sexta-feira, 17 de maio de 2013

SIM, TAMBÉM SOU UM ASSISTENTE SOCIAL!


Depois de ser chamado para compor a mesa pelo deputado Sinésio Campos, na homenagem antecipada ao Dia do Assistente Social, prestada no último dia 14, no Auditório da ALE, Amazonas, proposta em conjunto pelo também deputado Luiz Castro, ouvi atentamente todos os pronunciamentos, protestos, reivindicações, críticas e também assisti, vi, e ouvi um interessante vídeo afirmando:  “SIM, SOU ASSISTENTE SOCIAL”, e tecendo várias críticas. Não me vi no vídeo, mas parei para pensar...

Enquanto o vídeo era mostrado e narrado a todos, com a platéia cheia de profissionais homenageados, em minha cabeça fervilhava um monte de pensamentos, ideias, revoltas e cheguei a conclusão que eu também sou um Assistente Social, mas talvez seja um pouco diferente dos outros:

1.   Era um assistente social propositivo, como todos deveriam ser também; mas também crítico e analítico das principais questões sociais. Mas, hoje aposentado por invalidez pouco ou quase nada posso fazer a não ser escrever para que minhas ideias e pensamentos possam causar transformação em  outras pessoas;

2.   Sinto-me um assistente social impotente porque, mesmo eu escrevendo e os canais de televisão do Brasil falando e mostrando diariamente a geração de jovens viciados que só deseja a chance de receber tratamento em hospital público, ou compulsoriamente pela Justiça, o Estado parece que está apático e insensível ao problema e, por isso, não implanta hospitais e contrata equipes profissionais para enfrentar o problema e reverter esse quadro de miséria humana e degradação social que destrói famílias inteiras e não só o viciado.

3.   Também sou um assistente social impotente porque famílias continuam sendo massacradas em busca de fichas para atendimento pelo SUS, nas Escolas e em creches que quase não existem nos pequenos municípios etc...
Mas acho também que sou um assistente social comprometido com a profissão porque durante doze anos, exerci a direção do SEST/SENAT, com o apoio do presidente da Instituição, Adm. Francisco Saldanha Bezerra, apresentei projetos propositivos e, com apoio de órgãos públicos estadual e municipal e ajudei a realizar ação prática de mudanças em jovens que estavam vivendo em total vulnerabilidade social até 17 anos, envolvendo viciados, traficantes, homicidas e menores que se drogavam nas ruas, cheirando cola de sapateiro, fumando pedras de crack na faixa etária de menos de 13 anos. Desses, com educação, elevação de escolaridade, esportes, ensino profissionalizante e palestras, consegui recuperar uma grande maioria. (A CIDADANIA COMO FATOR DE RESGATE SOCIAL in carloscostajornalismo.blogspot.com).

Mas me sinto um pouco derrotado também porque percebo as lentas mudanças em todo o processo de mudança social de combate à miséria que persiste e resiste entre famílias que continuam catando restos no lixo para comer e matar a fome de seus familiares, embora o Governo Federal sempre divulgue ao contrário. E, também porque o capital historicamente é perverso demais e só deseja o lucro rápido e fácil, mesmo à custa da miséria de muitos, como ocorre hoje na Zona Franca de Manaus.

E o pior de tudo: sinto-me triste e feliz ao mesmo tempo porque todas as mudanças sociais que ocorreram no Brasil desde a Constituição de 1988, não foram só resultado de vontade política de  governantes, mas resultado da constante mobilização social tendo à frente sempre um profissional da área.

Triste por ter a certeza da baixa remuneração, falta de campo de trabalho e de concursos públicos para Assistentes Sociais para prosseguir as mudanças sociais e, ainda mais triste, por ter tido o conhecimento que psicólogos continuam atuando como se assistentes sociais fossem.

Apesar de tudo, me declaro: Sim, também sou um Assistente Social!

4 comentários:

  1. BOA NOITE CARLOS COSTA ADOREI SUA CRONICA MAIS VC FALOUPOUCO MAS FALOU TUDO NOSSO BRASIL TEM MUITAS COISAS QUE MUDAR COMO VC ASSISTENTE SOCIAL TENHO HOUVIDO MUITAS PESSOAS MUITO NESSESITADA COM POBLEMAS DE SAUDE SEM PODER COMPRAR MEDICAMENTO POIS O MISERO SALARIO QUE GANHA O COITADO DO APOSENTADO TEM QUE AJUDAR A FAMILIA INTEIRA AGORA DIGO CADE O DINHEIRO DO MEDICAMENTO DO AUTO CUSTO ESTE DINHEIRO A SAUDE E O DUS NÂO FIO TEM MUITAS COISAS A DESEJAR OS NOSSOS PRESIDENTE PRECISA MELHOR QUANTOS ESTÃO NA FILA DE ORGÃO NO SUS QUANDO E CHAMADO JA MORREU ESTE BASIL ESTA UMA CALAMIDADE OBRIGADA AMIGO PARABENS PELO SEU SERVISO SIGA EM FRENTE ....!!!

    ResponderExcluir
  2. Existem situacoes piores em todo mundo é assim,mas a grandesa do ser é bem mais forte.Nao desistir,seria um pretesco sou forte e vou em frente.Concursos publicos sou contra!em todas as reparticoes que vou e sou atendida,tenho a certeza que nao sao concursados.Saio rindo dessas reparticoes de concursados.So contra o govergo ganha muito nesses concurso so na incricao-
    Maria Hirschi
    Oberriet-Swiss

    ResponderExcluir
  3. MINHA AMANTE
    (crônica premiada)


    gente adorei lindo lindo!!! !!!!
    O nosso reencontro foi tenso, muito tenso, cheio de desejos e ansiedades. Ela ali, parada em um canto. Eu aqui, vendo-a sem ter coragem de tocá-la. Não sabia o que fazer. Rodei pela sala, procurei um livro. Terminei na geladeira. Eu tomei uma cerveja e ela ficou no canto, como que me olhando, rindo de meu nervosismo.
    Tomei coragem. Fui até ela, decidido. De um gesto só, tirei-lhe a roupa. Foi um susto. Ela estava do mesmo modo. Não reagiu, não sorriu, não protestou, não faz nada, nadinha mesmo. Toquei em seu corpo, acariciei sua face e nada. Ela não reagiu. Ficou muda, como a deixei.
    Eu e ela, no passado, fomos amantes, companheiros, confidentes. Noites e noites conversávamos a sós. Ela ajudou-me a afogar mágoas. Tantas vezes serviu-me de porta-voz, sem nada dizer, sem protestar. Tomou conhecimento dos meus amores, ajudou-me a conquistar outros e curtiu fossas comigo.
    Não era ciumenta a minha amante, não dizia nada. A sua submissão era total, completa e, mesmo assim, a abandonei. Nos afastamos sem despedidas. Ela estava em casa, sozinha, e se foi sem me dizer adeus. Acho que estava zangada. Não a encontrei mais e já tinha perdido a esperança de reecontrá-la um dia. Se tivesse magoada, até compreenderia. Não lhe dei a devida atenção, não lhe cuidava bem. Acho que até gostou do que aconteceu.
    Agora ela estava ali, muda, em um canto. Não me pediu desculpas e nem deu explicações. Eu aqui, sem saber o que dizer depois de tê-la deixado completamente nua. Era ela, a mesma, a mesma que se foi um dia. Estava do mesmo modo como eu a tinha visto no último dia.
    Tomei outra cerveja, sozinha. Ela não bebe. Criei coragem novamente. Romeu para seu lado. Sentei-me na banqueta e a puxei para bem perto de mim. Precisava acariciá-la mais, sentir cada uma das partes de seu corpo. Sim. Precisava ser mais carinhoso, afinal, tantas vezes ela foi carinhosa para comigo, me permitiu extravasar todo meu sentimento, foi confidente de meus desejos e minhas angústias. Era o mínimo que poderia exigir.
    Novamente usei de violência, como tantas vezes fizera no passado. Imediatamente a sala encheu-se de barulho. Era o mesmo barulho de alguns anos. Eu introduzi os dedos em suas partes e as teclas foram se movimentando como da última vez em que estivemos juntos.
    No papel preso ao cilindro, alguma coisa começava a tomar forma. Como no passado, estávamos nos tornando amantes outra vez, eu e minha máquina Olivetti, línea 98.
    Graças ao tempo, suas partes estavam intactas. Felizmente o ladrão que a roubou não tinha por ela o mesmo sentimento de cumplicidade que eu tenho. Por isso, eu e minha Olivetti estamos a ser os mesmos amantes de antes!


    Gente como e linda!!!

    ResponderExcluir
  4. CRESS EM MOVIMENTO: AGREGAR PARA ENFRENTAR E VENCER DESAFIOS"- Chapa 1 Carlos, as contradições do cotidiano do\a Assistente Social que você coloca acima, representam nossas lutas, lutas que exigem de nós compromisso constante e não busca de respostas fáceis ou conseguidas com varinha de condão. A clareza que temos sobre isto, nos faz acreditar que as ações coletivas criticamente analisadas e intencionalmente direcionadas precisam ser assumidas pela categoria.Nas próximas eleições do CRESS, eu faço parte da chapa 1 e nela eu voto por acreditar que é na luta que se enfrentam e vencem desafios. Venha conosco, ajude-nos a chamar a categoria para agregar-se a nós, para fortes, enfrentar e vencer desafios.Nossa chapa tem a experiencia, tem a vivencia no CRESS ( como você também teve) mas também tem o sonho e vigor de jovens e comprometidas assistentes sociais que acreditam que uma nova ordem societária é possível. Conto com seu voto, em breve apresentaremos nossa carta de intenções.Arlete Anchieta.

    ResponderExcluir