Todos nós, seres humanos, cometemos “gafes” em velógios. Eu mesmo já cometi algumas como cumprimentar com “felicidade” ou “parabéns” em alguns. Tenho que me policiar muito para não cometê-los, mas sempre ocorre!
Nada disso é comparado, entretanto, à “gafe” que minha esposa cometeu no velório de um de seus professores da Faculdade de Direito. Estavam ela, Yara Queiroz, e seu amigo Aurilúcio, hoje servidor público da Justiça Federal, dirigindo-se ao velório.
O corpo do professor estava sendo velado em uma funerária que tem uma matriz e uma filial. No entanto, minha esposa, na época minha namorada, deslocou-se para a funerária da Av. Joaquim Nabuco, acompanhada de seu colega, a fim de velarem o corpo.
- Aurillúcio, você não está achando estranho que vários colegas nossos ficaram de vir também ao velório e nenhum deles esteja aqui? –perguntou minha esposa ao amigo com que ela se acompanhava.
Não sei se ele respondeu. Talvez tenha dito apenas um “é, sim”, mas não posso afirmar isso com certeza.
Entraram, cumprimentaram uma a uma todas as pessoas presentes. Só depois que tiveram a curiosidade de se aproximar do “de cujus”, devidamente acomodado no caixão e perceberam que estavam pranteando o “corpo” errado, ao tempo em que, in continenti, perguntaram, discretamente, de quem era o velório.
Para a surpresa de ambos, o velório encomendado naquele local era de outra pessoa. Embora fosse também de um homem, não era o professor deles mas, coincidentemente, sim, o corpo velado era do pai de uma colega de trabalho de minha esposa. Ela, contudo, não perdeu o rebolado: também, juntamente com seu colega Arilúcio, apresentou os pêsames à colega, como se tivesse lembrado da morte e do velório do pai de sua colega de trabalho. E ainda tinha levado um colega da Faculdade, que nem conhecia o falecido; muito menos, familiares dele!
Desconsertos à parte, após cumprirem as formalidades pertinentes de despedidas, então, os dois rumaram para o velório do professor. Agora, no endereço correto.
Encontraram vários colegas de Faculdade e concluíram que não havia mais nenhuma dúvida: era o valório do professor deles.
É como eu costumo dizer: “gafes todos nós cometemos, o difícil é assumí-las”!
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