segunda-feira, 11 de julho de 2011

EM DEFESA DA ECOLOGIA



Tempos bons e lindos aqueles em que tínhamos que levar nossas próprias sacolas para trazer os peixes, dentro de sacos produzidos artesanalmente, dobrados e colados do lado do avesso; quando comprávamos nossos pães e os recebíamos dentro de sacos de papel; quando comprávamos manteiga “cabeça de touro” em latões e a recebíamos embrulhada em papel manteiga. Éramos felizes naquele passado não tão distante, que não resistiu ao progresso tecnológico e logo se rendeu à produção do plástico, que não se decompõe facilmente na natureza.

Surgiu a palavra ecologia, do grego “oikos”, que significa casa e “logos”, que é estudo. Por extensão, ecologia seria o  “o estudo da casa”ou, de forma genérica, do lugar onde se vive, segundo a definição clássica.  Ecologia, na essência pura da palavra, seria a ciência que estuda as interações entre os organismos e seu ambiente, ou mais precisamente ainda, é o estudo científico da distribuição e abundância dos seres vivos e das interações que determinam a sua distribuição. Essas interações podem ser entre seres vivos e/ou com o meio ambiente, ainda de acordo com a definição clássica da palavra.

Deixando um pouco o classicismo de lado e voltando à realidade, sinto saudades do tempo em que tudo se embrulhava em sacos de papel e o peixe era vendido aos gritos, assim: “peixeiro, peixeiro!”, quando um monte de vendedores corria ao mesmo tempo para tentar vender um, chamava-se “saqueiro”, “saqueiro”. Os sacos eram construídos no dia anterior, a partir de saco de cimento virado do avesso e colados de forma firma para não se saltarem!  Por que hoje tudo tem que ser colocado dentro de sacos plásticos que não se decompõem e enchem os lixões das cidades?

Por que hoje tudo tem que ser acondicionado em sacos plásticos? Qualquer compra, em qualquer supermercado, sai embalada em sacos plásticos!

Será que é tão difícil se voltar um pouco no tempo e, nesse caso, não aceitar esse “progresso” tão irresponsável, que destrói o meio ambiente? Será que é mais fácil ser irresponsável em nome do progresso ou responsável em nome de um progresso que destrói as coisas boas de um passado tão recente?

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