Se o carro Land Rover estava com uma velocidade de 75 quilômetros como a apontadou o laudo apresentado pelo Instituto de Criminalista, de forma oficial, ou se estava acima ou a baixo, nada disso importa mais. O mais importante, agora, é que Vitor Gurman morreu na Rua Natingui, em Vila Madalena, Zona Oeste da capital paulista, que tem uma placa de velocidade máxima de 30 km/H, Logo o Vitão, como era chamado, que prestou uma homenagem a um amigo que havia morrido dias antes de sua formatura, também atropelado.
Diante da decisão da família que não aceitou o resultado da perícia oficial e contratou uma perícia independente que apontou que o carro trafegava com velocidade três vezes superior ao que era permitido na rua.
Pelo menos a morte de Vitor Gurman, por um carro Land Rover, dirigido pela motorista Gabriela Guerrero, 28 anos, reacendeu as discussões sobre a presunção de “risco de matar”. Não defendo uma fiança mais elevada para esses casos, mas o simples enquadramento no Artigo 121 do Código Penal, e o julgamento pelo Tribunal do Juri desses motoristas embriagados, inabilitados, que colocam em risco a vida dos pedestres.
Essas histéricas discussões só me dão certeza de algumas: o Estado como autorizador e emissor da CNH tem que ser responsabilizado também pelas mortes cometidas por motoristas embriagados, por essas mortes. Nesse momento a velocidade do Land Rover é o que menos interessa. Se ela estava a uma velocidade de 50, 60 ou 70 quilômetros por hora ou mais, o importante é que qualquer uma dessas velocidades estavam bem acima da velocidade permitida de 30 km para o local.
Que o Land Rover estava em elevada velocidade, ah, isso é certeza. Não fosse isso, o automóvel não teria batido com a roda na calçada, não teria, subido em uma sargeta e capotado em seguida. Se ele estava sendo dirigido pela namorada de Roberto Souza Lima, de 34 anos, Gabriela Guerrero, de 28 anos, nutricionista, também isso é o que menos interessa.
O importante é um corpo ficou estendido no chão, o de Vitor, de apenas 24 anos, que tinha feito uma homenagem para um colega seu. Concluo minha crônica com a frase do pai de Vitor: “Perder um filho, não tem como explicar. Não tem como qualificar a dor que é isso. Não tem remédio para curar esse sofrimento. Eu quero justiça. É a única coisa que eu posso pedir por tudo que aconteceu com meu filho. Eu, senhor Jairo Gurman, me solidarizo com sua dor porque o qur restou mesmo dessa lamentável tragédia foi mais uma corpo estendido no chão, que entrou para as estatísticas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário