, o vice de Dilma Rousseff, Michel Temer, que como presidente da Câmara, arquivou pedidos de impeachment contra FHC, revoltando a raivosa oposição do PT, mantêm seu silêncio sepulcral e inquietante à nação, mas os ratos já começam a abandonar o navio que está naufragando, antes de o comandante deixá-lo. O primeiro a abandonar o náufrago Brasil, foi o ministro-chefe da Secretaria da Aviação Civil, Eliseu Padilha (PMDB-RS), aliado do vice-presidente, que é investigado pelo STF por suposto envolvimento em corrupção com a Companhia Docas de Santos, quando ainda era deputado federal. O inquérito, contudo, continua dormindo na gaveta da burocracia na Procuradoria da República, em Santos, desde o dia 15 de setembro, ainda durante a campanha eleitoral para vice-presidente.
Caso Dilma seja cassada e Michel Temer seja impedido pelo STF de substituí-la na presidência, assumirá o presidente do STF, Ricardo Lewandowsk e terá como vice-presidente o deputado federal mais votado do Brasil, em 2014, o jornalista e redator Celso Russomano (PRB), de 58 anos na época. O apresentador do programa “Exija seus Direitos”, pela TV Record, foi eleito com 1.525 milhões de votos, tornando-se o segundo mais votado na história do Brasil. Segundo mais votado foi Everardo, o Tiririca e o terceiro foi o ex-capitão do exército e polêmico parlamentar, Jair Bolsonaro, todos de São Paulo, seguidos de três deputados federais do Ceará. O presidente do TSE foi nomeado pelo Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, do PT.
O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, no início de seu segundo mês de mandato, enfrentou acusações de Milton Temer, filiado ao PT, de ter cometido crimes de responsabilidade durante o Programa de Estímulo à Restruturação do Sistema Financeiro Nacional, o Proer, iniciado em 1995 e no dia 29 de abril de 1999, entrou com pedido de impeachment contra FHC. Também o acusava de ter constrangido membros do Ministério Público e também de outros órgãos durante o processo de investigação do escândalo. do deputado Milton Temer, filiado ao PT, acusando-o de ter cometido crimes de responsabilidade durante o Programa de Estímulo à Restruturação do Sistema Financeiro Nacional, o Proer, iniciado em 1995 e no dia 29 de abril de 1999, entrou com pedido de impeachment contra FHC Dezesseis anos depois, O PT que era contrário e trabalhava fortemente contra o Governo FHC, do PSDB, virou governo e está sofrendo com o mesmo veneno que aplicava quando ainda não era governo. O deputado federal Ciro Gomes, então no PPS chegou a pedir a renúncia de FHC. Michel Temer, então presidente da Câmara dos Deputados, arquivava todos os pedidos contra Fernando Henrique Cardoso. Talvez isso explique a razão do silêncio de Michel Temer.
Ou seja, tudo continua como “dantes no quartel de Abrantes”. Mudaram os personagens, apenas. André Lara Rezende, deixou a presidência do BNDES, desmoralizado pelo sem envolvimento no escândalo do grampo telefônico, mas foi chamado de volta e aceitou. Pedro Malan, antes considerado intocável, esteve em vias de ser substituído. Eliseu Padilha não deve mais voltar, porque abandonou o barco barulhento e complicado do Brasil, antes do seu comandante maior, a presidente Dilma Rousseff. E ainda dizem que em política muda tudo: só mudam os atores; o enredo, intrigas, críticas, continuam os mesmos ingredientes que movimentam ou paralisam o país. No caso, o Brasil está paralisado e os urubus de rapina da política estão tirando uma lasquinha da desgraça dos eleitores que votaram pela barriga, pelas bolsas, cotas e não pela consciência de que o voto é para melhorar a coletividade como um todo e não para regredi-la, como ocorreu com a “companheira Dilma, que tenho certeza, fará um segundo governo melhor do que o meu”, disse Lula em total momento de inconsciência ou de falta de lucidez.
E agora, para onde vamos?
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Gostei do seu artigo sobre o Impedimento da Dilma
ResponderExcluirComo seria o nosso pais se nao houvesse partidos?
ResponderExcluir