Alexandre Garcia declarou: “alguma coisa está muito mal”. Diante de sua afirmativa, o jornalista concluiu: “... como a lei de progressão de regime, (...) permite um psicopata perigoso sair da cadeia antes de cumprir a pena e começar a matar em série...” (Bom dia Brasil, 15/07/2011).
Diante da afirmação do jornalista Alexandre Garcia, comentarista da Rede Globo de Televisão e, diante da total falta de política pública perene em quase todas as áreas de Governo os assassinatos e os crimes bárbaros, sem quaisquer motivos plausíveis e que os justifiquem geram, na opinião de psicólogos, uma pressão pós-traumática.
E o que não deveria e nem poderia ser praticado, já começou a acontecer: a sociedade está se armando para fazer justiça com as próprias mãos, o que não é recomendável pela polícia e por ninguém que tenha o mínimo de juízo. Mas o que fazer diante do que acontece no Brasil, onde milhares de pessoas ainda sobrevivem dos lixões?
A sobrevivência em lixões é uma pouca vergonha diante da falta de política pública efetiva para combater e erradicar a miséria. Até um Ministério foi criado, mas até hoje não implantou qualquer tipo de política pública para combater essa verdadeira vergonha nacional.
“Erradicação da Miséria” é o que desejariam fazer todos outros países, mas essa foi só uma “maquiagem” implantada pela presidenta Dilma Rousseff em substituição ao antigo “Fome Zero”, do presidente Lula, que também não deu certo, como também a erradicação da miséria não dará porque faltam outras políticas que a sustentem. Essa será mais uma política eleitoreira e não uma política de Estado, perene, constante e continuada.
Diante dessas manchetes do Bom Dia Brasil (15/07/2011), o que devemos pensar sobre a onda de crimes, mortes por encomendas e execuções sumárias? Alguma coisa vai muito mal mesmo! Leiam algumas as manchetes do Bom Dia Brasil (15/07/2011):
“O empresário Rogério de Souza Werneck da Silveira, de 53 anos, chegava por volta das 19h ao apartamento do qual morava, em um prédio na Lagoa Rodrigo de Freitas, zona sul do Rio de Janeiro. Foi assassinado por dois motoqueiros trajando paletó e gravata”.
“Perseguição policial termina com morte de assaltante de 14 anos”:
“Um adolescente de 14 anos foi morto a tiros depois de matar um advogado durante um assalto”.
Como cidadão, jornalista e não como Assistente Social, que por questão de ética profissional devo defender o Estatuto da Criança e do Adolescente, mas com reservas, já escrevi e publiquei sobre esse assunto porque como cidadão, defendo a redução da maioria penal; não pena de morte, porque isso não resolverá nada. O acesso dos jovens às novas tecnologias, aos jogos de violência, já lhes oferece consciência plena de seus atos porque matam friamente só porque conhecem seus direitos e sabem que no máximo terão três anos de apreensão com restrição de liberdade. Mas depois que deixam o regime, o menor permanece primário e volta a matar. Mata de novo e, se for menor ainda, sairá de novo como se ainda fosse primário. Apenas para esses casos, defendo a redução da maioridade penal.
“Policiais acusavam um comerciante de receber carga roubada e exigiam R$ 50 mil para não prendê-lo. A vítima baixou o valor para R$ 17 mil. Mas, ao invés de entregar o dinheiro, procurou a corregedoria da polícia, que armou o flagrante”. (Bom dia Brasil, dia 15/07/2011).
Hoje, também quem é pago para proteger a sociedade, com dinheiro de nossos impostos e deveria dar bom exemplo, também nos roubam, extorquem, inventam, fazem boletins policiais de confrontos com bandidos que nunca existiram e ainda cobram dinheiro e aceitam até pagamento em prestações, se duvidar.
Uma pessoa que reside nos arredores de Brasília, cansado de ser assaltado em sua residência, que deveria ser um lugar inviolável, armou uma armadilha e conseguiu matar o ladrão. Resultado: ele vai responder por homicídio doloso, quando há intenção de matar! Não deveria responder a nada porque a Polícia não foi competente para proteger e nem prender o ladrão. Ao contrário, deveria era receber um prêmio por sua ação corajosa!
Crimes e mais crimes estão acontecendo de Norte a Sul do Brasil e os Governos ficam de mãos atadas e nada fazem. Isso pode ser um dos reflexos da liberdade indiscriminada de presos que não cumprirão penas superiores a quatro anos. Ou será apenas uma mera coincidência? Mas se o for, é estranho que a maioria dos assassinatos esteja sendo cometido por menores de idade a troco de nada.
Depois que matam a vítima e nada roubam. Matam só por pura diversão e prazer de matar porque sabem que não poderão ser presos, só apreendidos e, em alguns casos, cerceados suas liberdades de ir e vir, pelo prazo máximo de 3 anos. Depois, ganham liberdade e voltam a matar como se fossem ainda bandidos primários, o que já não são.
A sociedade está se armando em defesa de seus direitos, o que não é o mais correto. Mas diante da quase total apatia da Justiça em julgar os crimes com celeridade, a única coisa que resta ao povo que paga impostos e para ficarem livres da bandidagem que tomou conta do Brasil, é se armar e reagir da forma que podem. A Polícia ensina que não é para reagir em caso de assaltos, mas acontece que não ensina o bandido a ter calma nessa hora. Se a pessoa se assusta, o que é uma reação natural, o bandido atira por nada.
Cansei de escrever sobre a falta de políticas públicas para as áreas de saúde, educação, segurança, habitação, alimentação. Também não aguento mais bater em pedras porque não vejo nada de iniciativa do Governo em termos práticos palpáveis, constantes e perceptíveis. Tudo é política de momento, de campanha e de eleição. Depois, esquecem tudo o que prometeram e o povo não cobra. Cansei!
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