quinta-feira, 4 de abril de 2013

O "DRAGÃO INFLACIONÁRIO"




A inflação continua resistindo firme por vários motivos e razões, causando graves problemas sociais à classe mais pobre. A principal é a desestruturação total do Brasil, seguindo-se da falta de uma política fiscal confiável, sem “pacotinhos”, seca no nordeste desde a época do Império de D. Pedro II, excesso de chuvas nos centros produtores, péssimas rodovias para o escoamento da produção de grãos produzidos nos Estados do Centro Oeste, principalmente.  Precisamos construir um novo Brasil a partir do nada, porque praticamente nada temos de confiável na economia que muda a toda hora, ao sabor do vento ou da maré...

Nem os Portos de Santos, em SP e Paranaguá, PR, antes eficientes e aceitos como modelos de eficiência no passado, deixaram de ter problemas e o que se vê são filas de caminhões com cargas para exportação, tudo por falta de investimentos, planejamento e preparação para receber  a carga. Hoje, no máximo, serviriam como modelo de desorganização, desestruturação do que já foi bom e, hoje, de total ineficiência pela falta de investimento em infra-estrutura no país, como um todo.  

Além disso,  alguns produtos como cebola, batata, tomate e farinha, integrantes da cesta básica, desonerados pelo Governo Federal, continuam com seus preços elevados, se tornando proibitivos aos menos favorecidos economicamente e majorados por impostos estaduais de ICMS.  O Brasil precisa também, realizar uma profunda reforma tributária e fiscal, reduzindo impostos, tributos e permitindo ao empresário investir e produzir com segurança e não apenas com atos isolados de desoneração em área e produtos pontuais. Isso não resolverá nada de imediato como deseja o Governo. Apenas aliará o voo do “dragão inflacionário”, que está batendo as asas sempre com mais ferocidade!

O mercado não está repassando aos preços dos produtos da desoneração dos impostos federais porque ainda existem os impostos estaduais, que não foram desonerados e nem está preocupando as palavras do presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, que anuncia estar “monitorando a escalada inflacionária” e poderá tomar medidas para domar o antigo “dragão inflacionário”, que voltou a voar. “Dragão Inflacionário” era como se escrevia e se dizia sobre o processo de subida generalizado nos preços, mais acentuado, principalmente, durante o Governo José Sarney que ao falar em cadeia nacional de TV e pronunciar as palavras “brasileiros e brasileiras”, já se sabia que viria alguma nova bomba ou medida de combate a inflação e todos os preços subiam e não desciam mais  nem na época da oferta de produtos como, felizmente, acontece hoje, com a sazonalidade de alguns produtos quando a oferta é maior do que a procura...e os preços baixam.


Os empresários estão inseguros e cautelosos, mas compraram máquinas e implementos para produzir, mas só o farão quando forem resolvidos problemas gerados com a concorrência estrangeira de países que possuem economia competitiva, produtiva e mais eficiente. Urge ao Brasil uma Reforma Fiscal e Tributária para equilibrar e desonerar a folha de pagamento das empresas, permitindo aos empresários fazer investimentos certos de que a política fiscal e tributária não mudará repentinamente para beneficiar setores específicos em momentos de crise.  As empresas investirão com mais segurança e confiantes no novo processo  fiscal e tributários, deixando de confiar apenas no humor dos administradores públicos ou na oscilação da produção. Mas, primeiro o Brasil deve abastecer seu imenso mercado interno e exportar o excedente, para não ficar mais dependente de preços da Argentina e de outros países produtores de trigo. Também precisará estruturar o país com boas estradas, bem sinalizadas, sem matagal em suas laterais e sem placas indicativas de sinalização furadas por balas.

O Brasil precisa construir um novo Brasil, partindo do zero.  

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