Como Assistente Social, Jornalista e cidadão, sou totalmente contrário aos arroubos das polícias Civil e Militar no combate ao crack, oxi, cocaína, maconha, álcool e aos males sociais da população, sem acompanhamento de políticas públicas sérias e perenes de tratamentos médicos para recuperá-los e devolvê-los à sociedade.
Os menores usuários são doentes e não devem ser simplesmente apreendidos porque depois, por falta de políticas públicas que os amparem, voltarão de novo para as ruas e entrarão novamente no “exército de consumo de drogas”.
Ontem à noite, no leito do hospital onde me encontro internado para debelar mais uma vez as infecções que me acometem desde março de 2006, vi horrorizado que o Governo Federal tem mais facilidade para cobrar impostos, mas pouca responsabilidade em gastar o dinheiro dos impostos que recebe da população.
Diversas obras inúteis e inacabadas, inclusive uma do Tribunal Federal de Recursos, parada há mais de 10 anos e um hospital, que hoje não servirá mais para nada, mesmo que seja concluído, são exemplos latentes da voracidade do Governo para arrecadar, mas nenhuma responsabilidade para gastar. Está certo que o Governo Dilma Rousseff não tem culpa disso, mas o Estado como um todo, o tem.
Como afirmei a no início de minha crônica, não adianta o combate puro e simples dos males sociais se não vierem acompanhadas de políticas públicas para tratá-las.
Em vez de o Governo Federal destinar recursos públicos para construção de teatros construídos de trás para frente, mais útil seria se ele destinasse recursos para a construção de clínicas e hospitais específicos para acompanhar o combate aos males provocados pelo crack, oxi, cocaína, maconha, álcool e outros problemas advindos desse uso constante.
Como já afirmei em minhas crônicas anteriores, estão faltando políticas públicas para enfrentamento dessas drogas e tratamento de suas vítimas. Também não sou favorável à legalização da maconha sob o argumento que a Holanda já o fez, como defendeu o ex-presidente da República, Fernando Henrique Cardoso porque essa também não será solução para à falta de política pública, mas apenas um paliativo e um aumento desnecessário de dispêndio de recursos públicos para investir em tratamentos.
Têm que haver uma política de Estado para combater o tráfico nas fronteiras, a fim de evitar a entrada de drogas no Brasil e políticas públicas para o tratamento das vítimas!
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