O que é verdadeiramente ser um professor, na mais profunda acepção da palavra?
Se alguém pensou que é só entrar em uma sala de aula e transmitir conhecimentos, errou!
Se pensou em planejar, ministrar seus conhecimentos e ser bem remunerado, também errou!
Ser professor é mais do que isso: é um sacerdócio. Planejar, ministrar aulas e receber bem, influencia e muito, e faz parte desse contexto, mas não é tudo!
Quem não guarda na memória aquele professor que ajudou a conhecer as primeiras letras ou nos despertou a vontade de aprender algo novo? Eu ainda lembro há quase 50 anos passados, quando eram suficientes um caderno “brochurão”, lápis, borracha e um apontador para se ir à Escola!
E se aprendia do mesmo modo que se aprende hoje; só que nossos pais gastavam muito pouco ou quase nada, como os meus pais biológicos que, além de analfabetos funcionais, eram também muito pobres!
Sei que como eu, muitos ainda se lembram desses bons anos, quando havia sempre uma palmatória de madeira sobre a mesa da professora de matemática para aplicar os bolos nos alunos que erravam quando havia a famosa “sabatina de matemática”. Era um terror para mim porque sempre a professora pedia para eu perguntar para uma menina que eu paquerava.
Se a aluna errasse, tinha que pegar a mão dela e lhe dar um “bolo”. O lado bom era que eu podia pegar na mão de Claudine, a menina mais paquerada da minha Escola. Mas lhe dava um “bolo” sem muita força. A professora, percebendo isso, aplicava “bolo” nos dois: em mim para aprender a dar “bolo” e, em Claudine, por ela ter errado a resposta. Eu ficava triste nesse momento!
Mas deixarei essas gostosas lembranças para voltar à crônica e a pergunta inicial que fiz: “o que é ser verdadeiramente um professor”?
Já disse que ser professor é ter vocação, preparo, ganhar bem, desenvolver uma boa aula, transmitir conhecimentos, mas tem uma coisa mais importante ainda: é ter amor pelo que faz!
Eu, que já fui professor em uma universidade particular, de pesquisa em Serviço Social, além de outras matérias que meu vasto conhecimento me permitia ministrar, também sempre iniciava minhas aulas contextualizando o porquê dos temas que abordaria em seguida. Ministrava, primeiro, uma aula de filosofia, história e momento político da época para depois entrar no assunto propriamente dito. Embora eu não tivesse qualquer obrigação de fazê-lo.
Acho que era por isso que ministrava minhas aulas sempre com muito prazer, alegria, mas era inflexível na disciplina e cheguei a dar nota zero para uma turma inteira porque passei seis meses ensinando sobre como se elabora um projeto, pois a prova da turma era exatamente a apresentação de um projeto. No dia da prova, recebi dos grupos que formei em sala trabalhos copia de outros trabalhos que conhecia e, alguns, inclusive, eu tinha ajudado a desenvolvê-los.
Quando somos crianças, sempre sonhamos em ensinar aos outros e, na medida que vamos crescendo e conhecendo melhor o mundo, perdemos essa vontade e optamos por várias outras áreas.
O verdadeiro professor, em um futuro não muito distante, não existirá mais. Como também quase todas as outras profissões e carreiras, porque sempre se teve um professor, com paciência, dedicação, carinho para ensiná-las as primeiras letras do A,B,C.
Pais que não da poder ao Professor, não da respeito nem por parte dos governantes , esta fadado ao insucesso... Respeitar professor era o mínimo que s e podia exigir, dos delinquentes que estudam nas escolas publicas
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