sexta-feira, 23 de setembro de 2016

MUDANÇA...QUE MUDANÇA?

 

Gramaticalmente, mudança” significa: o ato ou efeito de mudar, de dispor de outro modo. É um substantivo feminino. Metamorfose, ainda gramaticalmente escrevendo, é um tipo de mudança de uma coisa ou de um ser em outro, com a transformação da forma que passam os insetos e batráquios durante o período de seu desenvolvimento. No sentido figurado, metamorfose é a mudança no estado ou no caráter de uma pessoa, é a transformação física ou moral. (https://www.significados.com.br/mudanca/)

“Mudança” é a palavra mais ouvida nos discursos da maioria dos candidatos a prefeito e vereadores de Manaus, que começou morna, mas um evento de percurso na área de saúde envolvendo apoiadores de um candidato poderá mudar ou não o cenário político. Quem administra a cidade, apresenta  “uma cidade digital”, que já estaria em andamento, sendo implantada.  A “cidade digital”  interligaria os principais serviços públicos municipais (consultas médicas, horário de ônibus, serviços de energia elétrica etc..). Contudo, esquece que nem todas as pessoas possuem acesso à internet, embora usem aparelhos celulares, com cartões pré-pagos. Seria mudança?  Quase colado ao candidato que administra Manaus  correm outros oito outros candidatos.  Só dois irão para o segundo turno e só um terá condições de dar seguimento à continuidade ou realizar as mudanças que o povo tanto deseja, mas não tenho certeza se quer mesmo. Pelo menos em algumas pesquisas de intenções de votos,  um deles estaria disputando voto a voto,  também fala em mudanças e anuncia quase as mesmas coisas, mas com outro nome. Sem poder ser totalmente desprezada, não acredito em pesquisas. Elas só apresentam uma tendência do eleitor. Acredito em votos silenciosos!

O atual prefeito se aceitou uma estranha aliança nacional e recebeu em sua chapa um ex-“garoto propaganda” do candidato a governador da época. Depois, se aliou a um atual senador pelo Amazonas no programa em canal aberto de TV, muito popular,  “Exija seus Direitos” e foi ficando, ficando e se elegeu três vezes deputado estadual e cumpre o seu primeiro mandato de deputado federal. Isso seria mudança? Mudar é salutar, necessário e imprescindível, mas exige coragem, impõe desafios e implica em mudança comportamental na sociedade. A maior mudança deve ser feita primeiramente na mente dos eleitores. Mudar implica em variáveis e nem todos aceitam  bem os riscos da mudança desejada e necessária. Mudar para o nada é melhor não mudar nada! Essa é a questão central. A primeira coisa que precisa mudar são as coligações partidárias que prejudicam a equidade do tempo de uso da TV e rádio nos horários eleitorais gratuitos. Sem essa mudança, nunca haverá tempo igual para todos os candidatos e, portanto, será a prática de uma democracia “meia boca”. Mudanças precisam ser feitas no Código Eleitoral e atingirão o campo político: o fim dos suplentes de senadores sem voto, a criminalização do uso de Caixa 2 em campanhas eleitorais. Essas seriam, em tese,  as mudanças aguardadas pelos eleitores! Mas será que os deputados federais, vão aceita-las? No mínimo, que o tempo de TV e rádio, fossem iguais para todos, já seria um sinal de mudança verdadeira!

Manaus da era digital ainda vive em meio a alguns fantasmas históricos do passado de abandono: um porto de barcos regionais que data do século XVIII e foi ficando, ficando, enterrando dinheiro público com seguidas obras com nomes de revitalizações e outros nomes que inventaram para gastar dinheiro do contribuinte. Outra é a Estação Rodoviária de Manaus, inaugurada pelo prefeito José Fernandes de Oliveira, em pleno século XX, mas da mesma forma abandonada e uma vergonha para quem desembarca na cidade pela primeira vez. Tanto o Porto como a Rodoviária foram ficando e ficando como  provas das duas maiores vergonhas da cidade, capital da Zona Franca, a chamada capital do Norte que cresceu muito e se desenvolveu pouco em diversos campos da vida social e humana,  sem falar no excesso de ruas esburacadas nos bairros, calçadas desniveladas, esburacas e sem  muito cuidado e etc.

No dia 2 de outubro, as urnas falarão e eu acredito em uma mudança verdadeira, sem contaminação e resquícios de um passado recente do Brasil de “sargenta” PM e “oficiala” de Justiça, do TJ/Am como querem se fazer passar duas candidatas  ao posto de vereadores de Manaus que também assassinaram a gramática, como o fez por decreto,  a ex-presidente Dilma Rousseff!  As urnas silenciosas falarão, depois de abertas. Eu acredito!

2 comentários:

  1. Embora concorde com a linha do raciocínio devo acrescentar que a mudança nem sempre é sinonimo do melhor fazer. A continuidade do anseio popular em projetos já esperados a anos pode isso sim em verdadeira mudança.

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