Ao assistir o filme
"ADIOS, SABATA", no canal 166 da NET),
1971,da participação ficcional de
Sabata na Revolução mexicana à deposição do poder imperador Maximiliano,
lembrei que nessa época, com 11 anos e pesando menos de 30 quilos, já frequentava os
cineteatros s inesquecível Adriano Bernardino, que nunca mereceu uma homenagem
qualquer, embora tenha sido um dos ícones dos cinemas em Manaus. Era um
cinéfilo desde a adolescência, mas economizando dinheiro de tudo o que era
lícito vender – picolé, jornal, cascalho em tambor ou muitas vezes vendendo
velas e fósforos no “Dia de Finados”,
aos frequentares do Cemitério Santa
Helena, no bairro do Morro da Liberdade em Manaus, na Calçada da extinta Indústria
Amapoly, na qual Josefa Costa também trabalhou e se aposentou,
Frequentava os
cinema Guarany, Polytheama, seguia à pé pela Av. 7 de setembro, entrava em nova
fila e assistia ao filme no "Vitória". Depois pegava um ônibus para
ir ao bairro da Cachoeirinha e entrava no cine
"Ypiranga". Depois pegada outro ônibus para um assistir o
que estivesse passando no cinema de Adriano Bernardino, no bairro de Educandos
só para frequentar e assistir ao "filme
do dia", anunciado pelos jornais e destacando se seria colorido ou em preto
e branco. Os melhores eram os coloridos, mas não importava a cor do filme,
embora os coloridos fossem na época, os de melhor qualidade. De tanto ver o
filme Tarzan e As Amazonas, terminei
decorando. Todo parece que também tinham decorado a mesma cena. Gritavam “Tarzan”
Ele parava, olhava para as índias Amazonas, para ver se ainda a estavam
perseguindo e era motivo de gargalhada geral.
Com o surgimento dos
vídeos-cassetes a imprensa divulgando que poderia acabar com os cinemas em
Manaus. Fiquei temeroso porque era a única diversão que se tinha. Os filmes eram anunciados em jornais, os cartazes eram pintados à mão pelo
artista Peninha a vida se desenvolvia naturalmente.
Se estudava de segunda a sexta feira, quando se escolhia um dos colegas de sala
para catar garrafas pretas, só para vende-las no Café do Pina, em frente ao
Cinema, na Avenida Getúlio Vargas, no Centro de Manaus.
' "Adios, Sabata" interpretado Uyl Bruner, ator que interpretou a
maioria dos filmes "Sabata"
e também o intérprete de "O REI E EU" que contava a
história de uma professora contratada pelo rei do Ceilão para educar os
filhos do monarca, mas o comportamento dos súditos e a forma com que o rei
Mongkut impõe sua autoridade criam um choque cultural que torna a convivência
impossível. Ela muda tudo e se apaixona pelo rei! Nos tempos de hoje, só se
fala em DVD, pendrive e outras tecnologias que se sobrepuseram e venceram,
confirmando que a teoria evolucionista do inglês Charles Darwin estava correta. Só os mais fortes resistiram à
modernidade com o surgimento dos shoppings e os cinemas mais modernos!
Se estivesse passando
o mesmo filme, o que era quase sempre comum porque uma película passava no
mínimo por 30 dias -"MIL
MÁSCARA" 'MINI MASSISTE", TARZAN (assisti vários), "SABATA
NÃO PERDOA, MATA", "SABATA VOLTA PARA MATAR" vendia
garrafas para comprar o ingresso e
entrar no Cinema-Teatro Guarany. Na esquina das Avenidas Getúlio Vargas com a
Sete de Setembro, existia o Polytheama e depois seguia a pé para os outros
cineteatros da época. Alguém descobriu uma entrada no terreno aos fundos do
cinema e algumas vezes a garotada decidia entrar por ela. Era portão de
madeira. Se esperava o filme começar e se entrava por
baixo da tela de projeção, burlando a rigidez do "xerife" que ficava à porta do cinema com uma estrela no
peito, um chapéu de cowboy e faleceu internado na "Fundação Dr. Thomas",
para onde eram encaminhados a maioria dos idosos no passado.
Em vida, ainda o
visitei na “Fundação Dr. Thomas” e visitei o
escritor Áureo Nonato, que teve o livro "OS BUCHEIROS MEMORIAL DE INFÂNCIA", premiado pela Academia Brasileira de Letras.
escritor Áureo Nonato, que teve o livro "OS BUCHEIROS MEMORIAL DE INFÂNCIA", premiado pela Academia Brasileira de Letras.
Gosteida sua crônica, Carlos Costa
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