O Amazonas cresceu 16,3% no último ano. São dados do IBGE. Só ficaram à frente do Estado, os de Santa Catarina e de Goiás!
Com esse crescimento, começou a faltar mão-de-obra qualificada!
Na presidência da Comissão Estadual de Emprego por duas vezes, em dois mandados intercalados, mandei expediente para o então governador do Estado, Amazonino Mendes, com cópias para todos os presidentes de Federações, pedindo apoio à criação de Escolas Profissionalizantes em galpões de indústrias fechadas pela crise, pois já previa que isso iria acontecer um dia! Não obtive respostas de nenhum dos signatários! O secretário de educação que recebeu o expediente, na época, Vicente Nogueira, achou o projeto muito bom, interessantíssimo, mas não o implantou!
Hoje, a realidade está instalada! E o pior é que não temos muitas saídas. Estamos com necessidade de mão-de-obra desde pedreiros a engenheiros. O Brasil cresceu demais sem estar preparado para isso! Hoje, o Amazonas disponibiliza 4 mil vagas só na área da Construção Civil e não consegue preenchê-las. Até domésticas estão em falta. Pasmem!
Na época do então Secretário Estadual do Trabalho, Lupércio Ramos, o Conselho Deliberativo do FAT – Fundo de Amparo ao Trabalhador – Codefat, destinou mais de 5,7 milhões de reais para treinar mais de 46 mil trabalhadores em cursos com duração de no máximo 6 horas de duração. E o então Secretário, fazendo mágica, conseguiu cumprir a meta de treinamento. Depois disso, o Codefat foi achatando cada vez mais os recursos para o Estado e hoje o valor não passa de 10% do valor inicial.
Como então presidente da Comissão Estadual de Emprego sempre combati esse tipo de curso. O Codefat mudou essa regra. Hoje, os cursos são, em média, de no mínimo 200 horas. Mas áreas a que os recursos são destinados continuam fora de foco do mercado de trabalho!
Infelizmente o Governo do PT, ao assumir a Presidência da República, criou uma Comissão Nacional para propor políticas públicas de Trabalho, Emprego e Renda, da qual fiz parte, mais ela morreu no nascedouro e deixou de executar alguns programas que tinham dado certos no Governo FHC. Também o Governo do PT “matou” o programa Serviço Civil Voluntário – SCV, um dos que tinham dado certo, criando em seu lugar o programa “Jovem Cidadão”, que é igual ao SCV, que tem problemas técnicos e metodológicos e não atende efetivamente aos que a eles se destinam.
Agora, fala-se na criação de um novo projeto, que visa empregar jovens. Esse projeto está entre o primeiro emprego e o estagiário de nível superior. O jovem não precisa de nada disso! Eu, por exemplo, fui formado em magistério na adolescência e consegui emprego. Minha esposa, se formou no antigo curso técnico de secretariado, equivalendo ao nível médio, e também conseguiu passar em um concurso público.
Portanto o que o jovem precisa, mesmo, é da volta dos cursos técnicos profissionalizantes ou tecnológicos; precisa é de mais Escolas Técnicas! Nada mais do que isso!
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