terça-feira, 8 de janeiro de 2019

SEXTA-FEIRA NEGRA DE BOLSONARO!

Seria normal, mas não pode ser frequente,  Tudo poderia ser resolvido com a nomeação de um porta-voz do Governo. A primeira sexta=feira do início do Governo BOLSONARO foi de desmentidos e teve mais confusão do que cego em tiroteio e pode derrubar algum Ministro... 

As declarações do presidente anunciando que a alíquota do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) seria elevada para compensar prorrogação de benefícios fiscais às Regiões Norte e Nordeste e que interferia na provável fusão entre a EMBRAER/BOING fizeram cair as ações do “patrimônio nacional” a Empresa Brasileira de Aviação.  Como somos humanos, “Errar” todos erram, mas continuar errando chama-se burrice. Até Rodrigo Maia, presidente em Câmara e em campanha de reeleição, meteu a colher. Paulo Guedes Ministro da Economia, cancelou a agenda de compromissos da sexta-feira, mas ficou calado. Precisa haver definir quem fala sobre o quê dento do Governo! A segunda reunião do Ministério ocorreu na segunda-feira para tentar ajustar os discursos. ONYX LORENZONI, Ministro da Casa Civil foi chamado e disse que o presidente teria se "equivocado": foi pior a emenda do que o soneto.

Foi igual a chamar o presidente Bolsonaro de mentiroso! Com isso e sem querer, o ministro-chefe da casa civil Onyx Lorenzoni, acabou revelando o primeiro grande descompasso da nova gestão. Quem deveria falar sobre ENEM era o MINISTRO DA EDUCAÇAO, mas quem falou foi a Ministra da Mulher Damaris Alves. O ministro da educação não falou nada. Quem deveria falar de oneração ou desoneração seria o Ministro da Paulo Guedes, mas o presidente anunciou que a alíquota do IR seria reduzida para 25%, mas o Superministro Paulo Guedes ficou calado. A boa vontade e a pressa em fazer cumprir as promessas de campanha de Bolsonaro, seriam resolvidos se existisse um porta-voz para filtrar tuto o que querem saber os jornalistas, que cumprem o papel de confundir com perguntas embaraçosas, seria mais prudente e evitaria outras sextas-feiras desastrosas.


"Os desencontrados sobre impostos", foi a frase resumiu os primeiros bate-cabeças públicos entre o presidente e a equipe. Poucas horas após a fala de Bolsonaro, o secretário especial da Receita Federal, Marcos Cintra, afirmou que não haveria aumento de IOF  e que Bolsonaro poderia ter feito alguma confusão.  Garantiu não há necessidade de compensação nenhuma. Haveria recursos previstos na lei orçamentária de 2019 para a ampliação, disse. Cintra também ressaltou que as mudanças de impostos viriam depois, "no tempo certo". No fim do dia, foi a vez do ministro da Casa Civil, chamou  uma coletiva de imprensa no Palácio do Planalto, para voltar atrás no anúncio do presidente. Segundo ele, o presidente Bolsonaro teria  se "equivocado" ao anunciar que haveria aumento do IOF. Em relação à redução do Imposto de Renda, também anunciada pelo presidente e desmentida por Cintra, o ministro da Casa Civil disse que seria  uma "tese que vem lá da campanha", mas que deve ser tratada somente após o Governo conseguir equilibrar as contas públicas. "Temos uma premissa que é obter o equilíbrio fiscal. Nós temos para este ano um déficit primário previsto de 139 milhões, claro que não podemos nesse momento fazer nenhuma ação que pode resultar em redução da arrecadação". A promessa do Governo Bolsonaro seria conseguir superávit o  primário em dois anos. Será difícil, mas não impossível! Na avaliação do economista André Perfeito, existiria um claro descompasso entre as falas de Bolsonaro e Onyx abriria  um ruído relevante na condução da política econômica. 

"As propostas de diminuição do IR e aumento do IOF soam improvisos na medida que não deixa claro o montante a ser arrecadado e se é relevante para resolver os desafios de curto prazo. A comunicação num ajuste do tipo ortodoxo é crucial uma vez que é no campo das expectativas que se opera a ancoragem de aspectos importantes, como os juros de longo prazo", dissera André Perfeito.

Para a Federação Nacional do Fisco Estadual e Distrital, o anúncio feito presidente, agora jogado para futuro, quanto à redução de alíquota de imposto de renda (que cairia dos atuais 27,5% para 25%) seria inconstitucional, porque viria ao contrário ao critério da progressividade estabelecido no parágrafo 2º do artigo 153 da Constituição Federal. Segundo o presidente da entidade, Charles Alcântara, a medida é duplamente equivocada, do ponto de vista fiscal e do ponto de vista da justiça tributária, porque aumenta a regressividade do sistema tributário e amplia ainda mais o abismo entre ricos e pobres, uma vez que diminuiu impostos apenas para aqueles com maior poder aquisitivo. “Quem ganha mais deve pagar mais impostos, quem ganha menos, deve pagar menos. Essa medida anunciada pelo novo governo vai favorecer uma parte da população, mas deixa de fora muitos brasileiros que ganham até dois salários mínimos, o que é um erro e favorece a desigualdade”, disse em nota
Atualmente, a renda média do brasileiro é de dois mil reais por mês. A mudança anunciada por Bolsonaro reduziria a alíquota para aqueles com rendimento mensal acima de 4.664,68 reais, dos atuais 27,5%, para 25%.

Tudo seria resolvido se Bolsonaro nomeasse um porta-voz para evitar esses "equívocos" ou só garantisse algo quando tivesse CERTEZA!




5 comentários:

  1. ;FAUSTINO VICENTE/JUNDIAÍ/SP8 de janeiro de 2019 às 12:21

    Meus aplausos por tamanha lucide política, em sua análise isenta

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  2. É, a coisa ficou esquisita.
    E Bolsonaro, que afinal de contas quebrou o poder sufocante das esquerdas e defende coisas certíssimas como a redução da maioridade penal para 16 anos (quem em sã consciência pode discordar?) precisa tomar cuidado porque o PT e a Rede Globo, aparentemente coligados, não lhe darão folga. Abraços e feliz 2019.

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  3. Não tem como, a ignorância do homem (Bozo) é tão grande, que todo o mandato vai ser assim. Eles não têm plano nenhum, pra nada.

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  4. Nada demais ocorreu..
    o Presidente nem assumiu direito o Governo..Petralhas inconformados fazem tempestade em copo d'agua.

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  5. Pois é, ultimamente estão ocorrendo coisas no Brasil que são inéditas, ou seja, nunca haviam ocorrido antes.
    Por exemplo, pela primeira vez temos um governo que não precisa de oposição, pois é um governo que faz oposição a si mesmo.
    Em apenas alguns dias de "mandato", o atual governo já protagonizou tantas trapalhadas, tantos desmentidos, tantas reviravoltas, tantas mudanças, um diz uma coisa e outro diz outra, é Ministro dando pitaco nos assuntos de outros ministérios, é assessor dizendo o que não deveria, são tantas versões, tantos diz-que-me-disse que ninguém entende nada nem dentro nem fora do "governo". Com uma equipe dessa, a começar pelo próprio "capitão" do time, a oposição não precisa fazer praticamente nada. Nunca foi tão fácil ser oposição no Brasil. Nunca se viu tanto gol contra em um campeonato.

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