O impasse está gerado: de um lado os professores e, do outro, os prefeitos municipais. Nessa queda de braço ridícula, o aluno é quem sairá perdendo!
Que saudades de um tempo não muito distante quando a pessoa batia no peito e respondia com orgulho: “sou professor!”. Com o salário que recebem atualmente, isso é motivo de vergonha!
O Ministério da Educação reajustou e o STF confirmou para vários governadores, que salário dos professores, para jornada de 40 horas, reajustado de R$ 1.024,67 para 1,451,00 é constitucional! Prefeitos, reunidos em Brasília, protestaram e propuseram mudança na forma de reajuste porque dizem não conseguir pagá-lo.
Contudo, lembro aos senhores prefeitos que marcharem para Brasília e aos governadores também, que todos só assumiram seus mandatos porque algum professor, em algum momento de suas vidas, lhes ensinou pelo menos a rabiscar algumas letras, embora existam algumas exceções!
É certo que há prefeitos ainda analfabetos funcionais, mas isso é outra estória.
Não há no mundo, qualquer profissão de nível fundamental, médio ou superior que não tenha existido um professor para ensinar, exceção somente para a categoria de alguns poucos vereadores, que querem integrar cadeiras nas câmaras municipais em todo o Brasil.
Nada contra os vereadores, porque eles também desenvolvem uma meritória missão de apresentar projetos de leis concedendo títulos de cidadão para amigos próximos, criando datas comemorativas, copiando projetos prontos e apresentando-os como fossem seus e muitas outras coisas! A maioria, inúteis!
Mas para serem vereadores, certamente tiveram professores para lhes ensinar com certeza, ao menos saber escrever e assinar seus nomes porque não podem ser candidatos os totalmente analfabetos!
Para pagar o salário dos professores – que ainda acho pouco - bastaria aos prefeitos aplicarem uma gestão mais responsável na educação, sem desvio de recursos públicos, locupletando com vereadores no famoso e manjado jogo do “toma lá, dá cá” na hora de aprovarem suas contas. Também basta não receberem descarada e despudoradamente propinas através de muitos mecanismos – licitação fraudada é a maior delas. Esse tipo de prática não lhes foi ensinado em nenhuma Escola! Pronto. Estaria resolvido o impasse e acabaria com todo “esse besteirol não educacional”.