Caso o Superior Tribunal Eleitoral
tivesse julgado a representação e cassado a chapa da ex-presidente Dilma
Rousseff com o atual presidente Michel Temer, muito provavelmente o Brasil não
estaria sofrendo protestos e passeatas pedindo “fora Temer” que terminam sempre em baderna, vandalismo,
depredações e repressões da polícia para conter os “mascarados” que se infiltram nos movimentos, à priori, legítimos e
democráticos. Cassada a chapa, teriam ocorridas novas eleições com vários
candidatos à presidência e o país hoje, poderia estar navegando em águas mais tranquilas.
A ação contra a Chapa Dilma/Temer foi intentada pelo PSDB. Na época, o partido
chegou a disputador com o senador Aécio Neves o segundo turno contra a
presidente eleita e cassada. O partido e
o próprio senador entendiam que a chapa teria se valido de abuso de poder
político e econômico durante as eleições de 2014 com a “campanha financiada com dinheiro ilegal, desviado da Petrobras”. Eleita, a presidente em segundo mandato, não
conseguiu governar e o Brasil parou por vários fatores que se juntaram e, mesmo
sem qualquer prova concreta contra a mandatária da nação, ela foi cassada pelo “conjunto
da obra”, alicerçada na Lei de Responsabilidade Fiscal, que a maioria dos
senadores que a “derrubaram” do
poder, também praticou em seus Estados, mas tinham os deputados sob seus
comandos e, e muitos, em seus bolsos.
Contudo, em abril o TSE pediu novas
perícias e documentos que ainda deveriam ser juntados ao processo. A perícia e
juntada de documentos talvez não aconteça mais., Hoje, talvez a representação
do PSDB seja engavetada. A presidente
Dilma Rousseff já foi cassada pelo
Senado. O vice foi empossado e os protestos “fora Temer” estão ficando cada vez mais violentos. Os protestos são minimizados pelo novo mandatário do país –
com razão - que os considera atos de
vandalismo com destruições e vandalismo
de toda ordem porque o TSE não conseguiu
até hoje concluir a análises de documentos e talvez não o faça mais. O fato
desejado desde a reeleição em segundo turno de Dilma Rousseff de tirá-la do
poder já foi alcançado: de a presidente foi
cassada. O seu então vice foi empossado e não ocorreram novas eleições como os
eleitores desejavam.
O que se discute agora é a legitimidade
ou não do desmembramento da cassação de Dilma Rousseff com a manutenção de seus
direitos políticos intactos, mas até nesse ponto entendo que o TSE também foi
culpado, tanto por omissão como por conivência de seus próprios interesses
corporativos. Constitucionalmente, a decisão da casa não poderia à priori
poderia ser contestada, garante um ato da presidência do Senado. Essa, porém, será outra discussão para quem faz e aplica as leis
do Brasil, que estão cada vez sendo mais desrespeitadas e deixando professores
de Direito Constitucional de cabelos em pé por não saberem o que ensinar para
seus alunos, como muito bem se manifestou o ex-professor Raimundo Silva, da
Ufam, que depois de muito estudar e ser um dos brilhantes oradores, se
perguntou se ele teria perdido a aula que determina constitucionalmente que a
perda do mandato eletivo implicaria também e diretamente na perda dos direitos
políticos para exercer cargos públicos.
Diante de tudo isso, o TSE seria
culpado por todos os atos de baderna que ocorrem no Brasil. O seu presidente
Gilmar Mendes afirmou que dificilmente o julgamento a representação do PSDB
contra da chapa Dilma Rousseff/Michek
Temer seria julgado pela corte no primeiro semestre do ano de 2016 e talvez
não seja mais também no segundo....embora
a Nação espere uma resposta do Tribunal Superior Eleitoral, que dificilmente
terá porque um silêncio sepulcral se criou sobre o assunto e ninguém fala mais
nada, infelizmente.
Então, os protestos ordeiros pedindo “Fora
Temer” são legítimos porque a troca de um pelo outro não resolveu os
problemas estruturais deixados pela ex-presidente em seu segundo mandato...
Fato triste porque mostra que tudo não passou de de interesse entre eles
ResponderExcluirParabéns Carlos Costa pela sua crônica.
ResponderExcluirEstamos todos preocupados com o futuro do nosso povo!
Enquanto a farsa dessas urnas eletrônicas não for desmascarada não poderemos dizer que existe democracia no país sejam quem forem os eleitos.
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