Bolsas de qualquer tipo como um meio de incentivar à sociedade a buscar um caminho próprio para a sobrevivência, aceito e não discuto. Mas precisam ser colocados outros critérios que não só os atualmente são exigidos, como curso profissionalizante para o membro adulto da família – esposa ou o marido – como uma das condições para recebê-lo. Essa seria uma medida eficiente para suprir o mercado de trabalho de mão-de-obra. Hoje, as bolsas estão sendo o único meio de sobrevivência para muitas famílias que não buscam alternativas de trabalho para viver com renda própria.
Como afirmou Fred Dangelo Valente, cursando o último ano de medicina, membro de uma tradicional família de políticos, neto do ex-prefeito de Eirunepé, Amaury Thomaz, pelo facebook, “distribuição de bolsa família, auxilio gás no ponto de vista social é muito bonito; mas no ponto de vista real, serve como uma ferramenta para manter o povo menos instruídos no cabresto”.
Sobre a afirmação de Fred Dangelo Valente, publiquei crônicas no blog carloscostajornalismo.blospot.com, abordando o tema, inclusive uma que titulei de “A miséria reprodução a miséria e elege os políticos”, detalhando mais o assunto, além de outras.
Fred acrescenta: “...discursos.... políticos dizendo que vão ampliar esses projetos sociais, para mim, incentiva burrice e aumenta ainda mais a pobreza”. Mudei um pouco as palavras do crítico porque, o que Fred Valente escreveu textualmente foi apenas “...pra mim, é incentivar a burrice e aumenta a pobreza”.
Definindo um pouco mais o comentário do futuro médico Valente literalmente, afirmo que além de incentivar e aumentar a pobreza, numerosas famílias viverem em função dessas bolsas e pessoas estão deixando de trabalhar, buscando uma qualificação que lhes permitiria ingresso no mercado produtivo de trabalho através de curso profissionalizante; apenas ficam produzindo filhos! Até aonde vamos com isso?
Como assistente social e jornalista, entendo que o oferecimento de bolsas famílias, gás ou qualquer outro tipo de bolsa social, deva ser apenas como um meio de suprir as necessidades em busca de uma qualificação e, não, de um fim em si mesmo. É preciso incluir outros critérios, como educação profissionalizante às mães e pais, frequência escolar e permanência na Escola, além da obrigatoriedade de registro de nascimento.
Hoje, está faltando mão-de-obra no mercado, tudo porque existe quilométrica distância entre o que o Governo quer que seja feito em seus programas sociais e o que a sociedade está entendendo por esses benefícios governamentais.
Enquanto o Governo deseja retirar pessoas da extrema pobreza, famílias inteiras desejam permanecer nessa condição porque é melhor para elas e têm certeza que produzir filhos em série, sem estudar, entrar no mercado de trabalho através de cursos profissionalizantes, técnicos ou pós-técnicos simplesmente, será sempre mais vantajoso e garantido contra o possível desemprego.