domingo, 16 de março de 2014

REGIÃO NORTE ESTÁ ENTRE O FOGO E A INUNDAÇÃO!


A região Norte está dividida entre o fogo e a água: no Estado de Roraima, fogo devido a seca; mas há muita água em municípios dos Estados Pará, Amazonas, Macapá e Porto Velho. 


No meio desse contraste de fogo e água está uma população socialmente carente, sofrendo e desalojada em Escolas publicas dos municípios. Em breve, começarão a ser decretados estado de calamidade pública nas capitais também, se a água continuar subindo..


No meio de tudo isso, ambientalistas acusam as construções de duas hidroelétricas como responsáveis pelas enchentes no Rio Madeira.,atingindo  municípios e até parte da capital de Porto Velho. Não existem provas técnicas e nem científicas que as duas hidroelétricas são as responsáveis pela subida das águas no Rio Madeira e muito menos que as obras foram as construtoras das duas obras foram as responsáveis pelos danos. Mesmo assim, assumiram o ônus da culpa. Mais por uma questão social do que por uma responsabilidade concreta, embora a justiça federal, baseada em laudos de ambientalistas, tenha dado ganho de causa contra as empresas.


Não discutindo a responsabilidade ou irresponsabilidade das construtoras que levantam as duas hidrelétricas; preocupo-me com as famílias que, desalojadas e morando de forma improvisada em Escolas, passam a ter necessidade de remédios, roupas, alimentos, medicamentos e tudo enfim que se precisa nessa hora.


Enquanto não se chega a uma conclusão concreta, científica e aceita da responsabilidade pela cheia do Rio Madeira, a presidente Dilma Rousseff se apressa e diz, no elevado de sua autoridade de mandatária do país, que a chuva foi a única responsável. Mas. a chuva seria mesmo a única causa da cheia do Rio Madeira? Ou teriam componentes humanos causando esse problema também? 


Sabe-se que em algumas áreas da Região Norte,, temos seis meses de chuvas intensas, seguido de seis meses de sol inclemente é período chuvoso, mas ninguém pode desconhecer que a natureza tem sido muito manipulada pelo homem nos últimos anos. Essas mudanças climáticas não poderiam estar relacionadas com as ações do homem contra o meio ambiente, também?


Estudos científicos ou empíricos nunca chegaram a determinar essa ação do homem sobre essas ocorrências, mas que pode haver relação, ah, isso pode! A única coisa que posso garantir é que existem seres humanos necessitando de ajuda e de solidariedade social e das forças organizadas do Estado Social nesse momento desesperado de dor e sofrimento!

6 comentários:

  1. 16/03/2014 19:00 - Nilton:
    O PT nunca é culpado de nada. E ninguém que está sofrendo está buscando culpados, mas sim a ajuda do governo, das pessoas. Ë claro que o homem tem há ver com as mudanças climáticas. Precisamos aprender muita coisa a esse respeito. Ótimo texto

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  2. Obrigado pelas contribuições à causa amazônica! A defesa da Amazônia Brasileira é uma necessidade imperiosa e intransigente dos brasileiros, daqueles que ainda se preocupam com a sua integridade física, não apenas como "patrimônio da humanidade" mas como patrimônio dos brasileiros, principalmente dos amazônidas, que são os que mais sofrem com a incúria administrativa e as ações lesivas ao meio ambiente. Salve a Amazônia, "antes que a natureza morra!"
    As hidrelétricas podem parecer um bem necessário para gerar energia, mas além de não cumprir o seu papel integralmente geram consequentes danos à natureza por não serem bem estudas e bem avaliadas na questão do impacto ambiental. Geram, portanto, mais danos à natureza e aos ribeirinhos e aos silvícolas que habitavam as redondezas da região onde estão sendo ou foram construídas, do que resultados eloquentes de eficiência e eficácia aos fins a que se destinam. Não são apenas os fenômenos naturais que causam, sinceramente, os danos de que o governo quer se valer para "tapar o sol com a peneira". JOSÉ COELHO MACIEL

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  3. Li o texto de Carlos Costa e fiquei pensando que, no tempo em que coordenei o primeiro projeto de avaliação de impacto ambiental (lato sensu) de uma hidrelétrica na Amazônia (Tucuruí – 1979-1980). O projeto objetivava avaliar os danos ao ambiente natural e humano da construção de um hidrelétrica na região e não tenho qualquer receito de afirmar que qualquer dano à natureza e aos seres humanos, é responsabilidade da empresa construtora que, ao vencer a licitação deveria ter definido as ações para minimizar os efeitos deletérios.

    É preciso dizer que, nesse tempo a Avaliação de Impacto Ambiental ainda não era um exigência legal, mas o então presidente da Eletronorte - Raul Garcia Llano – determinou essa análise que foi feita por uma equipe interdisciplinar do INPA e do Goeldi, com o INPA se dedicando aos problemas com a natureza e o GOELDI estudando e apontando soluções para os problemas humanos (índios e caboclos).

    Um certo dia, durante as águas de março que atrasaram o trabalho de pesquisa (tem um filme do Glauber Rocha sobre essa enchente) conversei com uma autoridade da Eletronorte (não sou dedo duro e, por isso, acreditem se quiserem) e, inocentemente, sugeri que uma parte da obra parasse para que o NOSSO trabalho fosse concluído. A resposta foi a seguinte: “Menino, ninguém para uma obra que dá US$800 mil de gorjeta por dia.

    Em Tucuruí, vi o drama dos ribeirinhos, vi o problema da cidade de Tucuruí totalmente tomada por comerciantes e putas barrageiras e assisti a degradação moral dos caboclos subjugados pela força do dinheiro e da intervenção.

    Também trabalhei um pouco na UHE Curuá-Una e na UHE Balbina e com base no funcionamento ainda razoável dos meus neurônios funcionais, garanto que os danos são responsabilidade da empresa construtora (qualquer uma) que não fez um projeto adequado e menosprezou a natureza e os seres humanos, valorizando unicamente o lucro. Fogo e água são elementos do ecossistema amazônico desde priscas eras (Pleistoceno-Holoceno), mas lamentavelmente são mal usados pelos donos do dinheiro e do poder.

    Sobre a enchente do rio Madeira, repasso aqui uma informação do Prof. Dr. Arthur Moret da Universidade Federal de Rondônia afirmando que a causa é o fenômeno natural e incontrolável intitulado ‘CURVA DE REMANSO” que aumenta o nível de montante das usinas que não podem abrir as comportas para passagem de maior volume de agua, para não piorar as regiões de jusante, nem fechar as comportas para não piorar o problema das regiões de montante. Evidentemente, se o problema é natural e incontrolável, a solução deveria estar no projeto da barragem.

    Duas coisas precisam ser comentadas:

    1) o pulso de enchente e vazante acontece desde 11.000 anos atrás e, portanto não pode ser encarado como uma novidade;

    2) A curva de remanso é um fenômeno hidrológico que as empresas construtoras deveriam ter equacionado, e resolvido, se tivessem algum interesse em preservar o ambiente natural e as populações.

    Perdão pelo alongamento do texto, mas imaginei que ele poderia ser útil para avaliar o que estão fazendo com a Amazônia.

    Quanto à Dilma, devo dizer, para encerrar, que a conheci no tempo em que eu morava em Porto Alegre e ela e o marido - deputado Carlos Araújo – eram do PDT do governador Alceu Colares e migraram, por razões conhecidas, para o PT do Olívio Dutra.

    O que ela diz é sempre contestável (e detestável) por quem tem mais de cinco neurônios funcionais.

    Ozorio Fonseca

    .

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  4. Olá amigo Carlos Costa, obrigado por enviar-me
    esta matéria sobre o que anda acontecendo por
    aí, é lamentável tudo isso.

    Um bom início de semana.


    Darcy Belgique Alves
    Bruxelas / Bélgica
    alves.belgique@gmail.com

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  5. mando todos esses comentarios pra POnte que caiu.Nos Amazoneses fomos sempre mal visto.Todas as obras foram feitas.Mais mal feitas,nos sabiamos,mais ficamos calados.E muito triste,defender uma cidade um lugar e jogar a culpa no presidente.Nos Amazones,tivemos a oportunidade de ser indenpendentes,intenacional.E nos nao fizemos isso,o brasil todo,viveu a nossa custa e hoje em dia,cada um,com suas desculpas.Acho que o povo,tem que ter um prefeito que viva na cidade que ele foi eleito.Em todas as cidades,que viajo no Amazonas,quando pergunto pelo prefeito.A resposta ele esta em Manaus.
    A corrupiçao ai éTAL GRANDE.O povo,deve comerçar a cobrar.
    Carlos tudo ai é mais caro do que aqui e nao temos nada,o povo do interior é um povocoitaido,ate quando.

    Maria Botelho
    Oberriet
    Swiss

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  6. É mesmo de entristecer a situação por você relatada.

    Um abraço,





    Amarildo Paticce/MG

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