Alexandre Magno, o Rei da Macedônia, à hora de sua morte chamou seus mais importantes e confiáveis generais e exigiu que fossem cumpridos seus três últimos desejos: – que seu corpo fosse conduzido pelos melhores médicos de seu reino; que todos os seus tesouros conquistados em batalhas – ouro, prata e pedras preciosas fossem colocados no chão, fazendo caminho até sua tumba; que suas mãos fossem colocadas para o lado de fora da ataúde, balançando para mostrar que ele não estava levando nada. Estranhíssimo isso, não? Não para quem a partir de 345 a.C., substituiu seu pai, Felípe II e foi discipulo de Aristóteles, considerado o principal filólofo de sua época.
Com esses pedidos, aparentemente estranhos, Alexandre Magno queria transmitir que nem os melhores médicos de seu reino tinham qualquer poder sobre a morte; que os bens materiais de nada valiam depois da morte; e que viemos de mãos vazias e vazias elas partem. Uma excelente lição de filosofia, mas que não é seguida por alguns dos muitos políticos atuais que elegeram o “ter” como o valor mais importante do “ser” ético e moral.
Eles se acham e se pensam deuses; além do bem e do mal. Acreditam que os bens materiais acumulados, o “ter” pela corrupção são valores mais importantes que a ética e a moral e o “ser”; que quanto mais acumulam bens materiais, mais se tornam importantes.
E onde fica a moral, a ética e a impessoalidade? No lixo, talvez depositados em uma lata qualquer e se passa por cima de tudo e de todos em nome de um poder, nem que para alcançá-lo sejam usadas mentiras, como prometer melhorar a vida do povo investindo em saúde, educação, segurança e outras coisas mais que não cumprem depois de eleitos.
Depois de eleitos e empossados, as licitações são direcionadas, os “acordos” e as “corrupções” se tornam normais e tudo o que prometeram em campanha e o que deveria ser efetivamente cumprido, são jogados no lixo. Decidem que exemplos de impessoalidade, moralidade e ética ficaram esquecidos em alguma gaveta de suas mesas.
A lição magnifica deixada pelo maior e mais famoso estrategista da Antiguidade, que exerceu e deixou uma influência benéfica para seus súditos, que fez suas primeiras campanhas contra os Trácios, os Gregos e os Lírios, de profunda sabedoria, também foi jogada no lixo. Alexandre, desde o princípio de seu reinado, sucedendo seu pai que foi assassinado, não deixou de lutar.
Mas tudo o que Alexandre Magno conseguiu em suas batalhas, repartiu entre seus amigos e súditos e deixou um belo exemplo de esperança, franqueza, honestidade, ética, impessoalidade e moral.
Conta a história que completando sua magnífica obra, Alexandre Magno autorizou os macedônios a casar-se com mulheres persas e ele mesmo se casou com Estatira, filha do rei persa Dávio e recebe embaixadores de várias partes do mundo em sua casa favorita, na Babilônia.
É uma pena que alguns políticos de hoje se acham deuses; outros, que estão além do bem e do mal, mais alguns, mesmo depois de condenados por desvios de verbas públicas, juram inocência.
Enfim, não há o que comparar entre Alexandre Magno de ontem, com muitos políticos de hoje, porque do passado histórico e do presente, nada ficou na cabeça das belas lições do mais importante Rei da Macedônia. Mas como diz o escritor Eduardo Bueno em suas rápidas aparições no canal History Chanel, “se você não quer que os próximos 500 anos do Brasil repitam o passado, conheça mais a nossa história”.
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