quinta-feira, 6 de abril de 2017

NÃO SE PODE COBRAR O QUE NÃO SE OFERECE!


Enquanto os bancos suíços devolvem dinheiro de corruptos envolvidos no Brasil, com a operação “Lava Jato” e aumentar suas fiscalizações por lá, mais me convence que a sociedade coletiva-política de um país não pode cobrar nada que não oferece como exemplo à classe política. Sendo o Brasil, um país com a formação social igualitária, democrática, o erro coletivo de poucos se reflete e obriga a todos a arcar com as consequências dos erros individuais. Como também não praticamos e damos péssimos exemplos de cidadania, todos pagam a conta em nome de poucos. Contudo, esses poucos exercem cargos de importância na política e comandam a nação sem moral para cobrar bons exemplos de ninguém.

Recordo dos japoneses com sacos na mão retirando todo o lixo deixado em um Estádio, durante a realização de um jogo da copa do Mundo de 2014. A sociedade brasileira jamais será igual à sociedade japonesa, mas poderíamos dar pequenos exemplos de respeito aos estacionamentos de demarcados para idosos e respeitar seus direitos, não furando sinal vermelho, não pagando “flanelinhas” para “reparar” carros estacionados em via pública na  rua, não dar esmolas aos mendigos. Uma sociedade justa não deve fazer nada disso e ter moral para cobrar ações honestas de políticos, que representam um extrato da sociedade que lhes cobra exemplos de honestidade. Não se pode dar o que não existe!

O embaixador da Suíça no Brasil, André Regli, garante que seu país não é mais um lugar seguro para se guardar dinheiro de origem não declarada, como já fora no passado, com contas secretas.. Segundo ele, desde 2008, sob pressão do G-20, a Suíça mudou as regras de sigilo bancário e decidiu colaborar com investigações criminais sobre corrupção. O exemplo mais eloquente seria a Operação Lava Jato. “Quem tem dinheiro sujo pode tentar buscar  em qualquer outros lugar, menos em bancos suíços”, afirmou o embaixador em entrevista exclusiva ao GLOGO. (http://oglobo.globo.com/brasil/a-gente-nao-quer-mais-dinheiro-sujo-na-suica-diz-embaixador-20625619#ixzz4dTm6u91n ). Já é um bom começo, mas é uma pena que resistiu tanto tempo à colaborar com investigações. !


Diante disso, não me sai da cabeça a frase do jornalista Paulo Frances, denunciando que os bancos suíços, estavam servindo de lavanderia para os diretores da Petrobras. Ele tinha total razão!

3 comentários:

  1. Jose Saores Olveira6 de abril de 2017 às 10:34

    Muito bom Carlos

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  2. Caro mestre Carlos Costa, é bem interessanrte a abordagem de suas palavras. Creio que a EDUCAÇÃO é a palavra chave... Alias, a única "classe" que não faz referencia ao se dirigir ao Imperador dos Jaboneses, são os professores... E aqui? Saõ mal remunerados e nãol são respeitados... Uma boa noite e um abraço amigo.

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  3. Prezado Carlos, sobre o exemplo dos japoneses, o fato é que os católicos que foram ver o Papa Francisco na Jornada Mundial da Juventude aqui no Rio de Janeiro também limparam tudo na praia. Então pelo menos quem é católico convicto sabe dar o bom exemplo mesmo sendo brasileiros. Mas seu artigo é muito certo. A lava-jato tem de continuar mesmo que o pessoal do Congresso esteja conspirando contra ela. Convido ler minha homenagem

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