domingo, 7 de janeiro de 2018

GOSTOSAS LEMBRANÇAS (Carlos Costa Filho em 07/01/82)


Como se fosse hoje, lembro-me que estava nervoso naquela noite e relembro todas as emoções que senti no dia do nascimento do nosso filho Carlos Costa Filho. O médico parou a filmagem no relógio da parede da sala branca e fria da maternidade as 21:10 na maternidade da UNIMED MANAUS, na avenida Constantino Nery. Ele veio ao mundo quando o ginecologista que que filmava tudo parou  exatamente naquele horário mostrando o relógio da parede da sala branca e fria da maternidade, repara atender aos seus colegas. De tanto ver e rever essa filmagem  em fita VHS, decorei o horário. Ele, filmou inclusive os seus colegas cortando o ventre da mãe para dar-lhe vida, tirando meu filho, de dentro dela. Depois, a Sidelma Marcondes filmando pelo vidro da enfermaria, a pesagem com 3 quilos e 800 gramas, as primeiras palmadas, seu primeiro choro para expandir o pulmão como dizem que serve... enfim, lembro-me de tudo se tivesse ocorrido ontem. Depois, voltei à sala cirúrgica, recebi um bilhete e respondi escrevendo um outro bilhete à Yara que ele era lindo e que estava bem.

Nosso filho, hoje com 20 anos, cursa o 4º de Economia na UFAM. OS CRIAMOS PARA O MUNDO, como narra do árabe Khalin Gibran Khalil, o poema “Teus filhos...”incluído sua mais famoso livro de poema  “O PROFETA” (1934), que virou filme de animação. Li a obra ainda adolescente na biblioteca do SESC. Ele respondera a uma mãe que lhe perguntara qual seria o futuro de seu filho, Nosso amor, foi apenas o braço do arqueiro que o projetou  rumo ao sol, como ensina o poeta. Até agora, cumprimos nossa missão! Ele está trilhando seu próprio caminho! Abrigamos seu corpo, “mas não sua alma, pois que sua alma reside na casa do amanhã”, mas o visitamos sempre porque ainda reside conosco. Lembro-me do dia 7 de janeiro de 1988, como se fosse hoje.

A sua irmã por parte de mãe de 15 anos, Isabela Queiroz, telefonando para meu celular querendo saber notícias de sua mãe, Sidelma, filmando tudo após o médico Gerson Mourão, ter parado no relógio para ajudar outros membros da sua equipe.  Antes dos seguidos sustos de menstruação vindo, em uma das consultas do pré-natal, sugeri ao médico que filmasse tudo. Ele aceitou! Como retribuição, entreguei-lhe um poema escrito para a ocasião, uma oração do “Pai Nosso” adaptada para o tamanho da emoção que sentia. Dizia mais ou menos assim: “Filho nosso que acabastes de nascer, bem-vindo ao teu reino....” Não sei se o médico ainda guarda o poema, mas considerei um escrito muito apropriado para o momento vivido do nascimento dele, o único que tivemos eu e a mãe dele! Agora, fiz cirurgia de vasectomia porque não queria ter mais filhos.

Ele nasceu de parto cesariana. Estava “roxinho”, enrolado no pescoço pelo cordão umbilical, de tão danado que era. Cantava na barriga da mãe a música regravadas no Brasil - "era um garroto que como eu, amava os Bithles e os Rolling Stones. .." Sempre que estava muito agitado, chutando o ventre da mãe. Era uma espécie de calmante para ele!  Ele passou a cantar a com três anos essa música. Pedia o aparelho Karaoke de sua baba Marcelo Ferreira, só para cantá-la. Não sei se ouvia, mas acho que sim.

Hoje relembrando do nascimento do nosso filho, vejo-o completando mais um aniversário. Devido à crise que também nos alcançou, não houve festa, só um bolo e parabéns a você ao lado de sua namorada Jéssica Pantoja e um almoço de picanha com os familiares. Do nascimento do nosso filho até hoje já envelheci 20 anos e não percebi o tempo passar em minha mente. A Coca-Cola, foi indispensável!


Só meu corpo ficou mais cansado, os cabelos ficaram mais finos e brancos, avisando-me que fiquei mais velho, que sinais do tempo que passou rápido demais para quem já passou dos 50 anos e começou a descer a escada da vida!

4 comentários:

  1. Parabéns querido amigo.

    ResponderExcluir
  2. Lucia Claudis Ssntos7 de janeiro de 2018 às 14:49

    Parabéns pelo aniversário do seu filho!

    ResponderExcluir
  3. Normal, o tempo e algo que sempre vai esta mudando. Só nós não o notamos!

    ResponderExcluir
  4. Ivania Vieira (kornalista)9 de janeiro de 2018 às 07:55

    Li a crônica encharcada de amor e de certa lamentação, embora eu perceba que tem mais para celebrar. A festa não precisa de tantas coisas e pelo que listou teve muito. A festa precisa de vontade de celebrar, de amar e contemplatar o que e aquilo ou quem nos proporciona esses momentos sublimes. Parabéns pelo filho que chega aos 20 anos....
    Estou bem, continuo trabalhando, na Ufam.

    ResponderExcluir