Com o aumento da violência em
escolas públicas de vários Estados e por diversas razões, causas e motivos até
mesmo os mais banais, se torna urgente e necessária a inclusão de equipes multiprofissionais
nas Escolas Públicas, com assistentes sociais, professores, psicólogos,
psicopedagogos, administradores educacionais qualificados adequadamente para
enfrentar as novas realidades sociais que se imbricam ao processo educacional.
Projeto
de Lei introduzindo o Serviço Social na área de Educação, de autoria do
deputado federal Carlos Souza, apresentado em seu primeiro mandato, encontra-se
pronto para votação e foi apensado ao projeto de Lei 3688 e encaminhado ao
Senado Federal e está na fila aguardando para entrar em pauta de votação,
segundo informação repassada pelo seu chefe de gabinete, advogado, escritor
Nicácio da Silva.
Como
no Senado, projetos que interessam à sociedade só são colocados em pauta depois
de pressões de movimentos sociais, esse que determina a contratação de
assistentes sociais para escolas públicas e particulares do Brasil será só mais
um deles.
Em um primeiro momento, nem
a introdução de Assistentes Sociais dará um fim imediato às violências entre
alunos, filmadas e mostradas através de diversas redes sociais e nos canais de
televisão. A educação e a própria vida
em sociedade são resultados de uma construção diária, permanente e sistemática,
com a transmissão de valores e testemunhos práticos. Contudo, está por trás de
toda violência explicita, o uso de drogas dentro ou fora das Escolas, à falta
de respeito aos professores, aliados à falta cidadania, civismo e, sobretudo,
da inexistência de Escolas que formem os alunos para a vida do dia-a-dia,
direcionando-os em sua formação à prática do mercado de trabalho, carente de
profissionais qualificados.
Fome, desagregação
familiar, o uso de drogas, influências externas, falta de investimentos na
melhoria dos equipamentos escolares, professores desqualificados à nova
realidade social, violência sexual contra menores e adolescentes são alguns dos
prováveis fatores que contribuem para a crescente onda de violência e, as redes
sociais aonde são postadas as brigas entre os alunos, mostram um grande desejo
de se fazer popular aos demais.
Uma nova realidade
social-educacional-pedagógica está sendo construída silenciosamente e o Governo
parece que não está se apercebendo desse fato novo nas Escolas.
Não basta mais investir na
estrutura física das Escolas, mas também em um corpo multiprofissional formado
por profissionais que conheçam e sejam preparados para essa nova realidade
social-pedagógica comprometidos com a nova realidade educacional. Já se foi a
época que orientadores educacionais e bedel eram suficientes para a solução de
conflitos que se estabeleciam no passado.
Hoje a realidade e os
problemas são outros e extrapolam ao processo do simples sistema de
ensino-aprendizagem e passam a ter também componentes psicossociais.
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