quarta-feira, 15 de fevereiro de 2017

SÓ PARA CONTRARIAR!


Só para contrariar essa máxima de Eráclito de Éfeso, o Governo Federal mudou de comando, mas continua quase tudo igual como fora antes: enfrenta resistência, ações judiciais, tentativa de blindagem do Ministro, mais de 30 delações premiadas citando  nome de políticos, indicação do ministro  da Justiça Alexandre de Moraes para assumir o STF no lugar  do falecido Teori Zavascki, relator da “Lava Jato”.

O filósofo pré-socrático, Erálito de Éfeso pronunciou essa frase emblemática e verdadeira até os dias de hoje: “Ninguém pode entrar duas vezes no mesmo rio, pois quando nele se entra novamente, não se encontra as mesmas águas, e o próprio ser já se modificou. Assim, tudo é regido pela dialética, a tensão e o revezamento dos opostos. Portanto, o real é sempre fruto da mudança, ou seja, do combate entre os contrários”. ´(Pai da dialética  Hērákleitos ho Ephésios  (O Obscuro) (535 a. C e 475 a. C.) Trazendo essa frase para o Brasil de hoje, “ninguém será ministro duas vezes” do Governo Temer, depois de ser denunciado na “Operação Lava Jato”, a menos que no final do processo venha a ser absolvido das denúncias.

Além dos Ministros que já pediram exoneração de seus cargos, diversos outros também estão envolvidos e deverão ser denunciados na “Operação Lava Jato”, que apura o maior esquema de corrupção que já existiu no Brasil. Moreira Franco, foi blindado pelo STF com a nomeação de Temer, exatamente igual como a ex-presidente Dilma Rousseff tentara fazer com seu padrinho político Luiz Inácio Lula da Silva, nomeando-o para comandar a Casa Civil. Onde se esconderam os movimentos “Vêm para a Rua”? “Impeachment, já”?  Se forem denunciados, será que o presidente constitucionalista por formação, Michel Temer, os afastará de seus cargos?

Para piorar ainda mais as coisas, a Comissão de Ética da Casa presidida por Edison Lobão, que marcou para o 21 de fevereiro a data da sabatina do Ministro da Justiça para o cargo vago, é formada por vários membros que poderão a vir ser investigado pelo Ministro sabatinado Alexandre de Moraes, que também assumirá a relatoria dos processos. Estranhamente, nenhum deles se julgou suspeito até agora! Mas será que terão moral e isenção  para fazê-lo? Eis a questão central!


Se o presidente do Brasil, Michel Temer cumprir sua promessa de exonerar todo e qualquer ministro condenado no STF e todos os recursos transitados em julgado, será que sobrará algum Ministro no comando do país? 

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