O
assassinato do arqueólogo americano Janes Petersen, que fazia pesquisas sobre
índios de tribos raras que poderiam ter existido e vivendo na Região Amazônica,
volta a levantar a total vulnerabilidade da floresta Amazônica rica e muito
abandonada em termos econômicos. Ele foi assassinado durante um assalto que
ocorreu em um restaurante no município de Iranduba, a 30 quilômetros de Manaus.
Dois homens armados invadiram o local, anunciaram o assalto, roubaram o caixa e
os clientes e atiraram contra o arqueólogo porque pensaram que ele poderia
reagir.
Não
desejo discutir o crime, mas sim saber se a Fundação Nacional do Índio – Funai,
tinha conhecimento da presença desse arqueólogo americano pesquisando índios raros
e em solo brasileiro? Será que não existiriam profissionais formados no Brasil
que fossem capazes de promover a pesquisa e, a partir de seus resultados, produzirem
novos conhecimentos? Por que são sempre os estrangeiros que vêm para a Amazônia
realizar essas pesquisas? O crime, não
desejo discuti-lo, mas sim, o fato da presença de estrangeiros que vêm à
Amazônia pesquisar sobre índios raros, remédios produzidos a partir da floresta,
insetos, cobras e outros animais!
Lembro-me
com tristeza da presença na Amazônia do botânico inglês Henry Wickham que, se
apresentando como pesquisador botânico, se transformou no primeiro “pirata
ecológico” de que se tem registro na Amazônia, transportando milhares de sementes
de seringueiras para a Inglaterra, quando,
em 1827 a economia, o desenvolvimento social e econômico da Região era apenas
gerada pela exportação de borracha natural. Com isso, a população da Região
Amazônica subiu dos três mil habitantes em 1830 para 50 mil em 1880, com a
vinda de ingleses, alemãs, que eram os exploradores e açorianos e
principalmente, nordestinas que eram usados como mão de obra parada, em semi-escravidão.
Mas Manaus mudou e depois ficou abandonada!
Os
vários livros escritos na época e na atualidade, por vários e diversos autores
brasileiros - amazonenses e estrangeiros- informam que o ato praticado por Henry Vickham
causou o declínio da produção da borracha natural, causando o abandono da
Região, com o desenvolvimento produtivo e comercial das sementes de
seringueiras levadas pelo botânico e cultivadas com relativo sucesso na Malásia. A produção comercial na Inglaterra, teria causando à falência econômica, social e o
abandono da capital. Mas existem autores que sustentam diversamente desse fato
e garantem que o abandono da capital não teria sido causado pelo ato pirata de
Henry Vickham e, sim, pela própria maneira predatória como era explorada a
borracha. Mas, isso é para a história resolver com novas pesquisas!
Voltemos ao assassinato a sangue frio do
arqueólogo americano James Petersen!
Não
desconheço que o intercâmbio entre pesquisadores estrangeiros e brasileiros
seja importante para o desenvolvimento de novos conhecimentos e novas
metodologias. Mas o que me surpreende e acho estranho é o fato de um
estrangeiro estar fazendo pesquisa em um município onde não existem mais índios,
nem tribos raras como foi anunciado na notícia de sua morte.
Sei
que no município existem muitas “terras de índios”, mas não desejo nem supor
que ele estivesse coletando restos de cerâmicas antigas, deixadas pelos índios
do passado que ocuparam aquelas terras no passado para outros fins, igual ao
que fez no passado o pesquisador britânico Henry Vickham. Mas tudo é possível,
como pode ser tudo impossível também. Mas que é estranho, ah, isso é!
Dos
cinco que assassinaram o pesquisador, três pessoas já estão presas no município
de Iranduba e o corpo assassinado seguiu para Manaus para ser liberado pela
Polícia Federal e ser transportado para os Estados Unidos.
Segundo
amigos que trabalhavam com o pesquisador, ele era uma pessoa que trabalhava em
várias partes do continente, na Amazônia, no Caribe, na América do Norte e, em
todos esses locais, ele fazia amigos e colegas. Janes Petersen, segundo seus amigos, tinha uma
visão muito ampla da arqueologia do continente americano, lamenta o também arqueólogo
Eduardo Neves, um de seus amigos.
Mas
a pergunta é: será que os arqueólogos brasileiros não tinham competência para
fazer essas mesmas pesquisas?
É Carlos, tem muita gente competente em Manaus, mas o Amazonense discrimina o filho da terra,sempre se valoriza o de fora, americano paulista....etc, que pensam que sabem algo de nossa cultura, continuamos sendo permissivistas e colonizados.
ResponderExcluircelso,bsb.
Para mais informações sobre este ato de biopirataria. Leia também os comentários. Muito em breve vamos publicar mais informações sobre o assunto.
ResponderExcluirhttp://www.cartapotiguar.com.br/2013/05/01/os-indios-estao-sendo-depenados-em-paris/
Nao sei se era pirateria. Pergunta de Sao Paulo?Nao tenho certeza mas acho que tinha haver com um PAC,Sao Paulo e USA.Nos amazoneses nao temos chance nossas escolas sao fraquicimas em todos os ramos.Nao quero aqui diminuir os estudantes do Amazonas.Temos bons alunos mas nao temos chance em comparacao com alunos de Sao Paulo.Nosso governo no Amazonas nao inverte em nada ha anos e as escolas particular nao tem nehum interresse pelo estado.
ResponderExcluirMaria Hirschi
Oberriet-CH