Os problemas são sempre os mesmos, que existem há muito tempo, mas só aparecem ou são “descobertos” por quase sempre os mesmos que anunciam resolver a todos eles, mesmo aos que se repetem, saindo prefeito e entrando prefeito, sem uma solução: falta de água, iluminação pública para aumentar a segurança dos pedestres, candidatos andando de ônibus para mostrar o transporte coletivo deficitário, ruas esburacadas, calçadas obstruídas, saneamento precário e tantos outros que povoam a realidade dos eleitores e utilizados para campanha de “venda” dos candidatos a cargos majoritários. Em Manaus e em quase todo o Brasil é assim!
Em Manaus, por exemplo, paradas de ônibus construídas com desperdícios de milhões de reais para o “Sistema Expressos”, são um monumento à falta de planejamento e gestão dos gastos públicos, um exemplo do que não se deve ser mais praticado, pois estão abandonadas sem coberturas ou iluminação. E o Ministério Público nada faz para descobrir aonde os milhões destinados às obras foram enterradas junto com o próprio sistema que passou a ser chamado de “Sistema Estresso”, porque nunca chegou a funcionar. Esse assunto está fora de pauta porque parece que enterram, junto com o desperdício de dinheiro, alguma caveira nas paradas!
O ex-prefeito Alfredo Nascimento, por meses, complicou o trânsito da cidade só para erguer no meio de algumas avenidas, verdadeiros mostrengos para um sistema de transporte coletivo que se pretendia ser a solução para o tráfego rápido de ônibus. Alfredo não é candidato, mas os ônibus de três portas foram adquiridos, rodaram por pouco tempo costurando de um lado para o outro das ruas, sumiram depois porque diante da falta de praticidade no sistema idealizado por uma mente inútil, afundaram também junto com o que ainda resta de abandono das paradas que parecem mais monumentos à burrice pedindo socorro para não morrerem de uma vez de sede, insolação e na total escuridão.
Outros candidatos a prefeito prometem as soluções para os problemas que sempre existiram. Os marqueteiros só os ressuscitam para os candidatos não tão novos assim, prometerem novas soluções. Um, que já foi prefeito, deixou a cidade um caos; as ruas mais pareciam tábua de pirulito de tanto buraco, e agora promete um novo jeito para governar Manaus.
Outro candidato aparece “apelando” para a mais simples inteligência do telespectador, “chorando” na TV dizendo que passou fome; outro dizendo ter solução para todos os problemas dos eleitores, andando de ônibus, mudando e morando na zona Leste da Cidade, a mais carente da cidade, mas sem informar como pretende resolver esses problemas. Falar é fácil. Resolver depois de eleito é difícil. E todos os problemas que ajudaram a eleger prefeito e vereadores, ressurgem quatro anos depois, exatamente iguais ou até piores ainda.
Entra eleição e sai prefeito, os temas e as cenas de campanha são sempre os mesmos: fotos de candidatos beijando e carregando crianças nos braços, abraçando eleitores, chorando para comovê-los. Outros usando o nome de Deus para abençoar-lhes pelo pecado que estão cometendo em suas propostas porque sabem que não cumprirão quase nada do que estão prometendo, caso venham a ser eleitos.
Uma candidata explicando porque quer ser prefeita de Manaus, justifica que quando chegou de Santa Catarina, foi muito bem recepcionada e incorporara a luta dos eleitores em sua própria luta e se elegeu muitas vezes a vereadora, depois deputada federal com o mesmo discurso e depois chegou ao senado, com ajuda estranha e agora quer assumir a prefeitura para iludir os professores, estudantes e os eleitores em geral. Mas no final, só um deles assumirá o cargo. Os derrotados talvez apóiem um ou outro candidato, pouco por ideologia e muito mais por “cifralogias”. Uma pena!
Apenas um candidato, que já foi prefeito e decidiu fazer obras de saneamento, embora confesse que isso não lhe renderia votos porque “fica tudo embaixo da terra e ninguém vê nada, só sente os resultados em longo prazo”, ou seja, agora! Mais um candidato a prefeito, várias vezes excelente deputado federal e quase um “senador”, poderia ser um candidato certo, mas está disputando a eleição na hora errada! Talvez, na próxima, quem sabe...!
No fim, tudo é um tremendo jogo de demagogia, de interesses e de faz de conta, sempre!
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