sexta-feira, 11 de março de 2016

OS ATOS, OS FATOS E A IMPRENSA!

                    Senhor Deus dos desgraçados! (Castro Alves (1847 - 1871) 


Como jornalista (SJP/Am-210/2) e Assistente Social (CRESS/Am/RR/1216) observo com grande apreensão e preocupação, os conflitos sociais existentes entre os atos, os fatos e as divulgações feitas pelos companheiros jornalistas. A imprensa não cria atos ou fatos, apenas os divulga com mais ou menos intensidade. Se de forma isenta ou imparcial, não cabe a mim discutir. Se o faz de forma parcial talvez seja para que a sociedade coletiva possa criar seu próprio juízo crítico de valor sobre o que está se passando no país. Se também inédito pedido de prisão do ex-presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, foi com o desejo de fazer frear o movimento que ocorrerá no Brasil no dia 13 pedindo o impeachment da presidente Dilma Rousseff, o Ministério Público de São Paulo pode ter ofertado gasolina para debelar o fogo que queima de norte a sul o país, a chama dolorida da corrupção. À imprensa coube noticiar o fato durante entrevista coletiva convocada pelo Ministério Público enquanto no mesmo horário, em o hotel em Brasília, o Ministro da Fazenda de Dilma Rousseff, realizava reunião com líderes de movimentos sociais para discutir uma saída para a crise financeira pela qual passa o pais, se refletindo diretamente na política. Temo acirramento de confronto entre os que são contra e a favor do impeachment da presidente, sobrando mais uma vez para os veículos de comunicação do Brasil e os companheiros jornalistas que só cumprem as pautas que lhes dão. Se os veículos de comunicação repercutem os mesmos fatos, é porque são importantes e relevantes para a opinião pública fazer juízo crítico de valor. Culpar jornalistas por cumprir seu dever é uma total e insano ato de bestialidade. O direito à informação livre e constitucional. A pessoa assiste o que quer, no canal que quiser e pela emissora que desejar e considerar a menos parcial ou tendenciosa. A imprensa e os jornalistas não criam escândalos, nem escondem contas secretas, muito menos se recusam a receber intimação de quem quer que seja, como fazem políticos investigados e denunciados pelo STF, por envolvimento em desvio de recursos investigados na operação “Lava Jato”. Alguns advogados de defesa juram que estão certos em fazê-lo porque estariam amparados pela Constituição, que os considera inocentes, até prova final de condenação transitada em julgado, agora a nível de segunda instância. 

O Brasil não merece continuar presenciando sequestros, prisões, mortes ou quebra de equipamentos de trabalhos da imprensa, necessários ao discernimento em uma verdadeira democracia. No dia 13 de março, os brasileiros irão às ruas. Não somente contra o PT, mas a favor de um Brasil livre da corrupção, pela democracia e pela volta da ética moral no serviço público. Em rede social alguém que disse “no dia todos contra o PT”, respondi que era a favor do Brasil e não contra o PT, porque o Partido dos Trabalhadores represente representa uma parcela radical ou não dos movimentos sociais do Brasil e o Brasil era uma nação ordeira, que deveria ter e receber a união de todos para fazer voltar ao seu ritmo de crescimento que existia e sair da terrível recessão que, como se fosse um câncer violento, que corroei as suas  forças políticas e destrói e as estruturas moral, social, ética e política do país. Temo pelo futuro de muitos deputados sérios, honestos e éticos que militam dentro do PT em todo o país. A crise econômica atual pode derrubá-los como se fossem pedras de dominó enfileiradas em pé, uma ao lado da outra e fazer surgir líderes que venham a se tornar depois, piores do que está sendo o PT. Só um ou uma presidente pior do que a atual Dilma Rousseff, para reabilitar o partido e colocá-lo no cenário político que jamais devia ter perdido.'

O radicalismo nas redes sociais deixou cego os críticos que só vêm problemas no Partido dos Trabalhadores e não em todos os outros partidos . A razão é simples: o PT já fora pedra, as atirava no telhado de vidro do PSDB de Fernando Henrique Cardoso. Agora o PT é vidro e todos jogam pedras contra ele. Contudo, queiram ou não os críticos, o PT também já foi uma árvore que produziu frutos. Infelizmente, a cegueira do radicalismo de uma grande parcela da sociedade  não querer admitir isso, negando os avanços sociais recentes do Brasil. Para conseguir a inclusão quantitativa e não qualitativa de alunos nas Universidades e vários outros programas sociais, o Governo Lula aproveitou muitos criados  no Governo de FHC e  os uniu em um só se aproveitou e pegando uma carona na estabilização da inflação brasileira ocorrida durante a presidência de Itamar Franco, que fez o ministro da Fazenda, Fernando Henrique Cardoso, seu sucessor. FHC, deu continuidade ao processo de ajustes econômicos no Plano Real criado por ele. Isso foi importante para que Lula pudesse realizar os programas sociais.

Se o ex-presidente Lula escondeu patrimônio em nome de laranjas ou não, caberá à Justiça investigar de forma isenta, imparcial, se atendo aos fatos, aos autos e não só o que a mídia divulga. Como já anunciaram os órgãos que representam os rádios, jornais e TVS, mais a ONU e a Fenaj e a Associação de Jornalistas Investigativos que não é exime de receber críticas. Mas o que não se pode e nem se deve é sequestrar jornalistas, fazer protestos à frente de uma emissora, depredar outras pelo Brasil à fora. Edinho Silva, Ministro da Comunicação do Governo, recebeu o protesto da categoria e prometeu providências, mas não senti muita força de vontade do Ministro em atender ao que lhe estava sendo pedido e teremos a oportunidade de notar se no Dia 13, na marcha em favor do impeachment da presidente Dilma Rousseff, alguma coisa se terá conseguido fazer para garantir que os colegas jornalistas possam exercer suas atividades com tranquilidade. O Brasil está sofrendo radicalização dos movimentos sociais e uma grande perda de identidade moral, social, ética e política no serviço público, com respingos na imprensa brasileira, cujo país passou a ser o quinto mais perigoso para o exercício profissional, mesmo representando na pirâmide social,  o quarto poder da democracia e nada mais. Basta!

Com a frase do poeta baiano Castro Alves, peço a Deus dos Desgraçados que proteja a todos os “desgraçados” jornalistas que cobrirão com orgulho e amor ao Brasil a passeata do dia 13 de março pelo impeachment da presidente Dilma Rousseff. Se sairá ou não o impeachment, isso será outra questão a ser divulgada pelos companheiros jornalistas

13 comentários:

  1. CONCORDO COM VC CARLOS COSTA.


    A imprensa não cria, não inventa e não aumenta fatos e acontecimentos da vida nacional.
    Faz "suite" de matérias e explora com mais ou menos intensidade fatos produzidos pela sociedade comprometida com pequenos delitos originários que passam a compor a política e os partidos politicos, com mais ou menos intensidade

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  2. É.. o radicalismo não contribui em nada em momentos delicados com o que vivemos... !!!

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  3. Eliane Aquino/jornalista/Alagoas11 de março de 2016 às 10:05

    Também me preocupa
    Os ânimos estão acirrados

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  4. É verdade. Os movimentos estão contaminados pelas ideologias político-partidárias...!!!

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  5. Concordo. Oremos pelo nosso país. Está sendo "escandalizado" pela corrupção desenfreada. Os políticos não se entendem,cada qual quer fazer que o seu "ego"mais se destaque e prevaleça.Não pensam no povo que está ficando faminto! Boa tarde.

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  6. Um convite à sensatez!

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  7. VIVENDO E ACUMULANDO FATOS.
    ISSO É A HISTORIA DO BRASIL.
    OUTRAS GERAÇÕES IRÃO LER EM LIVROS.
    E NÓS ESTAMOS VIVENCIANDO.

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  8. Belíssimo texto , vamos divulgar !

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  9. Tem que haver alguma mudança Urgente@!

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  10. O Brasil de hoje ao Brasil do Amanhã....13-03-2016...........JB

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  11. MARIA HIRSCHI/SUÍÇA12 de março de 2016 às 07:34

    Ja perdir a esperaca...

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  12. Academia de Letras de Maués/Am14 de março de 2016 às 05:36

    obrigada pela oportunidade de reflexão.
    Acredito que a imparcialidade ainda é uma, ou a mais importante, ferramenta utilizada pelo jornalismo sério, profissional. É apenas uma opinião.

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