segunda-feira, 7 de novembro de 2011

O PODER DA MÍDIA OU DEMOCRACIA ÀS AVESSAS?



O mesmo eleitor que vota errado é o que chama depois a imprensa para denunciar prefeitos corruptos que nomeiam pessoas fantasmas, realizam licitações fraudulentas, indicam secretários que desviam verbas públicas da saúde, da educação, da segurança e da merenda escolar, além de outras. Eleger prefeito que estava na prisão por malversação do dinheiro público  e que saiu só para tomar posse e transformar a Prefeitura em feudo familiar, já é demais!

Que eleitor é esse que afirma que o prefeito mandou matar seu filho e o próprio prefeito declara em rede nacional que quem mandou matar foi seu próprio irmão? Nada acontece contra ninguém! É um tremendo faz de conta!  A época do “coronelismo de barranco”, prática comum em nosso processo democrático, estaria voltando? Custa-me acreditar nisso!

Que democracia é essa que também permite que ocupantes de programas de televisão se candidatem à cargos eletivos? Que democracia é essa que permite aos donos de ONGS, Fundações e outras coisas  se candidatem também só para “mamar” dinheiro dos contribuintes? Que democracia discriminatória é essa que beneficia somente a uns poucos?

Deputados que verdadeiramente  honram seus mandatos junto aos eleitores sempre são prejudicados por essa democracia às avessas! É preciso se dar um basta nisso! Aliás, seria bom que todos os ocupantes de programas de TVs, rádios ou algo similar, ficassem, de forma perene longe de qualquer tipo de comunicação com os eleitores para pleitearem candidaturas!

O prazo determinado pela Legislação Eleitoral para afastamento de apresentadores com forte apelo popular de massa, não basta que os políticos que se elegem e releegem sequidamente e são verdadeiros campeões de votos, sejam esquecidos. Isso não é justo com o parlamentar que trabalha o ano todo, visita comunidades, e vai aonde o povo se encontra e vê, ao final, um candidato que nunca se deslocou para os rincões mais distantes, ser bem votado por conta da “mídia”.

Depois de eleitos por força dos programas de TVs, rádios e outros do gênero, os políticos ficam mudos e não gritam, criticam, reivindicam qualquer coisa da tribuna que ocupa, em nome do povo. Mas, na frente dos microfones de seus programas, criticam Deus e o Mundo!

Que injusta democracia é essa?

A inversão no processo democrático de direito é a mesma que beneficia “radialistas”, “apresentadores de programa de tv” e outras coisas mais quando usam a mídia para a captação de votos de uma população muitas vezes desavisada; contrariamente, o parlamentar que vive da “profissão” de deputado, não consegue ficar em evidência como os chamados “artistas”. Este fica em extrema desvantagem no período das eleições, pois a imagem e a voz dos “personagens da mídia” ainda se encontram nas mentes dos eleitores. É terrível, mas é a realidade!

Com a palavra a Justiça Eleitoral, que precisa modificar urgentemente essa situação. Mas duvido que o faça ou tenha vontade de fazê-lo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário