sexta-feira, 20 de abril de 2018

SANTARÉM...ANTARÉM...1

CRÔNICA ANTIGA, ESCRITA EM 2012, QUANDO RECEBI HOMENAGEM EM SANTARÉM/PA. DEPOIS,NÃO VOLTEI MAIS À TERRA QUE ME INSPIROU A PRESTÁ-LA. ESCRITA SOBÃ EFEITO DA EMOÇÃO!

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Para o deputado estadual do PT, Sinésio Campos, filho de Santarém (publicada no blog em 2012 e retribui com essa crônica)

A emoção tomou conta de mim, mas não chorei e nem inundei de lágrimas o encontro de águas verdes do Rio Tapajós com as do Rio Amazonas, nem atrapalhei a pescaria de peixes que desfilam em frente a cidade,  capturados  em boias  de pneus que descem ao sabor da correnteza na cidade de Santarém.

A linda música “Um poema de Amor”, composição de Wilson Fonseca, interpretado na voz de um cantor local, foi a responsável por quase não me fazer chorar e poluir belezas tão enigmáticas e pouco exploradas em termos de turismo: a cultura local!

Eu e minha esposa Yara não desfrutamos como desejávamos, do belíssimo cartão postal da cidade, o Alter-do-Chão com praias que surgem como por encanto e que são beijadas pelas águas negras de um braço de rio, formando uma beleza que impressiona aos olhos e ao coração, com suas barracas fincadas na praia no meio do rio.

Mas o amigo empresário de transportes coletivos da cidade, Gonçalo Ferreira Lima Filho, também homenageado, me convidou para voltar e prestigiar a Festa do Sairé, a mais antiga manifestação popular do Estado do Pará, remetendo aos tempos da colonização do Brasil, misturando temas  religioso e  profano, com a morte e ressurreição do botos Tucuxi e Cor-de-Rosa, em um espetáculo de fantasias e alegorias, repetindo o que os índios Tupinambás fizeram para saudar aos portugueses colonizadores. A festa deverá receber mais de 100 visitantes do dia 13 a 17 de setembro.

Ficamos hospedes no hotel Amazônia Boulevard, na Avenida Mendonça Furtado, homenagem a um administrador português também conhecido por “Xunbergas”. Vieram nos buscar para a festa em um salão interno do SEST/SENAT, presente em todo o Brasil, pertencente ao Sistema “S”, comandado pelo incansável presidente Clésio Soares de Andrade, tendo como diretor do Conselho Regional Norte administrador de empresas Francisco Saldanha Bezerra e na administração local a administradora de empresas Grece Lane Melo.

Na homenagem, ouvindo a música “Um poema de Amor”, de Wilson Fonseca, interpretada na voz de um cantor local e outras músicas de compositores nascidos em Santarém, terminando com o tradicional carimbo, a mais extraordinária manifestação da cultura artista paraense, criada também pelos índios Tupinambás, misturada com batuque de escravos e influência lusitana que contagiava até aos colonizadores portugueses, dando-lhe uma melhor perfeição, fiquei pensativo e idealizando essa crônica.

Como disse, controlei muito a emoção para só derramá-la, talvez, em minha volta para prestigiar a “Festa do Sairé”. Dessa vez, tentarei controlá-la também dentro de meu peito, brigarei com meu coração para que não me traia e me permita pelo menos aplaudir a manifestação da cultura de Santarém, que ainda não conheço. Mas como um simples anônimo, conheci e gostei de ver a pescaria de peixes na orla da cidade que leva à Igreja Matriz e, antes, a um museu de história, onde está o registro que o município foi um dos primeiros da Região Norte a receber “O vapor de terra” de um padre Italiano, dando surgimento do ônibus no Brasil.

Adorei!  Emocionei-me, mas não chorei para não poluir com minhas lágrimas o majestoso encontro das águas verdes do Rio Tapajós com as negras do Rio Negro. Terei pelo menos a consciência de que os moradores de Santarém continuarão sendo alimentados com os peixes pescados em boias e malhas que deslizam ao sabor do vento e desfrutarão de suas lindas praias que todos os anos emergem como por encanto de boto do fundo do Rio Tapajós!


Ajustando a magnífica poesia da letra da música “Um poema de amor”, parodiando-a com a licença do genial autor para dizer ”...e quando  a Festa do Sairé chegar, o cronista escreverá...sua história de amor com o esplendor do lugar e a beleza de Alter-do-Chão

3 comentários:

  1. Acho q anos atras,comentei essa cronoca.Como nao comenta-la novamente.O amor por Santarem ë mesmo emocionante.E acredito totalmente na tua emocao Carlos.Parabens!

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  2. João /Batista de Filho/BH20 de abril de 2018 às 14:40

    Olá Carlos,
    Chego na segunda feira a atarde mas não pretendo sair á noite.
    No dia seguinte provavelmente me encontrarei com um amigo ciclista ai de manaus, para um bate papo e até possivelmente um passeio de bike pela cidade.
    Assim que eu puder vou te ligar para ver se será possível ir te visitar em sua casa.
    Quanto aos seus doces, fique tranquilo pois já estão nas malas.

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  3. Antonia Silveira Brito20 de abril de 2018 às 16:05

    Bela homenagem à lhe honrou

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