quinta-feira, 8 de maio de 2014
LEMBRANÇAS E SAUDADES DE MACEIÓ
Para a escritora Edna Lopes e a Dra. Adelaide Reys, pelo carinho.
Deixei a linda cidade de Maceió, mas a capital de Alagoas permaneceu encrustada em mim como se fosse uma tatuagem gravada em minha segunda pele, como diz a música “Esquadros” de Adriana Calcanhoto - “E como uma segunda pele, um calo, uma casca, uma cápsula protetora” - onde se possa guardar os tesouros secretos em forma de sentimento e carinho! Se é exista uma segunda pele como diz a letra da música de Adriana Calcanhoto. Em Maceió, me hospedei com a família no Resort Salinas, na AL-101, longe de tudo e perto de nada e finalmente conheci a amizade virtual das redes sociais e divulgadora de meu trabalho de crônica naquele Estado, a escritora, excelente poetisa e educadora Edna Lopes e depois conheci a Dra. Adelaide Reys, no Centro de Artesanato de Maceió, na Praia de Pajuçara.
A médica sanitarista aposentada Adelaide Reys, ao se despedir de mim, no carro, fez questão de dizer que seu nome completo Adelaide Maria Oliveira Reys, formando a palavra AMOR, com as primeiras petras de seu nome! Pura verdade. Ela é um amor de pessoa: simpática, alegre, jovial em seu corpo esguio de ex-jogadora de Vôlei em seus quase 70 anos de idade. Chovia no momento em que chegou de táxi ao Centro de Artesanato. Descobri logo que era ela. Eu a aguardava pelo lado de fora, e aceitei a chuva como um choro feliz pelo nosso agradável encontro. É..talvez fosse isso mesmo! Deus ou São Pedro resolveram chorar no exato momento de nosso abraço, como quase choro ao conhecer a escritora Edna Lopes no hotel e lhe confessei minha emoção. Edna pediu um novo abraço. Depois, fui até ao encontro de minha família, que descansava da farra do dia na piscina do Hotel. Wesley Dasílio, estava deitado em uma espreguiçadeira, dormindo ou fingindo que dormia, quem sabe! Devido minha baixa imunidade devido aos 6 remédios que tomo diariamente, estava de chapéu nos dois momentos. Uma doença boba para os outros, para mim poderá ser grave e não devo correr risco.
Com a Dra. Adelayde Reis, também conhecida como Dadá, mantive conversa agradável em uma casa decorada com motivos de Campina Grande, a “Bodega do Sertão”, bonita, alegre e com simpáticas atendentes. Da entrada à saída. Na entrada, dois burros que minha enteada passou a tratá-los como pai e filho, nos receberam. Como acho que eram de papel marche, nem relincharam, mas nem liguei. Só que Wesley subiu no maior para tirar uma foto e quebrou a perna do filho, menor.
A “Bodega do Sertão” está localizada na área nobre de Maceió, no bairro Jatiúca. O encontro foi entrecortado por músicas em capela que Bella Queiroz decidiu interpretar, aproveitando a acústica do bule em que nos encontrávamos. Interpretou as músicas “Amazonas” e “O Amor está no ar”,do compositor e poeta amazonense da terra dos bois Caprichoso e Garantido, Chico da Silva, para admiração e aplausos da médica e das simpáticas funcionárias do lugar. Também se apresentou e foi aplaudida no hotel Salinas Beach Resort Maceió, em dois momentos diferentes. Foi uma festa!
A escritora foi me encontrar no Hotel Resort Salinas, na Rodovia AL 101, com excelente estrutura, mas sem condições de me fornecer um adaptador de três pontas para carregar meu computador pessoal. Tive que ir à portaria para carregar a bateria. Fora isso, possui uma excelente praia privativa e bom atendimento. Meu encontro com a escritora Edna Lopes foi rápido, eterno para mim – porque ela viajaria na madrugada para a Terra de Castro Alves, onde meu poeta querido Jorge Tufic, reside há muitos anos desde que deixou o Amazonas ao fim de sua frustrada aventura pelo mundo da política, como candidato ao Senado, na década de 80. O Senado talvez possa ter perdido um político-poeta mediano, mas o Amazonas ganhou um lindo hino pela criatividade e pensamento do excepcional poeta, em concurso nacional. Mas isso pode ser deixado para depois!
Passeamos pela praia do Gunga, na qual Bella Queiroz também cantou, encantou, passeou de quadriciclo com seu noivo. Minha esposa Yara e meu filho Carlos Costa Filho, seguiram em outro quadriciclo. Depois de muitos registros fotográficos, passamos pela praia de Pajuçara, na qual minha esposa havia tirado uma foto aos seus 26 anos e seguimos para ao Centro de Artesanato de Maceió, local em que me encontraria com a Dra. Adelaide Reys, que nos convidou para conhecermos e tomarmos café com tapiaca feita na hora, toda decorada com motivos temáticos de Campina Grande, da terra onde a médica nasceu e, por questões políticas, fora morar com a família em Maceió.
Ao chegar no centro de artesanato de Pajuçara, Wesley se dirigiu e entrou no banheiro feminino com sua noiva, para espanto de uma senhora. “Liga não. Ele bebeu todas e não sabe o que faz”. Depois o mineiro pediu que o acompanhasse ao banheiro masculino. A mistura de uísque com cerveja fez com que ele tropeçasse em suas próprias pernas e só ouvi o barulho de um corpo sendo arremessando ao chão. Depois, refeito do susto pelo seu tropeço, olhou para mim meio desconfiado, lavou o braço na pia e diferendo: “Todo homem tem seu segredo, né? Esse será o nosso”. Não sabia ao quê ele estava se referindo, se à queda ou se por ter entrado no banheiro feminino junto com a noiva. De volta para o Hotel, Wesley desconfiou que não tinha ninguém dirigindo o carro pela AL 101, passamos na frente da casa de praia onde foi assassinado de forma estranha o empresário PC Farias, onde foi assassinado de forma estranha, que o “Menestral de Alagoas” deixou um herdeiro político Teotônio Vilela Filho e que, hoje, governa de Alagoas. Eu o único sóbrio, pedindo que não perturbasse ou tirasse a atenção do Luciano, que nos conduzia rápido, mas de forma prudente e segura. Também passamos em frente ao Condomínio em que mora um ex-político e usineiro em Alagoas...
Enfim, voltamos seguros apesar de o Weslay ter pedido com voz quase inaudível ao motorista: “Capota teu carro, Luciano. Ele não é meu mesmo e minha noiva não está ligando para o que digo, pode capotar o carro e corre bastante porque ele não é meu mesmo.” O Luciano nem ligou, só se divertia com nossas leseiras de bêbados. Dentro do Hotel Salinas a psicóloga e cantora voltou a se apresentar de novo mais uma vez e foi aplaudida por todos.
No dia seguinte no, café, perguntei se ele havia acordado com seu braço dolorido. Respondeu que não e se espantou: “Não! Só um pouco dolorido aqui”, passando a mão na cabeça, que quase bateu na bancada do lavabo ao cair no banheiro. Wesley não se lembrava de nada, nem que se abraçou várias vezes com a Dra. Dadá, nem que pegou a bolsa da noiva enquanto ela cantava, mas não esqueceu de seus óculos escuros com o qual entrou na água e saiu dele sem nada no rosto. Deixou para Iemanjá ou as Sereias, que dizem que cantam e encantam pescadores.
- Não se preocupe Wesley, a qualquer hora Iemanjá ou a Sereia boiam com teus óculos na mão para lhe devolver! - brinquei e acrescentei: Iemanjá gosta de espelho e a sereia gosta de cantar e encantar pescadores que se aventuram no mar, onde elas repousam!
- Não é que não pensei nisso! - respondeu-me espantado o noivo mineiro de minha enteada.
Na saída do Hotel, o carro da CVC atrasou 15 minutos e ninguém entendia que estávamos viajando em lista de Espera pela Azul e decidimos pegar um táxi até outro município, com destino ao Aeroporto Internacional Zumbi dos Palmares, no município de Rio Largo, na Região Metropolitana de Alagoas a uns 70 quilômetros de distância do hotel em que ficamos hospedados, longe de tudo e perto de nada.
Mas chegamos de volta ao Amazonas, cansados, mas felizes com o passeio, mas 1:30 da madrugada porque tivemos que fazer demorada conexão no Aeroporto Viracopos, em Capinas.
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Linda cronica,mesmo assim sentir saudade daquilo,que foi agora e mais tarde sentir na pele
ResponderExcluirEsferografia Belíssima Crônica meu anjo, a saudade nos faz criar coisas lindíssimas!
ResponderExcluirQuerido amigo, dei muitas risadas com o seu relato bem humorado da visita de vocês a minha Alagoas.Lamento ter tido tão pouco tempo para conversarmos, lamento não ter ouvido a cantoria da bela Bella Queiroz, de não ter ido ao Bodega do Sertão, tão perto de minha casa,com vocês e com Adelayde... Uma alegria imensa me encontrar com uma pessoa que o tempo e o convívio nos tornou leitores do que escrevemos e que partilham saberes, amigos que a vida tratou de unir.Parabéns!Você tem uma linda família!Um grande abraço pra você e para os seus, que eu tanto gostei de conhecer!Com saudades, Edna Lopes
ResponderExcluirUau!!! Isso é que é memória. Depois de ler, fiquei tentando lembrar-me do que comi no almoço ontem. Confesso que demorei um pouquinho até lembrar-me que foi, imagine só, prato único: macarronada. E feita por mim.
ResponderExcluirComo você pode ver, memória é uma coisa instável... rsrsrs...
Boa tarde!
Suas férias foram de sonho,pela maneira como as descreve.Momentos bons que para sempre ficarão na sua memória e em seu coração.Fico feliz por você.Que a vida o presenteie com muitos mais momentos gratificantes,como esse.Seja feliz,sempre!Abraços de além-Mar.
ResponderExcluirObrigado, Carlos, e parabéns pelo texto.
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