Para o deputado estadual do PT, Sinésio Campos, filho de Santarém
A emoção tomou conta de mim, mas não chorei e nem inundei de lágrimas o encontro de águas verdes do Rio Tapajós com as do Rio Amazonas, nem atrapalhei a pescaria de peixes que desfilam em frente a cidade, capturados em bóias de pneus que descem ao sabor da correnteza na cidade de Santarém.
A emoção tomou conta de mim, mas não chorei e nem inundei de lágrimas o encontro de águas verdes do Rio Tapajós com as do Rio Amazonas, nem atrapalhei a pescaria de peixes que desfilam em frente a cidade, capturados em bóias de pneus que descem ao sabor da correnteza na cidade de Santarém.
A linda música “Um poema de Amor”, composição de Wilson Fonseca, interpretado na voz de um cantor local, foi a responsável por quase não me fazer chorar e poluir belezas tão enigmáticas e pouco exploradas em termos de turismo: a cultura local!
Eu e minha esposa Yara não desfrutamos como desejávamos, do belíssimo cartão postal da cidade, o Alter-do-Chão com praias que surgem como por encanto e que são beijadas pelas águas negras de um braço de rio, formando uma beleza que impressiona aos olhos e ao coração, com suas barracas fincadas na praia no meio do rio.
Mas o amigo empresário de transportes coletivos da cidade, Gonçalo Ferreira Lima Filho, também homenageado, me convidou para voltar e prestigiar a Festa do Sairé, a mais antiga manifestação popular do Estado do Pará, remetendo aos tempos da colonização do Brasil, misturando temas religioso e profano, com a morte e ressurreição do botos Tucuxi e Cor-de-Rosa, em um espetáculo de fantasias e alegorias, repetindo o que os índios Tupinambás fizeram para saudar aos portugueses colonizadores. A festa deverá receber mais de 100 visitantes do dia 13 a 17 de setembro.
Ficamos hospedes no hotel Amazônia Boulevard, na Avenida Mendonça Furtado,homenagem a um administrador português também conhecido por “Xunbergas”. Vieram nos buscar para a festa em um salão interno do SEST/SENAT, presente em todo o Brasil, pertencente ao Sistema “S”, comandado pelo incansável presidente Clésio Soares de Andrade, tendo como diretor do Conselho Regional Norte administrador de empresas Francisco Saldanha Bezerra e na administração local a administradora de empresas Grece Lane Melo.
Na homenagem, ouvindo a música “Um poema de Amor”, de Wilson Fonseca, interpretada na voz de um cantor local e outras músicas de compositores nascidos em Santarém, terminando com o tradicional carimbo, a mais extraordinária manifestação da cultura artista paraense, criada também pelos índios Tupinambás, misturada com batuque de escravos e influência lusitana que contagiava até aos colonizadores portugueses, dando-lhe uma melhor perfeição, fiquei pensativo e idealizando essa crônica.
Como disse, controlei muito a emoção para só derramá-la, talvez, em minha volta para prestigiar a “Festa do Sairé”. Dessa vez, tentarei controlá-la também dentro de meu peito, brigarei com meu coração para que não me traia e me permita pelo menos aplaudir a manifestação da cultura de Santarém, que ainda não conheço. Mas como um simples anônimo, conheci e gostei de ver a pescaria de peixes na orla da cidade que leva à Igreja Matriz e, antes, a um museu de história, onde está o registro que o município foi um dos primeiros da Região Norte a receber “O vapor de terra” de um padre Italiano, dando surgimento do ônibus no Brasil.
Adorei! Emocionei-me, mas não chorei para não poluir com minhas lágrimas o majestoso encontro das águas verdes do Rio Tapajós com as negras do Rio Negro. Terei pelo menos a consciência de que os moradores de Santarém continuarão sendo alimentados com os peixes pescados em bóias e malhas que deslizam ao sabor do vento e desfrutarão de suas lindas praias que todos os anos emergem como por encanto de boto do fundo do Rio Tapajós.
Ajustando a magnífica poesia da letra da música “Um poema de amor”, parodiando-a com a licença do genial autor para dizer ”...e quando a Festa do Sairé chegar, o cronista escreverá...sua história de amor com o esplendor do lugar e a beleza de Alter-do-Chão”.
caríssimo amigo
ResponderExcluiro reconhecimento é uma forma maravilhosa de expresssar a importância que o senhor tem.
fiquei feliz, profundamente feliz com tudo isso que lhe aconteceu.
Receba meu abraço com carinho neste dia.
Boa noite Carlos!
ResponderExcluirFiquei super feliz com sua visita.
Vim conhecê-lo e gostei do que encontrei aqui.
Amei te ler! Estarei passando sempre pra uma visita.
Abraços e uma semana abençoada pra ti.
Carlos, meu querido amigo, você é tão amado que merece todas as homenagens que lhes são conferidas...
ResponderExcluirLembro da sua viagem a Santarém no ano que passou e da sua alegria por todos os momentos de carinho que desfrutou!
Párabéns, mais uma vez!
Adelaide Reys
deve ser um show da natureza este magnifico encontro.
ResponderExcluirtécnicos do Instituto Mineiro de Agropecuária, destinado a fazendeiros criadores de gado. Fiquei lá cerca de dezoito dias hospedado no hotel Mocorongo, que segundo tive informação não existe mais. Era um hotel muito simples e dava com os fundos para o Rio Tapajós. A cidade dividias em três partes: prainha, remanço e ... Visitei alguns dos maiores fazendeiros da região, como os Correias, por exemplo, e conheci na ocasião o historiador Raimundo dos Santos, que deixou uma obra em seis volumes sobre a cidade de Santarém. Tive a oportunidade de conversar com ele algumas vezes sobre a cidade. Também visitei o Colégio Dom Amando (?) e o Convento onde fui visitar a Irmã Marília de Menezes, filha do poeta Bruno de Menezes, que tem um busto feito pelo pintor e escultor Afrânio Castro na Praça da Polícia. Atualmente ela está em Manaus e é uma grande poetisa. Conheci os irmãos Bororó, músicos, cantores e compositores, que trabalham à época no Banco do Brasil. E mais uma dezena de pessoas amigas que me receberam bem naquela cidade. Há um senhora que trabalhava com artesanato e pintava os patos que criava (não me lembro do nome dela agora), mas há poucos dias a vi em um documentário sobre a região, significando dizer que ainda está viva. Foram sem dúvida dezoito dias de trabalho tranquilo e de muita beleza natural. A cidade é bonita e a paisagem também. Grande abraço por trazer-me a recordação de Santarém. jm
ResponderExcluirParabéns
ResponderExcluirAmo Alter do Chão a natureza ali é emocionante, parabéns por vc ter sido homenageado naquela natureza viva. A beleza de Alter do Chão é uma das mas lindas do Brasil. Aquela água verde garrafa, a Praia do Cururú, Praia Ponta de Pedras, a famosa Praia do Amor enfrente da cidadezinha, e mts outras...Me hospedei no Belo Alter, e no Belas Praias, sei q todas viagens q fiz pra lá foram maravilhosas.
ResponderExcluirMuito linda
ResponderExcluirLindíssima crônica.
ResponderExcluirCarlos, sou filho de Santarém. Escritor e Poeta. Com certeza inspirado nessa e noutras tantas canções do rico repertório mocorongo.
ResponderExcluirParabéns pela sensibilidade artística de suas percepções. Você captou a essência balsâmica que inspira tantos por lá. Como sempre digo, eu sou cá um Manauareno, lá um Santarenaura. E em ambos os estados um Paramazonense de coração.
_Nunca vi praias tão belas_
_prateadas como aquelas_
_do torrão onde eu nasci_
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��muito bom...parabéns sr. Carlos
ResponderExcluirSantarém realmente eh um lugar digno de aplausos pelos seus encantos naturais. Tenho uma relação muito intima com aquela terra
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