Adolescente,
vendendo picolé nas ruas de Manaus, andando por cima de paralelepípedos que
enfeitavam as ruas da cidade ou pisando sobre os trilhos de bondes da terceira
capital do Brasil a tê-los. Quando retornava para casa, separava o
dinheiro que precisaria usar no dia seguinte e colocava o resto em um cofre
seguia para depositar na Socilar, talvez uma das primeiras
empresas cridas para aceitar depósitos de poupança. Caminhando com sandálias de
dedo rumo à loja, era conhecido como "o menino dos cofrinhos". Recebia
novos cofres como latas de coca cola, para continuar economizando. Como não queria continuar vendendo picolé para sempre, também priorizava
os estudos no grupo escolar Adalberto Vale. Entendia que só os estudos poderiam
me transformar. Tornei-me jornalista e mais tarde assistente social, publiquei vários
livros, mas nunca perdi o foco.
Hoje quando vejo o ódio
vencendo o amor, me entristece muito. Por osmose, nas urnas, os eleitores de
Bolsonaro trocarão a paz pelo ódio contra HADDAD e o PT. Não é porque um
candidato tenha errado e trocado votos por comida e diversos outros programas
sociais, todos os outros filiados ou simpatizantes do PT não prestem também. O radicalismo em que se transformou a segunda fase da campanha
entre os radicais e “bolsonsonaritas”
e os simpatizantes de HADDAD está passando de todos os limites. O
presidenciável chamado de Mito Bolsonaro c om suas promessas
disseminou o ódio entre seus eleitores que no primeiro turno que foram às
urnas usando armas, se filmaram, postaram em redes sociais. Denunciaram fraudes,
todas desmentidas pela presidente do TSE, Rosa Weber e também pelos observadores
internacionais da ONU, que vieram ao Brasil só para acompanhar as eleições mais
tensas da história recente da frágil democracia. Rosa Weber foi ameaçada de
morte por ter mandado instalar nas urnas o programa PARDAL, com o qual os
presidentes do pleito conseguirão se denunciar diretamente à justiça
qualquer tentativa de fraude que prejudique aos candidatos na disputa. O
acirramento do marketing e as redes sociais estão prejudicando mais do que
ajudando à campanha dos dois candidatos com acusações de ambos os lados. O
eleitor do Brasil tem mais a perder do que a ganhar com o acirramento da campanha
do segundo turno. Todos os eleitores conscientes que votam em propostas,
independente de candidatos, tem muito a perder com essa ridícula guerra que se
tornou o segundo turno da disputa eleitoral no Brasil.
Depois do depósito
retornava com sandálias gastas de dedo nos pés e o valor do depósito nas mãos,
anotada ainda com caneta. Havia confiança entre as pessoas, que infelizmente, desapareceu.
A sociedade se individualizou. Controlava os depósitos das moedas que
economizava e contadas "em maquinas, através de cadernetas. Era
tanta a confiança nas cadernetas em geral PAULO E JOSEFA COSTA permitiam
aos que lhes deviam, fossem levadas para casas dos devedores, depois das anotações
dos “fiados”.
Como o fiado quase uma obrigação e sempre anotado em cadernetas, até o
surgimento dos primeiros supermercados. E por que estou escrevendo
isso, hoje? Porque ninguém confia mais em ninguém, a sociedade trocou o
coletivo pelo individual, e as pessoas passaram a olhar mais para seu próprio umbigo
e não vêm que o ódio vencerá o amor, não desejado pelo professor de história,
jornalista, escritor e ator performático em Goiás, Dhiogo Jose Caetano, que em
vídeos prega o amor e o “obrigado” em qualquer circunstância. É isso que falta
companheiro para que o mundo seja mais feliz e menos
individualista!
O amor supera tudo! Que possamos fazer do amor o nosso legado. Avante!
ResponderExcluirSua crônica começou e teve fim de uma forma muito legal, porém o senhor a estrago no "meio".
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