Querendo viver a vida com tanta
pressa, usei até sapatos estilo Luiz XV, para entrar no cinema Guarany.
Com isso conclui que só se dá valor ao que não se tem mais, já virou
passado e o passado não voltará nunca. Só as lembranças boas voltam! De quando
descia à Avenida Getúlio Vargas, rumo ao cinema.
Contudo parava comprar pacotes de
figurinhas nas bancas da Copa de 70, além de revistas do Tex
Rangers, Tarzan, Brigite Mondefort, criada
por Lou Carangan e publicada pela Editora
Monterrey. Chamava Jonny I, II, III ou mais, qualquer
um que ela comandasse em suas missões secretas. Todo menino de 10 anos tinha
que colecionar alguma coisa, nem que fosse só na sua imaginação infantil e eu
não era diferente. Usava parte do dinheiro que recebia vendendo jornais e comprava
o que queria. Depois entrava na fila, comprava ingresso para entrava. Querendo
assistir a um filme para o qual ainda não tinha idade, tentei enganar o Xerife, não
deu certo: levantou minha calça pantolona e olhou para meu sapato
plataforma. No bairro de Educandos inauguraram a "Drogaria
Copa 70" com os nomes de todos os jogadores que participaram da
conquista do TRI CAMPEONATO MUNDIAL DE FUTEBOL, em Guadalajara, no
México. Ah, saudades que me matam. Enquanto isso com minhas lembranças de uma
Manaus de menos de 800 mil habitantes, vou enterrando meus mortos no terreno
vazio do coração. Desde 2006, deixei de frequentar velórios e enterros em
cemitérios.
Estou enterrando no coração meus
mortos e na saudade e seus trabalhos deixados que ficam doendo e gritando
dentro de mim, teimando em me atormentar com seus fantasmas de terem
partido sem despedirem de mim. Já partiram os jornalistas, Sebastião Reis,
Orlando Farias, depois seu sócio Mário César Dantas, o pintor Moacir Andrade e
o poeta Jorge Tufic e tantos outros que nominá-los fica difícil
Mas esqueci de viver. Enquanto todos
dançavam em casas de festas, já trabalhava vendendo picolé, jornal e tudo o que
fosse honesto! Mas a saudade só se sente quando se perde alguém! A vida é uma
constante perda! Enquanto isso, esqueci de viver! Segundo o “bolsonarista”
Célio Viana”, vivo das lembranças do passado, alheio à realidade da
vida de “bandido bom é bandido morto”, como sempre afirma em seu
grupo de zap, Papo Franco, sem ao menos esperar os debates para pensar melhor!
Como jornalista e assistente social, continuarei convicto que Bandido
Bom é Bandido Recuperado e reinserido na sociedade através de
uma Pena Social de Tratamento para Dependência Química, que todo
juiz possa disponibilizar antes da dosagem da pena, como já existe no Chile.
Se não for por esse caminho com todo
tratamento químico de graça, custeado pelo Governo, de pouco adiantará a
intervenção do Exército na área de segurança do RJ e a criação de um Ministério
Extraordinário da Segurança Pública que o problema não será resolvido.
E como fica os estupradores e homicidas? Pena de morte?
ResponderExcluirÉ uma , que as coisas do passado tão recente , esteja sendo jogado fora. Onde estão o compromisso com a Educação, Mestres, Programas de TV (BIg-brother E DO TIPO), Escolas e Poder Publico????? Como tenho saudades da palmatória( Sem masoquismo), apenas dizer o respeito aos superiores... qUERO VER A GERAÇÃO y2, e y3 COMO VAI PROCURAR SABER o que nunca viram
ResponderExcluirO passado volta sim, minguem consegue esquecer sua história e história é passado...
ResponderExcluirEm um estudo feito com pessoas que estavam na fase terminal e que praticamente estavam esperando a morte; perceberam que todos se preocupavam por duas coisas: seu relacionamento com Deus e com suas familias. Por isso estejamos sempre preparados para nosso encontro com Deus e em paz com nossas famílias.
ResponderExcluirbela cronica, a proposito,
ResponderExcluirCarlos, na copa de 70 a transmissao dos jogos pela TV ja' foi direta?
Bem contundente sua cronica,a começar logo pelo título,o qual é uma grande verdade...
ResponderExcluirUm abraço do Alem-Mar
Muito contundente a cronica.
ResponderExcluirObrigado, já compartilhei!
ResponderExcluirAs vezes isso é uma verdade.
ResponderExcluirAs vezes isso é uma verdade.
ResponderExcluirPorquê também se valoriza o que não se perde.
Eu pelo menos sou assim
Eu sei o que você quis dizer com o título de sua crônica
Me arrependo de algumas coisas... Mas as vezes somos mal interpretados e julgados por uma simples bobagem que fazemos na vida.Quem foi ou é perseguido sabe como isso é ruim. Mas sem auto vitimização. Deus diz para perdoar e amar (não caluniar) aqueles que nos perseguem. Não escrevo isso em relação à bobagem que rola aqui no grupo do Célio contigo. Enfim. Apenas dizendo que nem sempre se valoriza o que se perde.
Recordar também é reviver, principalmente quando as lembranças foram positivas, o articulista esta de parabéns. Um abraço amigo.
ResponderExcluirOi Carlos, Belas considerações.
ResponderExcluirVamos ver no que vai dar esta falada intervenção.....
que colha bons frutos ..