DOCUMENTOS PÚBLICOS, SECRETOS OU PERPÉTUOS?
Todos os documentos sejam públicos, privados, confidenciais, históricos e outros, um dia terão que vir à público, não importa o tempo. Um dia tudo vai virar história. De forma direta, através de fontes confiáveis, de consultas a esses documentos ou de forma indireta, sem qualquer consulta originária, em fontes não confiáveis! Tudo, no final, resultará em história para a posteridade!
Como outros pesquisadores, também entendo essa medida para documentos perpétuos; que envolvam a segurança nacional; mas até esses não podem e não devem ficar perpétuos para sempre!
Recentemente o site wikleaks liderou o maior vazamento de dados confidenciais da história dos Estados Unidos, seu diretor chegou a ser preso acusado por crime de pedofilia, depois liberado.
Sinceramente não consigo entender porque a história do Brasil tenha que ficar perpetuamente secreta como se estivesse dentro de um túmulo intransponível.
Será que os autores dessa maluca idéia em transformar todos os nossos documentos públicos, privados, confidenciais e sigilosos em perpétuos, têm a exata dimensão do prejuízo que causarão à história futura do Brasil?
Os dois ex-presidentes da República José Sarney e Collor de Mello, já são citados no site wikpédia com dados inconsistentes, têm medo que alguma coisa escabrosa passe para suas futuras biografias?
Sinceramente, por pior que tenham sido seus governos, um marcado por uma superinflação, José Sarney, e o outro, Collor, destituído pelo povo e pelo voto do Congresso, foi o primeiro e único, até agora, a sofrer impeachement em nossa história recente da República pela sua petulância, empáfia, arrogância, juventude e inexperiência e por não querer governar com o Congresso Nacional, acusado de corrupção, nada ficou provado, embora haja respondido a vários processos.
É assim que eles, José Sarney e Fernando Collor ficarão conhecidos na história.
Collor renunciou no dia 2 de outubro de 1997, mais já depois de aberto o processo de cassação no Congresso Nacional, que o terminou banindo da vida pública até o dia 29 de dezembro de 2000 deixando seu vice Itamar Franco, bahiano de nascimento e mineiro de coração, mais que não tem nada a ver com essa “ditaradura dos documentos públicos” para continuar seu desastroso Governo.
Itamar Franco, falecido no dia 2/06/2011 por complicações leucêumicas, lançou o Plano Real, que acabou definitivamente com a inflação deixada por Sarney e que levou FHC à Presidência, foi eleito senador por Minas Gerais e Collor eleito senador por Alagoas. Agora, só Sarney e Collor querem manter todos os nossos documentos perpétuos. Uma burrice, que me desculpem os dois ex-presidentes da República.
A PLC/41/2010, já aprovada pela Câmara, especificando anos para que cada documento seja liberado mais encontrou barreiras no Senado, exatamente pelos dois ex-presidentes da República, Sarney e Collor de Mello, que querem mantê-los secretos e perpétuos todos os documentos do Governo.
Usuários das redes sociais – Tuwiter. Orkut, Facebook - já tinham enviado para o Congresso Nacional, mais de 1800 apelos de várias partes do Brasil, até o dia 1/6/2011 para que os senadores também aprovem a PCL 41/2010 da mesma forma que chegou da Câmara, para o bem da nossa história futura do Brasil
Estabeleçam tempos para a liberação de cada documento! Isso é o mínimo que deve ser feito; mas não cavar uma sepultura, colocar todos os documentos dentro e enterrá-los para permanecerem perpétuos! Pois nem assim, ficarão perpetuados!
Esses dois ex-presidentes da República têm quais argumentos plausíveis para mantê-los secretamente perpétuos? E as investigações sobre os “Anões do Orçamento” que mobilizaram a massa estudantil na chamada reação conhecida “marcha dos caras pintadas” e, juntos conseguiram cassar o presidente e depois também cassados pelos seus pares, também ficarão perpétuos.
Pensem bem senhores ex-presidentes da República recente do Brasil, antes que a rebeldia dos dois senhores acabe no STF, sendo derrubada.
Já disse uma vez ao historiador Mário Ypiranga Monteiro, o maior, mais completo e perfeito pesquisador que já tivemos no Amazonas, em uma de nossas brigas pela imprensa, quando decidi e me aventurei a escrever a História da Polícia Militar do Amazonas, baseado em documentos já pesquisados e não publicados pelo historiador e este revidou, mas teve a intervenção do governador José Lindoso, que designou seu secretário de comunicação social de então, Elson Faria, ficando tudo em paz e paramos de nos digladiar.
Mas repito agora: “A história não é propriedade exclusiva de ninguém; é de todos”. Pensem bem nisso, antes de continuar com essa birra imbecil!
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