Em meio a tantos acontecimentos políticos escabrosos no Brasil, decidi escrever sobre dois: à declaração da presidente Dilma Rousseff, em Roraima, que afirmou como o ex-presidente Lula falava e a quem sucedeu, ter afirmado que “nunca um governo nos últimos 500 anos do Brasil, construiu tantas casas populares e as entregou ao povo, como no meu”. Será mesmo, presidente?
E o ex-presidente Lula não construiu nenhuma no Brasil? Lógico que vossa excelência exagerou em sua fala, mas foi aplaudida pelo povo carente e ávido por casas populares teriam que aplaudi-la. Os carentes precisam de moradias. Contudo, seu pronunciamento me pareceu mais um desabafo político como foi a carta que lhe endereçou seu vice, Michel Temer, gerando tanta repercussão e interpretação na mídia e nas redes sociais.. Outro assunto, que me deterei mais um pouco, foi o péssimo exemplo do deputado federal, professor e ex-BB, Jean Willys, eleito pela Bahia, ao deixar uma reunião da comissão da Câmara Federal que discutia crimes cibernéticos. O vídeo circulou pelas redes sociais.
Como professor do primário à faculdade, afirmo que a atitude do parlamentar foi simplesmente ridícula! Jean Willys, demonstrou tudo o que um aluno não pode e não deve fazer em uma sala de aula: levantar, virar de costas para todos e sair da sala levando sua bolsa de couro pendurada de um lado para o outro, como se fosse um menino minado e não um parlamentar. De forma correta, embora um pouco agressiva, essa atitude desrespeitosa foi classificada pelo seu colega deputado federal pelo RJ, Jair Bolsonaro, como sendo a de um moleque, imoral, banana e acusado de agir com canalhice. Com justa razão! Desconheço as razões que levaram o deputado federal da Bahia ter agido assim, mas não foi um péssimo exemplo para a Câmara Federal, já desgastada com tantos péssimos exemplos, em um momento em que mais se exige respeito, transparência e lisura a todos. O parlamentar baiano agiu com desdenha com outros colegas de parlamento. Isso não se faz, Jean Willys!
Em visita a Manaus, Bolsonaro foi recebido como um “pop star”. Mas poderá se transformar em uma fraude política ou em um ditador civil. A sociedade ávida de bons exemplos, encontrou no deputado que agride e insulta as mulheres parlamentares, desrespeita o RI, acusa sem prova e representa o que seria a direita do Brasil. A recepção dada ao provável candidato à presidência da República, o radical e muitas vezes destemperado parlamentar, significa a inexistência de valores morais, éticos e políticos na sociedade. Ele representa tudo isso que hoje que a sociedade exige: um herói salvador da pátria para chamar de seu! Que será candidato à Presidência é quase certo. Ele tem o apoio das forças armadas. Contudo o deputado federal poderá ficar tão empolgado e deslumbrado com o cargo de presidente e poderá passar facilmente de presidente a ditador. Na ALE/Am, receberá uma honraria, por indicação de um militar da PM. Acredito, contudo, que toda essa pressa seja prematura e poderá haver arrependimento depois! É, porém, um candidato que possui viabilidade porque faltam valores morais na sociedade e isso Jair Bolsonaro representa. Falta-lhe, porém, humildade no exercício parlamentar. Ele não possui nenhuma proposta para retirar o Brasil da crise. Não existe indicação que possa ser um candidato confiável. Depois, como presidente da República, se for eleito, poderá ser tarde para novo arrependimento!
A qualidade do voto está péssima e a qualidade de muitos políticos, também. Hoje vota-se em quem mais aparece na mídia, mesmo que quem mais apareça na mídia seja usado por outros políticos de plantão, para conseguir voto de legenda e fazer coeficiente eleitoral, na “lei ou na marra”, de João Goulargt, quando prometia fazer assim, na lei ou na marra a reforma agrária no Brasil e foi deposto pelo golpe militar de 64.
Ah, com relação à Dilma, repito a pergunta: teria sido ela ou seu antecessor quem criara primeiro o programa Minha Casa, Minha Vida? Como tenho certeza que fora o Lula quem implantou o programa e ela deu continuidade, a presidente jamais poderia ter imitado seu “padrinho político” que sempre diziae “nunca na história desse país...”. Dilma inovou e disse que nunca nenhum Governo teria construído tantas casas populares, como o dela estava fazendo!
Enquanto isso, no TCU, em Brasília, a presidente Dilma sofreu mais uma derrota política: as contas do Governo foram rejeitadas em grau de recurso. O Tribunal reconheceu que fazer casas populares e pagar programas sociais com o dinheiro dos bancos foi “uma pedalada fiscal” e isso não é motivo para aplausos, embora aplauda à necessidade de habitação social no Brasil, por pura falta de planejamento habitacional!
O Brasil está ao avesso...
ResponderExcluirCom olhar crítico de leitor , admiro a estética e linha de raciocínio.
ResponderExcluirOs pontos discordantes são ideológicos.
O ENRIQUECIMENTO DO CONTRADITÓRIO.
Jornalista Carlos Costa Jean Willys é deputado pelo estado do Rio de Janeiro
ResponderExcluirEle Baiano de Nascimento meu amigo
ResponderExcluirFoi eleito na eleiçao de 2010 Com apenas 12 mil votos
Carlos da sua exposição concluo que : Em um país onde uma bichona malcriada, "vira" deputado para defender o fim do gênero; onde uma Sapatao incompetente destrói a economia; precisamos de um Milico macho pra botar ordem na casa de mãe Joana, em que a esquerda transformou o Brasil.
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