Para se fazer um edifício educacional com uma base edudacional estabilizada, firme, nada se constrói, iniciando-se do teto para o chão! Começa-se pelo alicerce, ou seja, dá-se ao aluno um maciço conhecimento sobre o qual se assentará a construção. Com uma base de apoio consciente e responsável, certamente teremos êxito na continuação da obra, nas etapas dos trabalhos futuros. Mas tudo começa na base de apoio, ou seja, nas primeiras séries de estudo!
Na educação é preciso se fazer como se faz na construção de edifícios, começando pelas fundações, erguendo as colunas, vigas de sustentação para depois se fazer a completa edificação da educação que se deseja no e para o Brasil.
Mas parece que o país não sabe disso ou ainda não aprendeu isso!
Começo minha crônica desse modo, mas estou me referindo à humilhação e ao espancamento de professores na cidade de Fortaleza! Na “casa do povo” apanharam só por exigirem se fazer presentes na galeria “do povo” por ocasião da votação de um projeto de Lei, definindo um piso salarial que lhes interessava diretamente.
Educação, um dever do Estado e da sociedade , simplesmente foi deixada de lado por um “bem maior”, o Estado que arrecada muito, gasta mal e não tem dinheiro para pagar um piso salarial decente a uma categoria profissional tão importante à construção do alicerce nacional do Brasil! Educação não é brincadeira, não!
A base da educação, o bom ensinamento nas primeiras séries escolares, é o que conduz o aluno a futuros brilhantes ou mediocres, definido no dicionário “aquele que está entre o grande e o pequeno, o bom e o mau”. O mercado de trabalho exclui inpiedosamente o “pequeno e o mau” e escolhe sempre “o grande”; exclui a mão-de-obra despreparada, desqualificada, sem cultura. Onde vamos parar?
E os professores do Brasil, dos níveis universitários até o mais elementar fazendo greves, parando aulas, interrompendo carreiras que poderiam ser brilhantes, repondo aulas inclusive aos domingos e massacrando os alunos, as crianças, o futuro desse Brasil.
A “construção”, iniciando-se do teto ao chão, parece que contaminou o país, de Norte a Sul. Recordem de outros exemplos: as implantações da Lei Maria da Penha, do ECA – Estatuto da Criança e do Adolescente, o novo Código Penal que impôs ao Estado uma séria de exigências e várias outras “reformas” que começam sempre de cima para baixo. Onde vamos parar? O que mais ainda resta “reformar”?
Como professor aposentado por invalidez do curso de Serviço Social no Amazonas, defenderei sempre a construção de fundações, de base, de alicerce, de colunas, de vigas para se depois concluir a construção. Esquecendo-se sempre dessas coisas elementares de qualquer obra, a Educação é mais um instrumento na mão dos políticos que só querem saber dos votos e de espancar professores!
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