terça-feira, 16 de dezembro de 2014
NO MARANHÃO, JUIZ TEM CERTEZA QUE É DEUS!
A crise de “juizite” e “prepotencite” e “idioticite”, pensei que tivesse se encerrado no motorista João Carlos de Souza Corrêa que deu voz de prisão à agente de trânsito Luciana Tamburini, por tê-lo parado em 2011 em uma blitz de trânsito da Lei Seca e tê-la apresentado a carteira do Tribunal. Ele não gostou de ter sido parado sem habilitação e mandou prender a agente! A mesma crise, agora em forma de uma doença contagiosa, atingiu também, o Dr. Marcelo Beldochi, no Maranhão, que deu voz de prisão ao agente de bagagem Alessandro Rodrigues e ao despachante de voo Argemiro Augusto. Será que essa doença de “juizite”. “prepotente” e “idioticite” se espalha pelo ar e é endêmica? Talvez seja!
O arrogante juiz fez isso no Aeroporto de Imperatriz. Ele, queria embarcar para Ribeirão Preto, em SP, mas o check-in havia acabado quatro minutos antes de sua chegada. Acometido da doença perigosa e contagiosa, misturado com as doenças conhecidas popularmente pelos nomes genéricos de “prepotencite” e “idioticite” deu voz de prisão aos dois funcionários, chamou a polícia e embarcou para São Paulo. Disse que estavam sendo presos em flagrante para aprender a respeitar o Código do Consumidor, que também prevê que os voos decolem sempre no horário previsto, sob pena de multa às companhias aéreas, pelo mesmo Código do Consumidor, que desconfio que o magistrado não o conheça. Quem estava desrespeitando o quê, Dr. Marcelo? Vossa excelência que chegou atrasado ao embarque ou os dois pobres e humildes funcionários que foram humilhados pela sua arrogância, prepotência e idiotice de querer se mostrar como autoridade!
A Constituição prevê que qualquer cidadão possa dar prisão a qualquer pessoa que esteja cometendo um crime e chamar a polícia. Mas qual o crime que teria cometido o agente de bagagem Alessandro Rodrigues, para merecer de sua parte, as asneiras que foram ditas: “calhorda, vagabundo pilantra”? Nesse caso, quem deveria ter recebido voz de prisão era vossa autoridade e não os dois funcionários que só estavam cumprindo com suas obrigações!
O Dr. Marcelo Beldoch, o juiz acometido de “juizite”, foi fiscalizado pelo Ministério do Trabalho em uma de suas fazendas, antes, na qual foram encontradas 25 pessoas trabalhando de forma degradante, inclusive alguns menores. Esse é o exemplo que uma “autoridade” deve dar? Pagou 38 mil reais em direitos trabalhistas, foi incluída na lista nacional de fazendeiros acusados de usar trabalho escravo, divulgada pelo Ministério do Trabalho, assinou um termo de ajustamento de conduta e disse “creio que se eu não fosse juiz, não teria essa especulação toda”. Como juiz, será que deu um bom exemplo à sociedade? A doença chamada conhecida genericamente por “juizite+prepontencite+idioticite” é altamente contagiosa e precisa ser exterminada da sociedade e, principalmente, das autoridades brasileiras,
Naquele época, o Conselho Nacional de Justiça determinou que o Tribunal de Justiça do Maranhão abrisse processo administrativo contra o juiz, mas uma liminar do Supremo Tribunal Federal suspendeu a decisão e nada aconteceu, além do arquivamento de outros seis processos que existiam conta o magistrado, por outros motivos e razões. Agora, a Ordem dos Advogados do Brasil entrou com representação contra o juiz por causa de denúncias de humilhação, maus tratos e tentativas de dificultar o trabalho dos advogados em Imperatriz! Será que de novo ele recorrerá e o STF mandará trancar tudo de novo? Espero que não, embora ele tenha direito de fazer isso! Errar uma vez é humano, duas vezes no mesmo caso, é burrice!
Será que dessa vez a coisa vai dar em punição ou o Dr. Marcelo continuará recorrendo ao STF para suspender de novo a ação para continuar tendo crises de “juizites, prepotencites e idioticite para continuar praticando arbitrariedades? Tendo a proteção dos ministros do STF suspendendo tudo e apoiando a impunidade, é provável que continue impune de novo. Será que se fosse contra qualquer outra pessoa comum da sociedade, o STF também decidiria assim, com tanta parcialidade?! Seria ótimo que o juiz com a doença de “juizite” e “prepotencite” e “idioticite”, tivesse sido aluno do desembargador do Tribunal de Justiça do Maranhão, Antônio Bayama Araújo, que promete mais investigações contra o magistrado e garante: “nós juízes, temos que andar na linha, temos que andar dentro dos preceitos legais e temos que dar exemplo e não mau exemplo”.
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Que o verdadeiro DEUS nos livre desses DEUSES falsos e prepotentes.
ResponderExcluirMamma Mia! Que crônica supimpa e necessária! Bravo,Carlos! Basta dessa "CASTA DE DEUSES DE ARAQUE"! Um grande abraço.
ResponderExcluirPois é. O cara tá mais sujo do que pau de galinheiro, e ainda se acha no direito de humilhar os outros. Pelo menos agora todo mundo sabe quem ele realmente é, o que sempre acontece, mais cedo ou mais tarde, com os arrogantes, os prepotentes e os falsos moralistas. Sensacional seu texto, Carlos!
ResponderExcluirTenha um ótimo dia.
Chama-se a isso abuso de poder e é um vírus que tem alastrado e já atingiu o mundo inteiro.Belo texto!Abraços desde Portugal.
ResponderExcluirOlá Carlos,
ResponderExcluirSobre a questão da " Juizite " , que está atingindo muitos magistrados (felizmente não são todos) , ela já começa a atingir esta categoria quando ainda são estudantes de direito, basta ver as inúmeras situações que enfrentamos diariamente com alunos de de faculdades de direito que, desde já, começam a se achar os "poderosos" e os "donos da verdade" só porque estão matriculados num curso desta área. Infelizmente, este tipo de "alunos" já saem de suas faculdades com uma mentalidade destorcida sobre o seu "poder" e mais adiante vão se metendo em situações que mostram claramente que não foram tão bem preparados para exercerem suas funções.
Acho que as faculdades de direito deveriam preparar melhor seus alunos para exercerem suas atividade e a OAB deveria fiscalizar com mais rigor os seus filiados, para que eles pudessem representar bem a sua categora profissional.
Feliemnete temos tambem muitos magistrados e advogados que cumprem bem o seu papel e o seu dever para com a sociedade e nestes podemos depositar nossas esperanças de um dia ver instalada em nosso país uma justiça mais ágil, mais eficiente e acima de tudo MAIS JUSTA para todos nós.