sábado, 18 de fevereiro de 2017

NECESSIDADE, ROUBO OU FALTA DE CIDADANIA?


O “Portal do Rodoviário” (https://www.youtube.com/watch?v=sXyTEwkpyAg) mostra saques de cargas em caminhões que tombam nas precárias rodovias do Brasil, praticados por pessoas que o roubam sem se preocupar com nada ou ninguém. Em um caso em particular, mostra um caminhoneiro preso nas ferragens e precisando de ajuda, em Eunápolis, enquanto pessoas carentes e não carentes saqueavam toda a carga do caminhão sem se preocupar com a vida do caminhoneiro. Depois que o motorista fora socorrido, os populares voltaram a saquear o resto da carga do caminhão. Durante os saques,  quase uma tragédia maior poderia ter acontecido. Contudo, nenhum saqueador foi preso e nem fez “devolução premiada” como ocorreu no Estado de  Vitória.  Pessoas identificadas pelas câmeras das lojas furtadas, devolvem voluntariamente a mercadoria roubada, em troca de redução de pena! Esse comportamento antissocial, individualista e do EU SOZINHO, ocorreria necessidade ou  seria por puro roubo, mesmo?  Exemplos que não deveriam ser seguidos existem de sobra em parte da classe política mandatária do Brasil

- É a necessidade, disse o namorado da minha enteada ao ver a população saqueando o carregamento de óleo de um caminhão que tombara em Goiânia. “Não é! É a falta de caráter e de cidadania que está contaminando  parte da população brasileira,”  respondi. Como não houve tréplica  os dois passamos a olhar à TV que exibia o noticiário do caminhão sendo saqueado em Goiânia. A sociedade brasileira está se contaminando com os péssimos exemplos vindos dos políticos que comandam o Brasil, a maioria envolvida em delações de propinas da Odebrecht, inclusive o presidente da República que teria recebido propina quando era deputado federal por São Paulo, em uma negociata para o arrendamento do Porto de Santos, por cujo Estado foi eleito..

No “Portal do Rodoviário” o que não faltam são vídeos mostrando saques em caminhões tombados nas estradas do Brasil.  Outro exemplo de caminhão carregado com frangos que tombara  na BR-364, entre Barroso Barbacena, em MG e  3,5 toneladas de frango foram saqueadas por pessoas que passavam pelo local, também é mostrado.

O que estaria ocorrendo com a sociedade coletiva? Estaria ela sendo influenciada pelas delações premiadas dos executivos da Odebrecht e estariam invertendo tudo, fazendo “devolução premiada”, só depois de descobertos por câmeras das lojas que roubaram, em troca de redução de pena, também? Estaria a sociedade se aproveitando dos exemplos de muitos e péssimos políticos e passou a saquear  até cervejas, frangos, remédios, pneus  e eletrodomésticos e todo e qualquer de caminhão que tomba?  Essa inversão de valores, lembrou-me do caso há muitos anos de um navio da “Petrobras” que dera pane em frente a  Manacapuru, no Amazonas,  quando  o município enfrentava um racionamento de energia por falta de diesel e o saquearam o que faltava no município, porque o navio  “estava de bubuía” - termo regional o mesmo que define à deriva ou sem ninguém vigiando. Esse fato inusitado está registrado na conclusão da investigação de um renomado advogado da empresa na época. Ele foi destacado para o precário município só para investigar o sumiço do diesel. Usou o termo e concluiu que não havia crime a ser  aparado porque o “navio estava de bubuia”, sem querer saber o que significaria o termo significaria na linguagem “caboblês”!

O roubo de cargas em caminhões tombados nas estradas seria fruto apenas de curiosidade, diversão coletiva ou idiotismo? Certamente seria o pior exemplo que poderia ser repassado pelos políticos que comandam o Brasil! Ah, está explicado...

3 comentários:

  1. Ana Carvalhosa/Portugal18 de fevereiro de 2017 às 16:18

    é um assunto sério sim, carlos, todo o mundo sabe que se se vai para o brasil vai-se descanso e com algo para dar para que não sejamos maltratados,,, por isso, brasil, para mim, país a evitar...

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  2. Não existe mais civilidade entre as pessoas; esta é a grande verdade meu amigo Carlos.

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  3. Sao todos Maria vai com os outros.Uma coisa nao justifica a outra.

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