Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) nascida em Videira, Santa Catarina, no dia 29 de junho de 1961, Senadora pelo Amazonas. Em Manaus, foi professora da rede estadual de ensino de 1984 a 1988. Carlos Eduardo de Souza Braga (PMDB-Am) natural de Belém do Pará, nascido em 6 de dezembro de 1960, Senador pelo Amazonas. Alfredo Pereira do Nascimento, nascido em Natal, no Rio Grande do Norte (PP-Am), Senador pelo Amazonas. Além de Vanessa, que militou por anos nos movimentos estudantis, dos outros pouco se sabe, só que Eduardo Braga é formado em engenharia elétrica pela UFAM. De Alfredo Nascimento, só se tem conhecimento de que era o braço direito do atual prefeito de Manaus, Amazonino Mendes, depois de deixar o posto de cabo “Pereira”, na Aeronáutica!
Sabem o que todos esses políticos têm em comum? A resposta é simples: todos nasceram fora do Amazonas, mas fizeram carreiras políticas no Estado e foram eleitos Senadores pelo Amazonas para falar e representar nosso Estado! Eduardo Braga tem como desculpa que a sua família veio morar no Amazonas quando ele ainda era pequeno! Mas os outros que chegaram aqui de paraquedas. O que dizer? Em outros Estados, excetuando Macapá, quase não se tem representação no Senado.
Ah, que saudades tenho de senadores nascidos e criados nas barrancas dos Rios Negro ou Solimões! Ah, que saudades tenho de um Carlos Esteves, que repesentava a “terra do Guaraná”, onde nasceu, viveu e despontou para a política; Álvaro Maia, que defendia Humaitá, Jefferson Péres, com seus dicursos sempre coerentes, Fábio Lucena, com seus pronunciamentos panfletários, João Bosco Ramos de Lima, sempre coerente e coeso, todos de saudosa memória, Arthur Virgílio Neto, nascido em Manaus em 15 de novembro de 1945, político e diplomata de carreira, um dos últimos políticos do Amazonas a ser “sacado” do Senado! Uma pena!
No ano de 1965, o então senador Arthur Virgilio, combatendo o Ato Institucional número dois, pronunciou-se: “Que nos fechem hoje, mas com o povo que nos assiste ao nosso lado; e não nos fechem amanhã, ingloriamente, com o aplauso do povo brasileiro, como aconteceu em 1937." O Ato Institucional número dois, ou simplesmente AI-2, como ficou conhecido, baixado pelo governo militar no dia 27 de outubro de 1965, como nos informa no site wikipédia, em uma resposta aos resultados das eleições que ocorreram no início daquele mês. Ainda de acordo com o wikipédia, “seguindo a estratégia delineada pelos militares anterior a 31 de março de 64, foi necessária a edição de mais um AI, pois a Constituição de 1946 era incompatível com o regime de exceção que estava sendo adotado”.
Para os militares da época “era destestável a eleição de Israel Pinheiro ao Governo de Minas Gerais, assim como a vitória de Negrão de Lima na eleição da Guanabara”, então um Estado.
Completa o site wikipédia: “com o AI-2, o Poder Judiciário sofre intervenção direta do Poder Executivo. Dessa forma, os julgamentos das ações dos “golpistas” deixaram de ser competência da justiça civil, a legislatura passa a ser uma causa própria, o Estado entra num regime de exceção ainda mais excludentes dos direitos individuais do cidadão”. conclui.
O Artigo 33 do AI-2, diz textualmente: “O presente Ato institucional vigora desde a sua publicação até 15 de março de 1967, revogadas as "disposições constitucionais ou legais em contrário."Completa o site wikipédia: “com o AI-2, o Poder Judiciário sofre intervenção direta do Poder Executivo. Dessa forma, os julgamentos das ações dos “golpistas” deixaram de ser competência da justiça civil, a legislatura passa a ser uma causa própria, o Estado entra num regime de exceção ainda mais excludentes dos direitos individuais do cidadão”. conclui.
O certo mesmo é que “os 180 anos do Parlamento Brasileiro, em que governos avessos à representação popular fecharam o Congresso cinco vezes, e em que, nesses períodos, mandatos foram cassados e parlamentares enviados para o exílio, entre os cassados estava o Senador Arthur Virgílio Filho, que fez um emocionado e célebre discurso contra o governo militar”.
Três gerações da família Arthur Virgílio, que veio do Nordeste e no Amazonas criou e educou seus filhos, se enveredou pela política do Amazonas. O primeiro, foi o desembargador Arthur Virgílio do Carmo Ribeiro, depois o Senadar Arthur Virgilio do Carmo Ribeiro Filho e, recentemente, não foi reeleito para o senado, Arthur Virgílio Neto. E todos eram nascidos e criados no Estado e conheciam muito bem dos problemas que precisam ser resolvidos. Agora, ninguem sabe o que vai acontecer!
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