quinta-feira, 8 de setembro de 2016

A BATALHA PELAS FLORESTAS!


Não é só uma Guerreira Amazonas, empunhando arco e flecha e sem um lado do seio como são descritas em livros, as lendárias índias guerreiras do Amazonas, que lhe emprestam o nome ao Estado. Contam os livros que tinham que extrair os seios para ficarem mais confortáveis com seus instrumentos de guerra. Sem arco e sem flecha e portando seus dois seios, Sarah D A Lynch  é mais do que isso, do que uma guerreira da ficção. Ela usa a mistura de uma ficção e torna realidade, a guerreira que luta com a pena e a  inteligência que possui  para protestar em defesa dos índios do Xingu e  da Floresta Amazônica, tão cobiçada pelos estrangeiras quanto desconhecida pelos brasileiros.  “A BATALHA PELAS FLORESTAS”, é uma obra de ficção/real  e em breve  deverá lançado também no Amazonas.

Como se fosse um “Encontro das Águas” negras e barrentas dos rios que embelezam a cidade de Manaus, descritas no livro OS SETE SEGREDOS DO RIO AMAZONAS, ao final da BR-319, a guerreira Sarah D. A. Lynch se agiganta no embate das águas e luta com as palavras, sem usar arco ou flecha para matar ninguém; mas denunciar, apenas. Em nome de um ideal, a autora usa a sua obra para destruir, com argumentos lógicos, fantásticos e também fantasiosos, a ganância das madeireiras, dos destruidores da Floresta Amazônica, através das palavras de seus personagens Marcos, a namorada Airumã e seu pai, o Senador Paraguaçu e o adolescente Cauã.

A BATALHA PELAS FLORESTAS” se desenvolve entre a ficção histórica, mística e o real, ambientado em Mato Grosso, entre os índios que vivem entre a ganância dos fazendeiros, plantadores de soja para exportação e para manter a sua cultura de pesca e caça,  que está ficando cada vez mais difícil   pela presença   de ONGs trabalhando no meio deles e destruindo o pouco que ainda lhes resta da cultura que ainda preservam.  

De forma surpreendente, a escritora se vale de seus conhecimentos e pesquisas, e os usa  em uma linguagem misturada com o tupi-guarani e o hebraico, prometendo concluir a toda  história, iniciada na sua magnífica obra O HEROI, no terceiro livro já em andamento dessa trilogia maravilhosa  no com seu próximo livro já titulado de “Gehinnom”. No livro  “A Batalha Pelas Florestas”, a autora revela os mistérios que existem em torno dos personagens de sua primeira obra, O HERÓI e segue a mesma linha temática suave e leve da primeira. Enfim, ela é uma verdadeira guerreira do Amazonas com seios normais, fazendo uso apenas da pesquisa, a inteligência e a sua sensibilidade para construir um enredo maravilhoso sobre um fim cantado e decantado. Ela deveria ser agraciada como o título de Cidadã do Amazonas, quando vier lançar sua obra em Manaus, ao contrário de muitos que nada fazem em favor da Floresta Amazônica  ou de qualquer outra coisa relacionada ao Amazonas, com seu o grito em favor dos animais, dos índios, da cultura...enfim do seu povo que mantém a floresta em pé, mas vive de forma ainda muito primitiva e desolada.


A jornalista Terezinha de Jesus Soares, minha colega em A NOTÍCIA, em matéria publicada na imprensa, recebeu o prêmio Esso de Jornalismo anunciando que “primeiro destruirão as florestas e depois morrerão os homens”. Na mesma linha, em outro tom, o jornalista do mesmo jornal que não existe mais, se questiona para quê preservar a floresta se o homem que vive nela não poder ser preservado e conclui que se o homem não existir, a floresta também não existirá e morrerão as matizes de todas as cores que a compõe e serão extintos Roberval Vieira de Freitas, é mais incisivo ainda em seu livro de memórias, garantindo que pouco adiantará manter a floresta em pé se os seres que nela vivem não forem preservados, porque tudo também morrerá com o homem.



Ao final de A BATALHA DAS FLORESTAS, Sarah D. A. Lynch presta uma homenagem ao ex-presidente da Sydney Possuelo, indigenista, ativista social e etnógrafo, nascido em uma família espanhola e lhe inclui na obra. O indigenista é considerado a maior autoridade com relação aos povos indígenas isolados do Brasil. O Parque Nacional do Xingu foi criado por Jânio Quadros, em 1961, depois de décadas de lutas em favor dos donos do Brasil. 

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