Enquanto cachorros atravessam e desfilam tranquilamente pelas apagadas faixas de pedestres com todos os carros parados, pedestres estão sendo atropelados e mortos nas mesmas negras e apagadas faixas em Brasília!
Será que a vida de um cachorro vale mais do que a vida de um ser humano? Para as ONGs que cuidam de animais, com certeza! Mas será que não chegou a hora também de ser criada uma ONG só para cuidar da vida humana também?
Brasília foi a primeira capital a dar bom exemplo de respeito à faixa de pedestre. Mas por desleixo público, falta de conservação e pintura, as faixas de pedestres estão desaparecendo e os motoristas decidiram por conta própria a não respeitá-las mais, pois não existindo faixa visível, aliada à fiscalização ou qualquer indicação, o dono da rua passou a ser novamente o carro e não o pedestre, que veio primeiro e deve ser respeitado!
O Departamento de Trânsito da Capital da República procura explicar o fato inexplicável, provocado pela total falta de pintura de faixas nas ruas, mas promete fiscalizar o cumprimento do que não existe e multar aos motoristas que desrespeitarem-na, mesmo sem as faixas pintadas, infelizmente, usando apenas a força de um poder arbitrário.
Primeiro, o Detran/DF terá que investir na recriação das faixas, torná-las visíveis e só depois, reeducar os motoristas para que voltem a cumprir um dever que já foi respeitado e muito bem por sinal, até em saídas de shoppings e outros locais!
Em Manaus, minha cidade, as faixas estão todas pintadas e é respeitado a um levantar de braços, quando todos os carros param e as pessoas atravessam-na sem medo e sem riscos de serem atropeladas.
Fico pensando: como é que dois cachorros que não levantam nem as patas conseguem identificar onde ficam as invisíveis faixas de pedestres e atravessá-la, com os carros todos parados?
Acho que esse mistério, nem a Sociedade Protetora dos Animais conseguirá explicar, por mais que venha justificar que os cachorros são inteligentes, etc.
Mas será que os motoristas não são mais inteligentes ao ponto de também parar a toda vez que ver uma pessoa humana comece a atravessar nas negras e quase invisíveis faixas de pedestres do Distrito Federal? Fica a pergunta...
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