Não sou a favor da execução sumária
de ninguém, mas em um vídeo chocante de uma palestra realizada no dia
10/22/2014, em Foz do Iguaçu, falando "sobre direitos
humanos" patrocinada pela AGU e MPF uma procuradora da República
declarou aos presentes ao auditório lotado de policiais que eles só
poderiam atirar contra os bandidos se eles atirassem primeiro.
Depois de analisar atenta e
criticamente o vídeo, ainda confirmei a chocante veracidade com o policial
rodoviário amazonense aposentado formado em direito, Luiz Celso Santos
de Oliveira, hoje morando em Brasília, se sabia me informar o nome
da Procuradora da República, que deu tanta moral aos "manos" e
pouca importância a quem os enfrenta! "Isto foi em Foz do Iguaçu,
há uns três anos, mas não sei informar o nome dela" respondeu-me!
No lado na mesa dos trabalhos deu
para ver no preocupante vídeo postado em minha rede social de zap que estava o
chefe da delegacia de Foz, cujo nome também não soube me dizer, mas
disse. "Na época, o vídeo causou polêmica o uso de cama de faquir
para os muambeiros, etc que desobedecem a ordem de parada na base
operacional" acrescentou-me o filho do ex-delegado da Policia
Civil e ex-jogador profissional de futebol em vários times em Manaus, Itagiba
Ramos de Oliveira. O policial de qualquer força tem o dever funcional
de atirar como advertência, em caso de fuga do suspeito abordado! Mas, pela
lógica da procuradora, também poderá ter problemas com o MPF!
Em que circunstância a procuradora falara, respondeu-me por zap, que "ela (estava) argumentado sobre o direito de fuga e ao tentar colocar um obstáculo aos policiais se eles poderiam responder objetivamente com tiros de advertência" explicou-me o policial rodoviário amazonense aposentado.
No frio Estado do Paraná, aos 22 anos
e iniciando a de jornalista, em 1982, recebi o primeiro nacional para o Estado,
com a crítica e irreverente na irônica crônica, ESSES LADRÕES...para
fugir dos rigores da ditadura militar, cujo texto ambientei na principal
avenida de Manaus, na época, recebi 5 milhões de cruzeiros, mas passei 25 anos
sem poder usá-lo. Agora, passado o tempo que fiquei sem usar ou comentar que o
texto era de minha autoria, ela foi publicada desde 2015 também no blog no
endereço(http://carloscostajornalismo.blogspot.com.br/2015/01/esses-ladroes-escrito-em-1982.html)
Imaginei a cena de um policial de
quaisquer das forças de repressão do Estado de Bem-Estar Social, todo
ensanguentado no chão perguntando à primeira alma que encontra:
-Você sabe quem atirou em mim e me
matou?
Não quero ser processado pelo MPF,
nem morto!
O policial tem o dever precípuo de defender a população contra a violência de qualquer natureza. É evidente que a própria pessoa dele faz parte dessa população, embora seja o primeiro a correr risco, no caso de enfrentamento com criminosos. Fica realmente complicado estabelecer uma norma única e justa sobre o momento de fazer uso de armas de fogo, contra transgressores da lei. Nunca se consegue estabelecer, sem restarem dúvidas, quem foi o primeiro a apertar o gatilho. Creio que essa polêmica ainda irá dar azo a muita discussão. Sei dizer que a cada pessoa que cai morta por um tiro, seja policial, seja cidadão comum, seja bandido, eu sinto um misto de compaixão e algumas vezes de alívio. Escolher entre o bandido e o policial, a opção parece lógica. Mas me ponho no local da vítima do tiro. Que vida ele teve? Que chances ele teve? Sua família como é e como fica com sua morte? São diversos ângulos a serem enfocados por quem analisa e comenta. Pior ainda é para quem investiga e julga os casos em que houve, pelo menos supostamente, cometimento de ilícito penal. Justiça perfeita! Não nos iludamos, pois, ela jamais será feita. Só mesmo a divina é assim.
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