sábado, 14 de maio de 2011

DOIS PLANOS, DOIS PRESIDENTES E QUASE DUAS MENTIRAS

Dois mirabolantes planos; dois presidentes eleitos pelos seus antecessores; duas inverdades e várias mentiras. Todas se misturando e produzindo um angu de caroço.
Primeiro, o ex-presidente Itamar Franco criou, implantou e produziu o “Plano Real”, gestado por vários economistas e entregou o comando, a condução e a opção política ao ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que o explorou livremente e se elegeu. Está certo que depois de vários planos fracassos para conter a galopante inflação, o “Plano Real” deu certo e FHC foi eleito e reeleito.
Depois de viajar pelo Brasil, o ex-presidente Luiz Inácio “Lula” da Silva, gestou o Plano de Aceleração de Crescimento – PAC, talvez só para eleger Dilma Rousseff.  Ela assumiu a presidência no dia 1 de janeiro e já no dia 19 do mesmo mês, a inflação que tanto preocupou os brasileiros, voltou a dar suas caras por aqui.
Os dois planos serviram para eleger os dois candidatos; mas o “Plano Real” foi o que conseguiu “matar” e “extirpar” de nosso meio o temível “câncer” da inflação, época em que se depositava dinheiro na Caderneta de Poupança com a doce ilusão de que ele renderia bem. Mas era pura ilusão! A Poupança só fazia mesmo repor a inflação do mês, mas muita gente vivia iludida com isso – inclusive eu – porque a inflação chegou a dar em um único mês, mais de 80%. Isso, quase no final do Governo presidencial de Itamar Franco! “Ôba, fiquei rico”, pensaram muitos! Doce ilusão, como já disse.
Ou seja, se aplicava dinheiro à noite, para acordar no dia seguinte pensando nos rendimentos que tivera durante seu despreocupado sono. A inflação era, e ainda é, a grande preocupação de todo brasileiro, que tem mais de 40 anos, porque a viveu em seus 20 anos, mesmo que não percebendo-a claramente.
Dilma Rousseff, com o PAC, que investiu pesado em construção de casas populares, outro grave problema brasileiro, além de duplicação de rodovias, melhoria de favelas e outras construções, foi eleita Presidente da República e subiu a rampa do Palácio do Planalto para substituir “Lula”.
Sentada na cadeira presidencial, decidiu cortar orçamento de sua “galinha dos ovos de ouro”, ou seja, do PAC que a levou ao poder. Cortaram de outras áreas também, como verbas destinadas às áreas sociais e de segurança pública, só para citar algumas.
Ou seja: foram dois planos apenas eleitoreiros. Com a vantagem de que o primeiro extirpou a temida inflação – os jovens com menos de 20 anos ou até 20 nem sabem o que é isso -, que está voltando lentamente. O outro, o PAC, também eleitoreiro, foi engendrado só para eleger Dilma Rousseff para ocupar o lugar de “Lula”. Ainda está tudo em paz, mais isso não vai demorar muito!

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