sábado, 23 de setembro de 2017

*A VERDADE SOBRE A CORRUPÇÃO DURANTE A DITADURA MILITAR*

Com fonte confiável e mais as declarações a mim feitas pelo então MINISTRO DO INTERIOR, CORONEL DE EXERCITO, todas as vezes que vinha a MANAUS, prestigiar e presidir as reuniões prestigiadíssimas realizadas pelo então Superintendente da Suframa, Rui Alberto da Costa Lins. O coronel Mário Andrezza, quando decidiu se candidatar e disputar à presidência da República no Colégio Eleitoral da ARENA contra Paulo Maluff, ex-prefeito de São Paulo, me dizia sempre ter conhecimento de que começava a existir corrupção nas “classes subalternas do Exército”, principalmente nos Batalhões de Engenharia e Construção do Exército. Mas foi derrotado por Maluff no Colégio Eleitoral na época e depois perdeu no colégio eleitoral da Câmara Federal para Tancredo de Almeida Neves, o “melhor presidente que o Brasil não teve”, como o defini em crônica que publiquei na época de seu falecimento.

Eis que agora, recebo via rede social, do leitor Daniel Fernandes, esse interessante sumário sobre *A VERDADE SOBRE A CORRUPÇÃO DURANTE A DITADURA MILITAR e a publico na íntegra, sem fazer correções, porque vem de encontro ao que o coronel Andreazza me contava entre um copo e outro de bebida, nos idos de 82, aos 22 anos de idade:


📌ARTIGO CRITICO - Formato DENÚNCIA




Durante as manifestações ocorridas no dia 15 de março, bem como nas chamadas “redes sociais” e até em conversas nos lugares públicos, *algumas pessoas têm falado em volta da ditadura militar para acabar com o problema da corrupção.* Na maioria dos casos, *trata-se de desinformação ou mito de que as Forças Armadas são marcadas pela honestidade,* quando a realidade mostra o contrário, e não poderia ser diferente.

*A corrupção*, como mostra a história do Brasil e do Mundo *é inerente ao capitalismo* e a todos os sistemas fundamentados na exploração, na dominação de uma minoria, e penetra todas as instituições e o modo de pensar da sociedade. Por isso, *é comum vermos uma pessoa rica bradar contra a corrupção e, ao mesmo tempo, sonegar imposto de imposto de renda ou vender mercadorias contrabandeadas.*

*Nosso país sofreu 21 anos de ditadura militar*. Mostraremos a seguir *alguns episódios de corrupção ocorridos na época* e que não eram divulgados pela mídia porque toda ela estava sob controle ferrenho, por adesão dos seus proprietários ou por uma feroz censura no caso dos órgãos independentes. Assim, o povo não sabia, mas que acontecia, acontecia.

*Sem dúvida, além de arrochar o salário dos trabalhadores, promover um grande desemprego, torturar, matar e esconder os corpos dos revolucionários que lutavam por liberdade, entregar grande parte de nossas riquezas para multinacionais, aumentar a mortalidade infantil e a concentração de renda,* a ditadura militar *ampliou e desenvolveu a corrupção* em nosso país.

*A corrupção durante a ditadura*

De fato, apesar de afirmarem que o combate à corrupção fora um dos motivos para o golpe militar de 1964, *os generais que comandavam a ditadura implantaram os governos mais corruptos da história do Brasil.* Porém, *devido à censura, à perseguição e morte de jornalistas como *Vladimir Herzog,* *os escândalos de corrupção ficavam encobertos*. De 1964 a 1980, o Congresso Nacional ficou proibido de instalar Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar os casos de corrupção. Somente em 1981, cinco antes do fim do regime militar, é que o Congresso instalou a primeira CPI para investigar a corrupção no “Caso Lutfalla”, que envolvia diretamente o então governador de São Paulo, Paulo Maluf. *O mesmo que, após 35 anos, continua livre e com bilhões* depositados no exterior.

*Os escândalos foram muitos.* Vejamos alguns deles.

O *general Humberto Castelo Branco, primeiro governo militar* após o golpe, *destruiu uma companhia aérea e passou todos os seus bens para a Varig, cujo dono, Rubem Berta, apoiou o golpe e era amigo íntimo dos militares.*

*Na época, a Panair do Brasil era a maior companhia aérea do País, mas por meio de um telegrama do ministro Eduardo Gomes, da Aeronáutica, teve sua licença para voar cassada e o patrimônio confiscado porque o grupo acionário era ligado a Juscelino Kubitschek,* opositor do regime. No mesmo dia, os hangares da empresa foram ocupados por soldados da Aeronáutica e a Varig assumiu todas as rotas internacionais da rival.
*Nepotismo e superfaturamento* de obras

*No governo do general Costa e Silva, os escândalos aumentaram.* Em seu livro Brasil, de Castelo a Tancredo, *o historiador Thomas Skidmore informa que Costa e Silva foi acusado pelo general Moniz Aragão “de obter favores para seus parentes”.*

*Emanuel da Costa e Silva, irmão do presidente da República e funcionário público aposentado, foi nomeado aos 65 anos de idade para o cargo de ministro do Tribunal de Contas* do Estado do Rio Grande do Sul pelo governador Peracchi Barcelos *a pedido do general Costa e Silva*. A *indicação foi considerada irregular pela Comissão de Constituição e Justiça da Assembleia Legislativa,* pois o sr. Emanuel da Costa e Silva não possuía os requisitos exigidos por lei para o cargo – conhecimentos jurídicos, financeiros e administrativos – e, como aposentado, com mais de 60 anos, contrariava outra exigência constitucional: permanência mínima de dez anos na função, já que a compulsória é aos 70 anos. Derrotado na Comissão, o Governo do Estado forçou a homologação da mensagem pelo plenário da Assembleia, onde a sua bancada passou a ter maioria, depois da cassação dos mandatos de vários deputados da oposição.

*Dona Iolanda, mulher do general Costa e Silva,* entrou para a História como *a primeira-dama que mais festas realizou em Brasília.* Promoveu diversos desfiles no palácio do governo, além de *ricos jantares e longas rodadas de pôquer no Palácio da Alvorada*, que iam até o sol raiar. Partiu dela a ideia de nomear Paulo Maluf para a presidência da Caixa Econômica Federal (CEF) e depois para a prefeitura de São Paulo. *Em troca, Maluf a presenteou com um colar de diamantes*.

*Dulce Figueiredo, esposa do general Figueiredo*, preferia as festas no Rio. Era comum requisitar o avião presidencial para decolar rumo ao Rio e dançar em festas abrilhantadas pela presença do *ator Omar Shariff com muito champanhe e caviar importados.*

*Outro caso suspeito, mas nunca investigado, foi a compra, pelo governo militar,* de 195 vagões para a Rede Ferroviária Federal da empresa norte-americana General Electric, embora o presidente da GE, Thomas Smiley, tenha confessado que *pagou suborno à direção da Rede Ferroviária para a venda ser concretizada.* O detalhe é que, o então, *coronel Álcio Costa e Silva, filho do ex-presidente Costa e Silva*, era diretor da General Electric.

Também *houve superfaturamento na construção da Ponte Rio-Niterói e da Ferrovia do Aço, em 1976 e 1977*, e na aquisição de guindastes pelo Departamento Nacional de Vias de Navegação durante a gestão do ministro Mário Andreazza.

*Geisel, Golbery e a Dow Química*

No governo do general *Ernesto Geisel* não foi diferente. *Sob o argumento de desenvolver o Nordeste*, o general Geisel *criou o polo petroquímico de Camaçari, na Bahia*. Mas, por trás dessa decisão, estava a *intenção de favorecer a instalação da Dow Química, empresa da qual o general Golbery do Couto Silva* foi consultor e presidente antes de se tornar ministro de Geisel.

A *Dow Chemical Company é uma multinacional de produtos químicos*e agropecuários que, durante a Guerra do Vietnã, *foi a principal fornecedora do napalm para as Forças Armadas estadunidenses.*

Após sair do governo, em 1980, *o general Geisel* foi presidir, *com polpudos salários e várias mordomias, os conselhos de Administração da Copene e da Norquisa, empresas pertencentes à Dow Química*.

5 comentários:

  1. Carlos Costa, li e reli, com acuidade técnica e bom senso, o artigo denúncia que reproduziste, de uma fonte duvidosa, afirmando que houve corrupção no governo militar. Ri, à vontade, no decorrer da minha detida leitura. A fonte em que te fulcraste reportou-se até às festas de D.Yolanda Costa e Silva e, pasmem, a um emprego "arranjado" para um irmão de general presidente. E, como sempre, aludem à morte do jornalista Herzorg e à tortura de presos, como se estes fossem santinhos ou anjos de candura. Mas não eram!
    Em defesa do movimento revolucionário glorioso, eu te digo que nunca sofri nada que dele partisse; fiz a minha carreira no Banco na maior tranquilidade. Sabes porquê? Porque estava trabalhando em prol do Brasil e não destruindo o país, assaltando Bancos e tramando atos criminosos, como hoje. Dilma, Zé Dilceu, Zé Genoíno, Lamarca, Herzorg e outros, que infelizmente ainda estão tramando eram, são e serão inimigos da pátria, juntamente com oa seus asseclas. Lembro-te o livro do Jornalista Carlos Chagas, recém falecido, denominado Os generais Presidentes, em que, na qualidade de inimigo figadal, é compelido a reconhecer a HONESTIDADE DAQUELES PATRIOTAS. Narra de per si a vida de cada general e a situação econômico-financeira em que morreram. Vê que o jornalista Carlos Chagas era inimigo, mas precisamente inocente útil de um grupelho mal instruído.
    Quanto ao General Castelo Branco, dói-me ler tamanha calúnia. Foi sacrificado pela pátria.
    Quanto à Ponte Rio Niterói e Itaipu Binacional e outras grandes obras estruturantes, que os democratas atuais jamais sonharam em construir, são os emblemas do governo revolucionário, apoiado pelas hostes empresariais, clero e a sociedade civil. Este país nunca avançou tanto, nacional e internacionalmente, apesar de todas as crises mundiais, como a do petróleo. Os governos "democraticos" estão sobrevivendo sobre aquilo que a Revolução construiu. Viva 31.03.1964. Comunismo, nunca.!

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  2. Corrupção sempre existiu e sempre existirá, em todos os lugares , em todos os sistemas políticos , em maior ou menor grau.
    Mas não dá para comparar a perda de divisas e dos valores morais daquela época com o que estamos vendo nos últimos anos, com os poderes da república aparelhados, nossos filhos sem esperança de futuro, um STF que não julga os poderosos, um congresso que não poderá ser mudado pelo voto nem no médio prazo. Hoje mesmo, estamos vendo o Temer liberar mais de um bilhão para os parlamentares. Isenções fiscais de outros tantos bilhões para empresários etc etc.
    Triste e muito grave a situação do país, não há luz no fim do túnel.
    Os instrumentos "democráticos" servem aos poderosos , àqueles que dominam o sistema. Por isso o risco de ruptura é real .

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  3. ����������������.... Em 1974 entrei na faculdade no curso de Economia em Belém, e em minha turma tinha um PF infiltrado, só viemos a saber após conclusão do curso superior, mas em quatro anos nunca teve uma paralização ou greve sequer, o amigo PF (não vou citar seu nome) nunca teve de intervir, estudamos e concluímos nosso curso sem atropelos e foi uma época de conhecimentos e conquistas, onde vimos como nunca o Brasil crescer como nação e como pátria, vimos o crescimento nas áreas de agricultura, com abertura de créditos rurais para os agricultores, crescimento na indústria com incentivos fiscais e financiamentos através de linha de crédito. O comércio crescia assustadoramente e nas casas residenciais não faltava comida. Nas escolas públicas as vagas eram todas preenchidas e os professores eram bem remunerados, nunca vi ou ouvi um se queixar. Os universitários tinham o crédito educativo tanto para manutenção como para as mensalidades e matrículas, eu fui um beneficiado desse crédito, e depois de formado paguei minha pois emprego não faltava, enfim, nada tenho a reclamar da minha vida na era militar, e posso afirmar que foi a minha "Belle Epoque".

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  4. Em 1974 entrei na faculdade no curso de Economia em Belém, e em minha turma tinha um PF infiltrado, só viemos a saber após conclusão do curso superior, mas em quatro anos nunca teve uma paralização ou greve sequer, o amigo PF (não vou citar seu nome) nunca teve de intervir, estudamos e concluímos nosso curso sem atropelos e foi uma época de conhecimentos e conquistas, onde vimos como nunca o Brasil crescer como nação e como pátria, vimos o crescimento nas áreas de agricultura, com abertura de créditos rurais para os agricultores, crescimento na indústria com incentivos fiscais e financiamentos através de linha de crédito. O comércio crescia assustadoramente e nas casas residenciais não faltava comida. Nas escolas públicas as vagas eram todas preenchidas e os professores eram bem remunerados, nunca vi ou ouvi um se queixar. Os universitários tinham o crédito educativo tanto para manutenção como para as mensalidades e matrículas, eu fui um beneficiado desse crédito, e depois de formado paguei minha pois emprego não faltava, enfim, nada tenho a reclamar da minha vida na era militar, e posso afirmar que foi a minha "Belle Epoque".

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  5. E verdade aí os dias atuais está matando mais que ditadura
    Só político vagabundo na grande maioria

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