segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

QUANDO EU MORRER! (para que correr atrás do tempo?)


Por que devo temer o tempo 
se a única coisa que ele em mim produz
é um envelhecimento antecipado a cada ano que se renova?
Por que devo temer o tempo ou correr atrás dele
se ele corre atrás de mim e 
um dia ocorrerá nosso encontro derradeiro,
quando a morte em mim vier fazer sua morada...
A terra será depositada em meu sarcófago inerte,
e não queiram me conhecer.
(Nem eu mesmo me conheço).
Mas, posso lhes adiantar que sou o resultado do que fizeram de mim,
e o resto de vida de assistente social e jornalista que pensa 
(e escreve o que pensa)
Talvez encontrem nos escritos,
fragmentos de uma vida para reconstruí-la por inteiro, 
Como cacos de cristal quebrado que ainda conservo!
Não inventem nada! 
Não sou digno de invenções,
Sou o que fui e o que deixarei por escrito!
não tentem me analisar ou entender-me!
(eu não me entendendo).
Na vida, recebi quase todas as honrarias que desejei, 
mas se a morte vier me fizer companhia antes que eu a procure, 
ainda quero receber todas as homenagens que fiz por merecer!
Na lápide acima do meu caixão, um endereço e, talvez, a frase dizendo:
“aqui jaz um homem que aproveitou a vida 
e morreu porque queria viver”,
mas, talvez, nem isso eu venha merecer!  
Não haverá problemas,
(Não estarei vivo para ler o que escreverão....)
Mas, peço mais uma vez:
Não tentem me analisar,
Não mereço análise de ninguém.
Meus escritos falarão por mim porque são resultados do que vivi 
e ainda viverei, se Deus quiser!

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