quinta-feira, 4 de junho de 2015

NÃO HÁ GLÓRIA NO QUE SE FEZ: MAS VERGONHA NO QUE NÃO SE FEZ!



Não existe glória para quem faz o que deveria ter feito  por obrigação do cargo ou função que ocupe, mas vergonha pelo que deixou de fazê-lo porque o dinheiro público fora desviado pela corrupção, a malversação ou pelo desejo de riqueza e prazer fácil de uns poucos em detrimento do sofrimento da maioria”. (Carlos Costa)


Começo essa crônica com o pensamento acima, porque no último debate entre os candidatos ao segundo turno das eleições presidenciais no Brasil, na BAND, entre Aécio Neves avisou à Dilma Rousseff, que a economia estava seguindo por um caminho sem volta e desbocaria no que estamos vivendo hoje: inflação se elevando, estagnação econômica batendo em todas as portas, os governos dos Estados e os prefeitos reclamando que não estão tendo dinheiro para fazer nada. 

Na verdade, o debate foi um grande festival de meias verdades, luta de box e os dois candidatos saíram feridos, mas não derrotados e Dilma venceu nas urnas e também foi início do inferno astral da presidente eleita, com um país  todo “esparadrapado” e não se entendendo em nada. Ao fim do debate, restou uma certeza: Aecio Neves estava certo, mas os candidatos disseram: “os eleitores, é que terão que decidir”. Diante disso, votei no que achei ter sido o pior, porque ficou difícil demais escolher um pior ou melhor candidato. Dilma Rousseff venceu e o Brasil, antes estruturado, mas cheio de vícios e corrupções, desceu ladeira a baixo, sem freio, mas ainda pode ser corrigido o seu rumo, mesmo o remédio e a dose dele sendo fortes demais.

Filósofos já afirmaram muitas coisas sobre política, em diferentes épocas e por diferentes razões ou motivos. Sócrates, por exemplo, já disse  que “o homem é um animal gregário e, por isso, também político”,  Arnold Toymbee (1990-1975), garantiu que “a maior desgraça de quem não gosta de política é ser governado por quem gosta”, o pensador Millôr Fernandes, mais pragmático,  garantiu que  “acabar com a corrupção é o objetivo supremo de quem ainda não chegou ao poder” e acrescentou depois, ao falar de ideologia no Brasil: “a diferença fundamental entre Direita e Esquerda é que a direita acredita cegamente em tudo que lhe ensinam e a esquerda acredita cegamente em tudo que ensina”. Foi mais ou menos assim o debate entre os dois candidatos: um festival de veneno! Contudo, no Brasil de hoje não existe mais Esquerda ou Direita. Simplesmente aliados no Poder e felizes porque podem praticar a corrupção descarada e partidos fora do poder, que querem alcançá_lo e se corromperem também, porque no país multipartidário chamado Brasil é tudo junto e misturado como previu em 1982 o então governador em exercício do Amazonas, o professor de Direito Paulo Pinto Nery. Aliás, Aécio Neves em sua propaganda política tem insistindo muito na frase chavão da época da ditadura: “esse governo que está aí”, para se referir ao Governo do PT, que deu prosseguimento ao governo de FHC, o estagnador do dragão da inflação, permitindo o início dos programas de Trabalho, Emprego e Renda (Bolsa Família e etc) iniciados por Luiz Inácio Lula da Silva e continuado por Dilma Rousseff. Com o início da inflação, não sei o que acontecerá, mas o governo federal terá que arrecadar cada vez mais impostos. Dos dois, votei no menos pior, mas estou arrependido porque o Brasil ficou fora dos trilhos  como se fosse um trem desgovernado e o povo tem agora que freá-lo no braço, ou no bolso, como previu o candidato Aécio Neves! 

Desde a redemocratização do Brasil, sempre votei para presidência da República no menos pior, porque não aguento mais as acusações de parte a parte pelas redes sociais. Cansei! Assisti a todos debates e em todos vi que, os marqueteiros estavam vendendo candidato que estivesse preocupado com o Brasil. Ambos estavam preocupados com o poder pelo poder, simplesmente, mas a panela já encheu, o caldo já entornou e pretendo depositar meu voto no menos pior porque ambos os partidos, PT e PSDB estão atolados em escândalos: um, no da Petrobras. Outro, do “mensalinho” mineiro, onde tudo começou e se estendeu ao mensalão de Brasília, operado por Marcos Valério.

Política sempre foi um grande teatro, onde os eleitores não passam de ridículos espectadores que, ao final, aplaudem ou vaiam os atores. No caso, as vaias atuais são merecidas!

4 comentários:

  1. Cada dia que passa vemos mais escândalos s/corrupção em algum órgão, está muito difícil p/ o povo brasileiro não sabe c/quem contar, os políticos em sua maioria a postura é vergonhosa. ..

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  2. Luiz Castro/deputado4 de junho de 2015 às 14:42

    Sua cronica esta excelente.
    Votei e pedi votos para Marina Silva porque vejo nela uma postura diferenciada...E tanto Psdb quanto PT estão mergulhados na corrupção...São partidos cujos governos tiveram seus méritos, mas a ganância pelo poder falou mais alto...

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  3. E a Reforma Política sendo votada sem a consulta do povo, como sempre

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  4. Política e um palco e nós somos as marionetes.

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