O caboclo Francisco Saldanha
Bezerra, nasceu em um seringal Vista Alegre, no Município de Canutama,
nas barrancas do Rio Purus, em 1944. Foi cartorário em seu município, veio para
Manaus, novo, casado para criar seus filhos na capital do Estado em busca de
melhorias e conseguiu ingressar na área de transporte coletivos, sendo
proprietário de duas empresas, a Santa Luzia e Santa Lucia, ambas cassadas. O
ex-deputado federal e empresário de transportes coletivos no Pará Mário
Martins, veio a Manaus para prestar-lhe solidariedade pessoalmente. Trabalhamos
e sonhamos juntos de 1979 a 2006. Muitos sonhos os tornamos realidade, como
escreveu pela primeira vez o poeta Miguel de Cervantes e depois outros foram
adaptando-o para cada realidade analisada.
Substitui Jerson Aranha, de “A
NOTÍCIA”, que fazia a assessoria na APETRAM, (Associação)
com o falecido empresário de transportes Manoel Vieira da Costa. Ao
substituí-lo, Francisco Bezerra o transformou em SindicatoSINETRAM e
chegou à Federação FETRANORTE. Depois de criado o SEST/SENAT pelo
ex-presidente Itamar Franco, virei técnico no Conselho Regional Norte por algum
tempo e, em 1977 inauguramos a Unidade SEST/ SENAT 12 em Manaus, que
mais tarde, passou a se chama apenas “Unidade Francisco Saldanha Bezerra”,
onde fui diretor por 12 anos até ser aposentado por invalidez. O trabalho da
fundação dos sindicatos necessários à criação daFETRANORTE foi
desenvolvido pelo falecido Aviz do Amaral Valente, que
viajou e os fundou na Região Norte.
Vibrou ao saber que o SESI por
questões econômicas não aceitou e o SEST tinha sido convidado
pela então Secretária do Trabalho e Bem-Estar Social, Marise Mendes aceitou
realizar o Projeto Social Serviço Civil Voluntário,destinado a
jovens de 18 a 21 anos, em risco social. Ao convidar o SEST, avisou que “tinha
pouco dinheiro. Mas, tinha uma bolsa para ser paga aos alunos que
cumprissem algumas obrigações, como voltar à sala de aula e comprovar. O
projeto SCV foi criado no Governo do sociólogo Fernando Henrique
Cardoso. O SEST permaneceu realizando o projeto SCV até final de dois
mandados do Governo FHC. Sonhamos e vivemos e realizamos juntos muitos projetos
sociais em benefício do povo carente. Do ser humano Francisco Bezerra,
nunca esquecerei do dia em que demitido da função deSuperintendente do Sinetram e
sem receber a indenização, o procurarei para pedir algum dinheiro emprestado.
Era para comemora o Natal. Pediu-me para entrasse em seu carro.
Trocaria em posto os CR$ 50,00 reais que tinha na carteira e me daria CR$
25.00. "Isso resolve?"
Bezerra sonhou
governar o Amazonas e trabalhar pelo social. Acreditava e acredita no ser
humano e por isso viu no Projeto SCV, a oportunidade ideal de começar a fazer
algo em prol dos carentes. Pensávamos juntos e elaborava e executava o projeto
social de intervenção. Ah, presidente Bezerra, de todos os projetos iniciados,
talvez o único que talvez, não conseguirá realiza-lo será o de governar o seu
Estado. Mas, já entrou para a história do Amazonas. Depois da
mudança de nome Unidade 12 da Unidade SEST/SENAT para “Unidade
Francisco Saldanha Bezerra”, todas Unidades inauguradas na Região
Norte, receberam nomes de empresários dos modais de transportes.
Linda história de vida.
ResponderExcluirUm abraço do Além-Mar
Boa tarde! Estou fazendo uma pesquisa a nível de mestrado sobre o Velódromo Álvaro Maia, e gostaria, se possível de saber onde o encontro o sr. Francisco Bezerra. Agradeço desde já, meu e-mail: kellymattos_am@hotmail.com
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