Santa
Maria, município no Rio Grande do Sul, palco de uma das maiores tragédias
anunciadas da nossa história, rogai pelas almas de todos os mais de duzentos
mortos em um incêndio na boate KISS – na maioria jovens estudantes, cheios de
sonhos e projetos. Estes seguirão para
seus túmulos com as suas consciências limpas, tranquilas, serenas porque
cumpriram seu dever nesse plano de Deus, mas seus caixões também estarão cobertos de
ganância, ignorância, estupidez, falta de bom senso e irresponsabilidade das
autoridades públicas de segurança em todas suas esferas, que permitiram uma
casa de show funcionasse com alvará vencido, extintores que não funcionaram
quando exigidos para ocasião e a ganância financeira de seus quatro sócios,
dois deles já detidos e com os bens confiscados pela Justiça, para garantir
futuros pedidos de indenizações cíveis!
Muitas
desculpas esfarrapadas serão buscadas e dadas para esse absurdo, muitas
autoridades se justificarão tentando justificar o injustificável, mas uma
pergunta ficará sem resposta: por que, no Brasil, tudo é feito depois das
grandes tragédias? Por que, nada é providenciado antes? Por que todos os tipos
de fiscalizações, inclusive as das Lei Seca só ocorrem enquanto a mídia fala e
depois para tudo, começando novo ciclo de desculpas? Esse é o Brasil da
corrupção, dos desmandos e das tragédias! E assim, caminhamos...!
Casas
de shows existem e funcionam em todo o Brasil, com Alvará Municipal muitas vezes,
sem qualquer condição. A falta de porta de emergência de saída sinalizada é
entre toda a pior delas. Essas casas de “espetáculos de horrores” funcionam,
existem, recebem alvarás municipais, mas muitos desses Alvarás são concedidos
por debaixo de sujeira financeira, muitas vezes, usando o conhecido e difundido
“jeitinho brasileiro” de “molhar a mão” de autoridades publicas que, junto com
os proprietários e os artistas que se apresentavam, também devem responder,
mesmo que indiretamente, por essa tragédia. É inconcebível o que ocorrreu!
Em
sendo verdade que os seguranças da casa de dança trancaram as portas da saída
para que os freqüentadores não deixassem o local, sem antes pagar a consumação,
fica caracterizado um crime. Se também for confirmado que um membro da banda
usou um sinalizador dentro de uma casa de espetáculo, o que teria sido a origem
do incêndio, a situação também é muito grave, como a confirmação já feita de
que o local funcionava sem alvará licenciado pela Prefeitura de Santa Maria, fica
configurada a total omissão do poder público em sua tarefa de fiscalizar e
informatizar todo esse processo, sendo possível, em plena era da informática,
saber quem está com a licença de funcionamento ou não. Mas parece que as
autoridades públicas só passam a se preocupar com isso, depois que as tragédias
anunciadas ocorrem! Uma pena que seja assim!
O
coronel Moisés Fuchs, comandante do Corpo de Bombeiros na cidade, felizmente deu uma resposta de
logística rápida para atender às vítimas e parentes de forma eficiente e eficaz
e produzindo resultados concretos. O comandante garantiu que a partir do
momento do acionamento dos bombeiros, estes chegaram rapidamente ao local.
Infelizmente, já havia constatado óbito por intoxicação, o que foi terrível
para ele e para todos os brasileiros que assistem atônicos pelas redes de TV,
as notícias da tragédia. Apesar disso, controlaram o sinistro rapidamente e
conseguiram salvar muitas pessoas, graças a Deus! O comandante está de parabéns
pela sua atitude e nada mais se poderia esperar de uma pessoa que é treinada
para salvar vidas.
Certamente
a maior parte das vítimas do incêndio morreu tentando se salvar e, isso, foi um
crime grave! Agora, restam algumas questões intrigantes: quem autorizou a
realização da festa? Houve vistoria no local para saber se a área era segura? O
Alvará estava ou não vencido? Funcionavam ou não os extintores?
Muitas
outras perguntas ainda serão feitas e outras muitas respostas ainda serão
dadas, mas o certo mesmo é que em cada caixão que baixar à cova, um pouco de
ganância financeira será sepultada junto. Que sirva de lição a todos os
prefeitos e outras autoridades públicas da área de segurança de cidades
grandes, pequenas ou médias: não deixem que se repita outra tragédia desse
porte porque não haverá Santa Maria suficiente para ouvir nossas orações!
na minha opiniao isso foi uma fatalidade,pq nao e de hj que existe em todo mundo boates , shows,showa pirotecnicos e etc... claro que e dor que esse povo tasentindo alias que todos nos estamos sentindo,eles de la muito mais e obviopq cada abitante dessa cidade tem um amigo um parente que morreu ,meu namorado e de porto alegre entao ele me dar informaçoes de la,ele e da policia de porto alegre ele falou que e desolador e ninguem pode imaginar a dor que aquele povo esta sentindo ele disse que so de olhar a cidade morta parece uma cidade abandonada pra onde olha tem gente chorando ele mesmo tem primo que morreu no incendio filho do amigo dele,ele disse que desolador falou a mim que nao sabe nem onde doi parece doer o corpo todo so de se por no lugar dos amigos que perderam seus filhos,ele trab deste o dia do incendio incansavelmente,esse e o relato dele,fico aqui com o coraçao na mao tentando imaginar o tamanho da dordesse povo. OBG POETAPOR VC TER FEITO ESSA CRONICA SOBRE ESSE TRISTE E LAMENTAVEL EPISODIO E QUE DEUS CONFORTE O CORAÇÃO DESSAS FAMILIAS!....
ResponderExcluirEssa cronica mostra a realidade do nosso pais.
ResponderExcluirM.Hirschi
CH
Não dá para dizer que foi uma fatalidade. Os bombeiros erraram ao autorizar o funcionamento do estabelecimento... o músico errou ao acender o sinalizador, o proprietário errou... O problema é que aqui no Brasil tudo funciona na base do "jeitinho", inclusive a justiça!
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