Hum mil, quatrocentos e onze professores das redes Estadual e Municipal de ensino estão fora da sala de aula no Amazonas. Essa nobre profissão, tão importante à formação moral e intelectual de qualquer pessoa, como muitas outras, está sendo descartada em uma lata de lixo do besteirol político, da desmotivação, da violência dentro de salas de aula e outros problemas sociais existintes que a modernidade, inconfirmismo e o consumo de drogas colocou dentro das salas de aula junto com os alunos. Em função disso, os dois órgãos gestadores da Educação no Estado, serão prejudicados. Querendo ou admitir!
Aliás, toda vez que falta o professor ou a catagoria entre em greve prolongada, mesmo que motivada, o calendário sempre é alterado para recompor as aulas não ministradas. Como aluno de Serviço Social, devido as constantes greves de professores na Ufam – Universidade Federal do Amazonas, sempre pelos mesmos motivos – salário, melhoria das condições de trabalho e melhoria na educação, ficávamos sem férias ou tinhamos férias mais curtas. E nunca vi melhorias em nada; apenas nos salários!
Fui aluno, fui professor , por quatro anos em uma Escola Estadual, ministrava a disciplina de língua portuguesa, gramática e literatura do Amazonas. Há anos, já sofria ameaça de agressões físicas, de faca, de outros instrumentos porque gostava de ensiná-los bem a todos os alunos, principalmente na parte gramatical. Ganhava mal, muito mal, mas gostava do que fazia. Depois, fui ministrar aulas em uma Faculdade, desmotivado mas agradecido por mais uma vez realizar o que mais gostava de fazê-lo: repassar meus conhecimentos. Hoje sou aposentado por invalidez.
Digo que professor não ensina. O professor só orienta e o aluno quem aprende. Como, então, que os alunos não serão prejudicados se não possuem professores? Expliquem-me isso!
Sinto orgulho quando um ex-aluno da Escola Estadual ou da Faculdade me procura para agradecer pelas aulas que lhes ministrava. Sinto tristeza, porém, é saber que a maioria dos professores ainda enfrenta os mesmos problemas que enfrentava há mais de quinze anos atrás, e sempre pelas mesmas razões e motivos. É uma pena mesmo!
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